MACHISMO E AGRESSÃO AO PRINCÍPIO DA IGUALDADE SALARIAL NO MERCADO DE TRABALHO (PARTE 1)

Direto de Brasília–DF

 

Quando a então estudante de direito Eliane Ferreira Caetano apresentou seu TCC – Trabalho de Conclusão de Curso, em direito, com o enorme mérito de ter passado na prova da OAB e se tornado advogada antes mesmo de terminar o curso, tive o prazer de ser convidado e de assistir à apresentação de seu trabalho perante a banca de sua faculdade.

Eliane Ferreira Caetano é hoje uma das melhores advogadas em Direito de Família e Direito das Sucessões(Inventários em que famílias brigam e/ou se matam física e moralmente na disputa até por ventiladores quebrados), mas para isto teve que se provar do começo ao fim e segue sendo assim neste mundo de mercado de trabalho machista.

 Eliane Caetano escolheu desenvolver seu TCC com o tema “O MACHISMO COMO FORMA DE AGRESSÃO AO PRINCÍPIO DA IGUALDADE SALARIAL NO BRASIL E NO MUNDO”, inspirada em meu livro “A MULHER E SUA LUTA ÉPICA CONTRA O MACHISMO” e sob minha orientação indireta, o que é motivo de orgulho para mim.

Gostei tanto de sua abordagem do tema que a convidei para escrever um dos capítulos do livro citado, cuja nova edição eu já havia negociado com editora para ser lançado em português e espanhol. O livro, aliás, é fruto de pesquisas bibliográficas que ultrapassam uma década, além de observações feitas em viagens nossas pelo Egito, Grécia e outros países.

 Ocorre que na apresentação do TCC, no ano de 2017, pude testemunhar um dos professores dizer que o tema era irrelevante, “pois tal desigualdade não acontecia”, o que não abateu a convicção da então formanda Eliane Caetano e que em mim causou um pouco de desprezo intelectual contra tal manifestação.

Dito isto, pergunto: você também acha que o tema “O MACHISMO COMO FORMA DE AGRESSÃO AO PRINCÍPIO DA IGUALDADE SALARIAL NO BRASIL E NO MUNDO” é, de alguma forma, irrelevante?

E se eu te disser que em 2023 uma cientista norte-americana da universidade de Harvard, Claudia Goldin, tornou-se a primeira mulher a ganhar o Prêmio Nobel de Economia por suas pesquisas sobre “A PARTICIPAÇÃO FEMININA NO MERCADO DE TRABALHO E DESIGUALDADE SALARIAL ENTRE GÊNEROS”?

 A Revista Forbes publicou matéria em 10/11/2023, dizendo o seguinte:

“Quando o Comitê do Nobel anunciou o prêmio de Goldin, observaram o seu papel em ajudar a esclarecer a razão pela qual a igualdade salarial continua tão ilusória.

Entre outras realizações, ela é também a primeira mulher a obter o título tanure em economia na Universidade de Harvard – destinado a estudiosos que demonstraram excelência em pesquisa e ensino.

No Brasil, a remuneração recebida pelas mulheres representa 78% do rendimento dos homens (uma diferença de mais de 20%), segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

Nos EUA, a diferença entre os rendimentos médios de homens e mulheres diminuiu muito lentamente, a uma taxa de cerca de 0,5% ao ano, desde que a Lei de Igualdade Salarial foi aprovada em 1962, de acordo com o Comitê Nacional de Equidade Salarial. Em 2019, as mulheres ganhavam, em média, US$ 0,77 para cada US$ 1 recebido pelos homens.”

Como prezo pela fidelidade das informações e odeio ladrões, inclusive os intelectuais, eis o link da matéria, para poder conferir: https://forbes.com.br/forbes-mulher/2023/11/vencedora-do-nobel-previu-que-o-trabalho-flexivel-diminuiria-desigualdade-salarial/

Domingo próximo darei sequência à série com mais um artigo e trazendo os dados coletados pela Advogada Eliane Ferreira Caetano. Aproveite e assista ao vídeo com ela, que segue ao final, e outros disponíveis em meu canal do YouTube “escritor Judivan Vieira”.

 

 

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