DR PAULA MEYER

DAVOS E O FUTURO ENERGÉTICO BRASILEIRO

Semana passada o Brasil mostrou ao mundo uma nova face, um novo caminho a ser trilhado na esteira de um novo governo imbuído de uma visão plural e sensível as causas ambientais, sociais e econômicas.

O Governo Lula teve a sua estreia no Forum Econômico onde alguns temas voltaram a ser discutidos e com assinatura de acordos entre grandes empresários e governos estrangeiros. A retomada do diálogo apresentando a ciência de restabelecer laços e cumprir internamente com metas fiscais foi tema recorrente no Forum.

A retomada da credibilidade externa a partir de um discurso amplo e inclusive é crucial para que o país retome a trajetória de crescimento estruturado e sustentado nos próximos anos. A responsabilidade sócio e ambiental também foi destaque nesse encontro. As discussões incluíram acordos entre países para proteger e mitigar o avanço das áreas desmatadas. Esse reconhecimento e ações dirigidas a Amazônia garantirão a manutenção da fauna, flora e povos indígenas que lá habitam.

Sem dúvida o Forum Econômico marcou o inicio de uma nova era. Uma era em que o Brasil torna-se com a eleição de Lula o centro das atenções. Sobretudo após os atos de vandalismo ocorridos no início do mês.

Vemos que a democracia brasileira manteve-se firme e o funcionamento das instituições que resguardam os 3 poderes e a democracia. Providências estão sendo tomadas e não serão permitidos novos ataques e ameaças a nossa democracia.

O Brasil é o país com maior número de habitantes na América Latina, com mais de 210 milhões de habitantes. Mercado consumidor invejável e que devido a sua expansão territorial e contrastes investimentos em todas as áreas são necessários: infraestrutura, saúde, educação, moradia, energia.

Essa grandeza do país reforça a necessidade do país ter uma agenda externa ampla e diversa com o maior número possível de nações. Apesar dos enormes desafios que ainda assolam a nossa economia e nosso povo como a fome , falta de infraestrutura de modo a garantir níveis elevados de bem-estar, a abertura externa constitui a solução para que possamos retomar a trajetória de crescimento econômico.

Na área de energia, o potencial brasileiro é enorme e a previsão de expansão da oferta interna de energia é de 3,3% ao ano até 2031. As fontes renováveis (eólica, solar) serão o carro-chefe da expansão energética. Por outro lado, a expansão da exploração de petróleo e derivados da camada do Pré-Sal ruma a uma expansão de 3 milhões barris/dia. Dentro desse contexto é crucial que façamos mais parcerias internacionais e acordos com outras nações que tenham o interesse em explorar não somente o potencial energético como também adentrar em outras áreas essenciais ao crescimento da economia brasileira.

Davos foi um sucesso e um novo recomeço sem dúvidas e as oportunidades para voltar a crescer foram apresentadas. Agora nos resta avançar e juntar os esforços em prol de interesses do Brasil e em comum.

Avante Brasil !!!

Sobre o autor

Paula Meyer Soares

Dentro dessa perspectiva a coluna inaugura mais um espeço para a reflexão no Jornal Pernambuco em Foco acerca dos desafios energéticos e econômicos resultantes das nossas políticas públicas.
Serão abordados temas diversos voltados para área de energia, economia e políticas públicas.
A coluna será semanal abordando os mais variados temas correlatos à essas áreas sob a ótica da economista e professora Paula Meyer Soares autora e especialista em economia, energia e políticas públicas. Doutora (2002) e Mestre (1994) em Economia de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas – EAESP. Graduada em Ciências Econômicas pela Universidade de Fortaleza (1990). Membro da Sociedade Brasileira de Planejamento Energético (SBPE

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