O ceratocone é uma doença da córnea, película fina protetora do globo ocular, que ocasiona o afinamento dela, levando o aumento da sua curvatura de forma irregular. Neste mês é lembrado o Junho Violeta, de conscientização sobre o problema.
A oftalmologista Catarina Ventura, do Instituto de Olhos Fernando Ventura, explica que a doença é progressiva, bilateral, assimétrica e acontece pela união dos fatores de predisposição genética e ambientais, sendo este segundo caracterizado principalmente pelo ato de coçar os olhos com muita frequência.
“Isso faz com que a doença ou se desenvolva, se ela está ali adormecida, ou que ela continue evoluindo. Ela não é contagiosa e tem como principal causa a genética. A pessoa já nasce com ela ou com a predisposição. Então, a principal causa é determinada geneticamente. Ela é hereditária”, explicou a médica do IOFV.
Para tratar o ceratocone, os pacientes usam lentes de contato ou óculos, mas existem outras alternativas que são utilizadas em casos em que a doença está mais avançada, com transplante.
“Todos devem visitar o oftalmologista uma vez por ano, pois o ceratocone e outros problemas só podem ser identificados corretamente por profissionais especializados”, acrescentou Catarina.
De acordo com a oftalmologista, alguns dos sintomas da ceratocone são: visão embaçada, distorcida, astigmatismo, incapacidade de enxergar com pouca luz, miopia, perda de visão, sensibilidade à luz ou visão dupla. Também é comum uma borda descolorida ao redor da parte frontal do olho.
Por: Pedro Paulo – Multi Comunicação
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