Direto de Brasília-DF.
Série: Corrupção durante a pandemia! Vidas humanas, o que isto importa? (Penúltimo episódio)
Como dissemos antes, nossa existência biológica exige para morrermos apenas estar vivos, sendo o tempo a variável fora de nosso controle.
Assim, encarar os 200 mil anos para trás quando o ser humano aparece na face do planeta parece tempo demais e, se comparado com os 13,7 bilhões em que o cosmo surgiu, então, esse tempo se torna geologicamente em segundos.
Chegando mais perto de nossa era, há100 mil anos o homem aprende a se locomover por territórios desconhecidos, a se comunicar, e já domina a arte do fogo e da fabricação de ferramentas e armas. Essa capacidade de se dispersar por áreas diferentes leva a uma espécie de seguro contra a extinção, enquanto passa a utilizar mais recursos dentro de suas novas conquistas territoriais.
Então, há 50 mil anos começa a IDADE DO GELO e com ela avizinha-se a terceira extinção. As geleiras começam a descer do Polo Norte para o centro do Planeta Terra, enquanto os seres humanos chegam na China e Austrália.
A marcha de conquista e exploração de novos recursos segue e há 30 mil anos o Homo sapiens chega na Eurásia, que viria a se dividir e formar a Europa, para depois, em 20 mil anos chegarmos na tundra da Sibéria. O ser humano resiste, mesmo com a idade do gelo avançando.
É neste período que a humanidade dá outro grande salto em sua história de sobrevivência. Começa a escrever através de símbolos, a codificar suas mensagens, que passam inclusive a serem lidas por caravanas que seguem a mesma estrada.
Escritas rupestres encontradas em cavernas antigas indicam que o ser humano começa a emitir mensagens que o distinguem das demais espécies, ou seja, a desenhar uma vaca ou uma ave numa pedra e emitindo códigos de supremacia sobre elas.
O escritor Graig Benjamim, autor do livro “Between Nothing and Everything”(entre o tudo e o nada), diz ser desse momento em diante que a história mostra que nossa espécie se diferencia em definitivo.
Neste período de 20 mil anos antes que o nível dos mares desça entre 90 e 120 metros, a porção seca aparece com destaque para formação dos continentes; o Homo sapiens chega ao Mar de Bhering e à América do Norte, e para não dizer que deixei de fazer o link com o início desta série, para os evolucionistas a energia gasta neste período, segue sendo a mesma das supernovas do BIG BANG. Somos feixes de energia em evolução num ciclo constante na existência do cosmo.
O astrofísico Alex Filippenko diz que o aparecimento do ser humano, comparado com os 13,7 bilhões de anos do universo, representa apenas os três últimos segundos se considerarmos todo o tempo como um dia de 24 horas.
Então, entre 12 e 10 mil anos antes de nós, antes de Cristo, o ser humano chega na América do Sul, em uma jornada em que teve tudo para perecer e na qual a capacidade de adaptação provou ser a melhor estratégia para sobreviver.
O arqueólogo Todd Surovell, da Universidade de Wyoming-EUA, diz que a esta altura os primatas vivem somente nos trópicos, mas os humanos se espalham pela superfície do planeta, mesmo durante a idade do gelo.
Ocorre que com o degelo os níveis do mar sobem assustadoramente e os humanos que haviam se dispersado ficam presos e divididos em seus territórios, o que vai permitir o desenvolvimento de etnias diferentes em cada continente.
Nesse cenário, com o aquecimento da terra e o fim da idade do gelo a vegetação prospera, os seres humanos criam assentamentos, plantam sementes em seus territórios, produzem mais alimenta, portanto, mais energia para si.
A semente da grama alimenta os animais que os seres humanos comem, mas também são consumíveis pelos humanos. Entre as espécies de grama, a cana-de-açúcar, centeio, trigo e cevada fornecem a energia para as conquistas. O ser humano é híbrido em sua ingestão de calorias, carnívoro e vegetariano ou gramariano, já que comemos inúmeras espécies de grama, relva, etc.
Deixar de ser nômade e tornar-se sedentário fez o ser humano dar outro salto, já que as caravanas vão demarcando territórios por onde passam e aprendem a intercambiar produtos.
O Oriente Médio se desenvolve, o rio Nilo, o Tigre e o Eufrates, todos na África, permitem ao ser humano plantar, colher, negociar e expandir seu domínio. Também o rio Indus (Índia) e o Yang-Tsé (China). Todos permitem ao humano expandir suas possibilidades. Quem abraça a oportunidade, prospera!
Com a prosperidade a corrupção aumenta porque quanto mais se tem mais se deseja ter. Os que enriquecem descobrem que na exploração de territórios, de recursos humanos e de recursos naturais está a chave para o domínio e o poder. A escravidão aparece e as divisões de classe começam e se firmam cada vez mais. Hoje temos: miseráveis(chamados disfarçadamente de pobreza extrema), os pobres, várias classes médias, ricos, super-ricos.
É em meio a essa existência reducionista do HUMANO e expansionista da COISA, que a humanidade vai aprender a fazer POLÍTICA e esta, a sua vez, tornar-se-á meio para um fim: a corrupção do BEM que a vida em sociedade deveria representar.
NÃO PERCA O ÚLTIMO EPISÓDIO DESTA SÉRIE, DIA 1° DE DEZEMBRO (quarta-feira próxima). Após, publicarei matérias especiais, direto do Canadá.
Atendendo a pedidos publicarei em cada sábado o episódio traduzido ao inglês.