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Setembro laranja alerta sobre obesidade infantil que afeta uma em cada 10 crianças brasileiras de até 5 anos

A campanha do Setembro Laranja tem como objetivo alertar pais e conscientizar sobre a importância da alimentação saudável

Um estudo encomendado pelo Ministério da Saúde mostrou que uma em cada 10 crianças brasileiras de até 5 anos está com o peso acima do ideal: são 7% com sobrepeso e 3% já com obesidade. Em 2021, a pesquisa mostrou que 6,4 milhões de crianças têm excesso de peso no Brasil e 3,1 milhões já evoluíram para obesidade.

 

O Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (Enani-2019), coordenado pelo Instituto de Nutrição Josué de Castro, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), indica ainda que um quinto das crianças (18,6%) na mesma faixa etária estão em uma zona de risco de sobrepeso.

 

No estudo, foram considerados indicadores de 2019, período anterior à pandemia de covid-19 e durante o qual especialistas acreditam que os indicadores possam ter piorado ainda mais devido a mudanças na rotina de alimentação, atividade física e consultas médicas. Obesidade mórbida, quando adultos, doenças respiratórias, como asma e apneia, disfunções do fígado, em função do acúmulo de gordura, colesterol alto, diabetes e hipertensão arterial podem ser algumas das consequências causadas pela obesidade na infância.

 

O mês de setembro é voltado para a importância de conscientizar a comunidade médica e a população em geral sobre a obesidade infantil e a importância de práticas alimentares saudáveis em casa e nas escolas. A campanha do Setembro Laranja, também engloba o estímulo à prática de atividades físicas visando a melhoria da qualidade de vida das crianças, suas famílias e as comunidades nas quais estão.

 

Para garantir a melhor alimentação possível, é recomendado que os pais sigam as instruções dadas pelo Guia Alimentar para Crianças Brasileiras elaborado pelo Ministério da Saúde. Alyne Nunes, nutricionista e docente do curso de Nutrição do Centro Universitário dos Guararapes (UNIFG), afirma que é importante que os pais ofereçam alimentos naturais e fujam dos ultraprocessados. “Ofereça alimentos naturais, se possível orgânico, e não dê alimentos industrializados.  É importante também oferecer todos os grupos alimentares, como feijões, cereais, raízes e tubérculos, frutas, legumes e verduras e carnes”.

 

Outro problema identificado no estudo do Ministério da Saúde é o não cumprimento do aleitamento materno exclusivo até os seis meses de idade, associado à introdução dos industrializados já durante os primeiros meses de vida.

 

A especialista reforça que até os 6 meses de vida não há necessidade de nenhum outro alimento. Além disso, é importante procurar orientação com nutricionista e pediatra. “Até os 6 meses de vida é sugerido a amamentação exclusiva e não há necessidade de nenhum outro alimento, nem mesmo água, já que o leite da mãe supre também as necessidades de hidratação do bebê. Aos seis meses, recomenda-se começar a introduzir outros alimentos na dieta, ao mesmo tempo em que, na medida do possível, o aleitamento continue até os 2 anos de idade.  Nos casos em que a mãe não pode amamentar por qualquer motivo, pode-se recorrer às fórmulas infantis, mas nessas situações a orientação é procurar a ajuda de um pediatra para saber qual a melhor conduta em cada caso”.

 

O Centro Universitário dos Guararapes oferece atendimentos nutricionais gratuitos, através do Centro Integrado de Saúde (CIS). Para ser atendido, é necessário realizar a marcação da consulta na clínica-escola da UNIFG através do telefone (81) 3461.5529. O horário de atendimento é das 8h às 12h e das 13h30 às 21h. Os atendimentos são feitos na unidade de Piedade, na Rua Comendador José Didier, nº 27, Jaboatão dos Guararapes.

 

Sobre o autor

A oposição é necessária para avaliar a gestão, mas é importante distinguir entre oposição legítima e politicagem, que busca causar problemas e confundir a população. É preciso ficar atento para não cair nesse jogo manipulador.

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