EPISÓDIO 4 – COMO DISTINGUIR CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Direto de Brasília-DF

TI, A DEVORADORA DE PROFISSÕES

 “Ciência (da palavra latina “scientia”, significa “conhecimento”) é um empreendimento sistemático que constrói e organiza o conhecimento na forma de explicações e previsões testáveis…” (Wikipedia)

Podemos conceituar Tecnologia, assim: “a aplicação do conhecimento científico para fins práticos”(Google Translator).

Esses conceitos, todavia, são bastante limitados porque Ciência é a atividade do cérebro racional que abrange toda e qualquer percepção e conhecimento individual ou sistêmico, pelos sentidos humanos.

Ter disponível e não usar o cérebro para refletir sobre a vida e si mesmo é um desperdício de talentos e oportunidades. Afinal, são pelo menos 100 bilhões de neurônios trabalhando para fazer constantes e ininterruptas conexões para ajudar cada pessoa racional que nasce neste mundo. A vida é implacavelmente justa com quem possui essas ferramentas e não as utiliza.

Com pessoas negligentes a vida não demonstra a menor indulgência, afinal não são como os loucos (ausentes de raciocínio), cuja loucura lhes bloqueia acesso ao “software” do cérebro racional.

No curso on-line que fiz pela Universidade de Alberta-Canadá, intitulado “Course in science literacy, and critical thinking”, ou “Curso de alfabetização científica e pensamento crítico”, desmistifica-se Ciência explicando o seguinte (em tradução livre):

 “Conhecimento científico

Esta é a parte fácil – o conhecimento científico é “o que você sabe”.

 Por exemplo, você pode entender como e por que o ciclo da água funciona, que parte de uma onda sonora indica o quão alto ela é (dica: é a altura!), como as plantas usam a energia da luz solar para fazer seu alimento na luz solar e assim por diante .

Ter uma base sólida de conhecimento científico é ótimo; ajuda você a entender o mundo em que vive.

Infelizmente, ter todos os fatos não faz um pensador crítico – e é aí que a alfabetização científica impera.

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Alfabetização científica

Nossa definição favorita de alfabetização científica vem de Lombrozo (2015):

“A alfabetização científica é o conhecimento e a compreensão de conceitos e processos científicos necessários para a tomada de decisões pessoais, participação em assuntos cívicos e culturais e produtividade econômica”

Ou ainda mais simplesmente: entender ciência suficiente para fazer boas escolhas na vida.

Podemos dividir a alfabetização científica em 6 partes:

1. Curiosidade: perguntar, encontrar ou determinar respostas a perguntas derivadas de observações sobre experiências cotidianas
2. Teorização: Descrever, explicar e prever fenômenos naturais
3. Discussão: compreender artigos sobre ciência na imprensa popular e envolver-se em conversas sociais sobre a validade das conclusões
4. Informado: identificar questões científicas subjacentes às decisões nacionais e locais e expressar posições baseadas no entendimento científico e tecnológico
5. Crítico: avaliar a qualidade da informação científica com base em sua fonte e nos métodos utilizados para gerá-la
6. Orientado por evidências: apresentar e avaliar argumentos com base em evidências e aplicar as conclusões de tais argumentos de forma adequada (Conselho Nacional de Pesquisa 1996)

Qual o significado original da palavra Tecnologia? Há vários conceitos, mas os que mais se repetem são:

“A palavra tecnologia tem origem no grego “tekhne” que significa “técnica, arte, ofício” juntamente com o sufixo “logia” que significa “estudo”.

(…)

Tecnologia é um produto da ciência e da engenharia que envolve um conjunto de instrumentos, métodos e técnicas que visam a resolução de problemas. É uma aplicação prática do conhecimento científico em diversas áreas de pesquisa.”

Assim, Ciência & Tecnologia podem ser consideradas a espinha dorsal da moderna vida em sociedade e da busca pelo desenvolvimento sustentável e da *felicidade, no sentido filosófico.

*”Felicidade” é tema explorado por Platão, Aristóteles, Epicuro, e modernamente pelo filósofo inglês Jeremias Bentham, caso você deseje investigar a questão. (Não vá assistir ao filme “A procura da felicidade”, com Will Smith, e pensar que isso resume o tema… A matéria é infinitamente mais profunda!)

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