Por: Sérgio Rodrigues
Quando eu era menino, falava como menino, pensava como menino e raciocinava como
menino. Quando me tornei homem, deixei para trás as coisas de menino. (1 Coríntios: 13: 11)
Quando uma criança se reconhece no espelho, começa ali um fenômeno
psico-espiritual poderoso; a consciência de si mesma começa a crescer dentro
dela, então se identifica a si mesma, é o primeiro sinal de maturidade e
desenvolvimento, de individualização, de auto percepção, essências para que a
pessoa desenvolva um “eu” saudável, é saber se diferenciar do pai, da mãe, dos
irmãos e do mundo; quem não aprendeu a se diferenciar disso, nunca vai crescer,
vai viver preso na infantilidade, sem percepção da realidade pela vida a fora.
Então, a primeira afirmação de maturidade é essa: “identificar-se a si
mesma é o primeiro sinal de maturidade e desenvolvimento psicológico”; Agora eu
pergunto;
– Porque você até hoje não conseguiu minimamente se conhecer?
– Como você está? Com 20, 25 ou 30 anos, e ainda não se conhece; ainda tá
como uma criança que vai procurar a própria imagem atrás do espelho?
– Porque que até hoje você foi incapaz de saber quem você é?
A maioria das pessoas, já adultas, que conheço não iniciou um processo
sério e profundo de autoconhecimento; elas realmente não se conhecem, não tem
coragem de se encarar, por isso elas imitam todo mundo, segue todo mundo, elas
querem parecer com todo mundo, e vivem como seres assimétricos de imitação,
porque elas não se viram e não olham para dentro de si, não se admitiram, não se
reconheceram; daí nascem os conflitos interiores e as crises de identidade; e a
prova disso é esse vazio, essa angústia, e essa avidez de sair abraçando outros
mundos, se parecendo com outras pessoas ou tentando mudar tudo que tem em
você. Olhar para si mesmo; se admitir, encarar os próprios erros e defeitos com
coragem é o primeiro passo para uma maturidade psico-espiritual saudável.
Queridos, deixemos as coisas de menino, avancemos para as coisas que
estão adiante de nós, coisas preparadas por Deus para nossas vidas.