O PRIMEIRO COMPUTADOR “PENSANTE” E O FILME “O JOGO DA IMITAÇÃO”

O PRIMEIRO COMPUTADOR “PENSANTE” E O FILME “O JOGO DA IMITAÇÃO”

Direto de Brasília, DF

TI, A DEVORADORA DE PROFISSÕES (episódio 12)

Após Ada Lovelace e dos robôs de Karel Kapek, a revolução seguinte veio em 1935 com o membro da Universidade de Cambridge, atleta e matemático, Alan Turing.

Turing se pôs a pensar e resolveu para sempre um dos maiores problemas matemáticos dos últimos séculos. Após uma corrida pelas margens do rio “Cam” (River Cam), na vila de Grantchester, em Cambridge, Inglaterra, ele fez uma espécie de ESAON, como ensino em meu livro, “Obstinação – O lema dos que vencem”. O matemático estacionou, sentou, avaliou, orientou, e por fim, navegou. É refletindo que descobrimos soluções.

Ele imaginou uma máquina que carregasse um programa em sua memória capaz de resolver qualquer problema descrito matematicamente. A ideia chamou-se COMPUTADOR UNIVERSAL ou Máquina Universal de Turing, e sobre isto, em 1936, escreveu artigo que deu início à revolução tecnológica que chegou a nossos dias.

Turing e seu computador.

Turing inventou uma linguagem computacional que mudaria o mundo da tecnologia para sempre e nos fez saltar da era mecânica para a digital.

Quando em  1939 explode a Segunda Grande Guerra ele foi chamado pelo governo norte-americano para ajudar a criar um meio de decriptar-decifrar as mensagens nazistas e jamais parou com pesquisas sobre a máquina de computação “capaz de pensar por si”.

Foi assim que ao fim da Segunda Grande Guerra Mundial cientistas conseguiram construir o computador universal, que surgiu de fato a partir do projeto de Turing, e cujo primeiro exemplar está exposto no Museu da Indústria da Cidade de Manchester, Inglaterra, e é chamado “Computador Manchester Baby”.

Manchester Baby – o primeiro computador do mundo.

Surge, então, o código binário acionado por interruptores. Os dados eram armazenados em um tubo de TV e exibidos para o espectador. Surge o bisavô de nossos computadores modernos. O “Manchester Baby” já possuía memória para armazenar dados, resolver alguns problemas e fazer cálculos matemáticos. O sonho de Turing se materializou.

Em 1951, enxergando a real possibilidade da criação da INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL, Alan Turing publica artigo e em entrevista a um programa de rádio diz que o computador era capaz de pensar e fazer qualquer coisa que lhe fosse programada, prevendo, inclusive, que poderiam um dia ter pensamentos próprios.

Foi aí que pensou e criou seu JOGO DA IMITAÇÃO para que o computador pudesse rivalizar e até mesmo nos convencer ser humano. (em 2014 foi lançado o filme “O jogo da imitação” sobre essa criação do genial Alan Turing).

Turing dizia que se algo pode adquirir conhecimento, então deveria ser descrita como inteligente. Imagine uma declaração dessas em um mundo religioso e de pessoas tementes pelo futuro da humanidade ser sobreposto por máquinas. É uma lástima que as novas gerações só querem aprender dancinha do Tik Tok e das próximas mídias que uma a uma serão substituídas. O mundo está mergulhando em outro século de escuridão, não importa quanta informação circule.

Pense comigo: que impacto teria a declaração que robôs podem pensar e se igualar aos humanos em meados do século passado, se até hoje o mundo religioso recusa o avanço científico e a discussão de temas como maconha para uso medicinal, pena de morte, aborto, suicídio assistido, eutanásia e cultivo de células-tronco?

Não sei a resposta, mas fato é que em 1954 Turing foi encontrado envenenado em sua cama num quarto de hotel. Dizem que suicidou. Será?

 

Continua…

Judivan Vieira

Formado em Direito, Pós-graduado em Política e Estratégia pela Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (ADESG) e pela Universidade de Brasília (UnB). Concluiu Doutorado em Ciências Jurídicas e Sociais na Universidad Del Museu Social Argentino, Buenos Aires-AR, em 2012 e Pós-Doutorado em Tradição Civilística e Direito Comparado pela Universidade de Roma Tor Vergata. Professor de Hermenêutica Jurídica e Direito Penal nas Faculdades Integradas do Planalto Central e de Direito Penal, Processo Penal e Administrativo em cursos preparatórios para concursos, por 19 anos, em Brasília, Goiânia, Belo Horizonte e Porto Alegre. É Palestrante. Já proferiu palestras na Universidade de Vigo-Espanha e Universidade do Minho, Braga-Portugal, sobre seu livro e, Ciências Sociais "A mulher e sua luta épica contra o machismo". Proferiu palestra na University of Columbia em NYC-US, sobre sua Enciclopédia Corruption in the World, traduzida ao inglês e lançada pela editora AUTHORHOUSE em novembro/2018 nos EUA. É Escritor com mais de 15 livros jurídicos, sociais e literários. Está publicado em 4 idiomas: português, espanhol, inglês e francês. Premiado pelo The International Latino Book Awars-ILBA em 2013 pelo romance de ficção e espionagem “O gestor, o político e o ladrão” e em 2018 mais dois livros: A novela satírica, Sivirino com “I” e o Deus da Pedra do Navio e o livro de autodesenvolvimento “Obstinação – O lema dos que vencem”, com premiação em Los Angeles/EUA. Seu livro de poemas “Rasgos no véu da solidão”, em tradução bilíngue português/francês foi lançado em junho/2018 na França. Eleito em 17/11/2018 para o triênio 2019/2021, Diretor Jurídico do SINDESCRITORES (Sindicato dos Escritores do Distrito Federal), o primeiro e mais antigo Sindicato de Escritores do Brasil. Judivan J. Vieira Procurador Federal/Fiscal Federal/Federal Attorney Escritor/Writer - Awarded/Premiado by ILBA Palestrante/Speaker/Conferenciante

1.703 comentários sobre “O PRIMEIRO COMPUTADOR “PENSANTE” E O FILME “O JOGO DA IMITAÇÃO”

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