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Semana do meio ambiente: parque de aventura com sustentabilidade

Parque em reserva de caatinga mostra que é possível investir na preservação do meio ambiente

Com previsão de abertura na segunda quinzena de junho, o Parque de Aventura Karawá tã inaugura na semana do Meio Ambiente suas unidades de tratamento de água e esgoto, além de dois módulos de captação de energia solar. O local, no meio de 1 milhão de metros quadrados de caatinga, na área urbana do município de Gravatá, às margens da BR-232, tem na sustentabilidade um dos eixos do investimento financiado pelo Banco do Nordeste. A construção das unidades de apoio do parque também foi centrada na sustentabilidade.

Na construção de estruturas como a bilheteria, o centro de educação ambiental, os banheiros e as lanchonetes, foram elaborados por um sistema construtivos modular, baseados no conceito de industrialização, sem geração de resíduos. “Os resíduos gerados são das embalagens dos materiais, por exemplo. Mas não há desperdício, como no caso da geração de metralhas em uma obra tradicional. O desperdício neste processo construtivo é praticamente zero”. Assim “a concepção do projeto já tem que ser sustentável. Do sistema construtivo e sua gestão até a operação do empreendimento”, diz Serapião Bispo Ferreira, engenheiro, diretor da Brasilis Projetos e Obras Sustentáveis.

Para a operação sustentável do empreendimento, oito estações de tratamento produzirão água de reuso e o tratamento do esgoto para fins específicos. A água potável que é fornecida pela Compesa, vai direto para caixa d’água principal, e daí, segue para os lavatórios, voltando para ser filtrada para o reuso. A água de chuva é captada também. Ambas formam a chamada “água cinza”, que retorna pressurizada para as 84 bacias sanitárias e os 36 mictórios espalhados pelo parque. Toda água de bacia e de mictório serão tratadas e reutilizada nas áreas verdes. Nos dias de chuva, teremos 100% da água das bacias e dos mictórios atendida pela água cinza, de reuso. Nos verões mais fortes, o abastecimento por água de reuso pode cair a 50%. As estações funcionam por gravidade, sem a necessidade do uso de energia elétrica.

Por sua vez, a “água marrom” – da descarga utilizada – não é encaminhada para o reuso, e sim, para o biodigestor. Cada sistema tem um biodigestor, apto a produzir lodo, para aproveitamento como adubo, e drenar água filtrada para locais selecionados, como jardins. “No verão poderemos ter grandes manchas verdes na reserva de caatinga”, afirma Serapião Bispo.

Há dois sistemas desligados da rede da concessionária de energia elétrica. No monte Órion, onde é a partida da tirolesa gigante, e no Espaço Kids, em um módulo que será exposto como demonstração. Ambos carregam energia solar com baterias fotovoltaicas, e podem manter o sistema rodando por dois dias, caso não haja sol. Cada sistema tem capacidade para gerar 400 kwh por mês, equivalente ao consumo de uma residência. A iluminação das instalações físicas de Karawá tã é toda por lâmpadas de led. Além disso, 10 tótens de aspersão de água estarão em pontos selecionados das trilhas, para refrescar os andarilhos. E todos os tótens funcionarão à base de energia solar.

Para a gestão de resíduos do empreendimento – de alimentação (resíduos orgânicos), e embalagens (recicláveis) – foi elaborado um PGRS – projeto de gestão de resíduos, onde será feita a segregação de materiais recicláveis (lixo seco, lixo úmido e recicláveis). Todo resto orgânico que for gerado no parque será objeto de compostagem, que será utilizada na sementeira do parque. No futuro, será também utilizado em um biodigestor, para produzir gás. Ou seja, o processo vai muito além da coleta seletiva.

O impacto é mitigado e eliminado sobre o meio ambiente e muito positivo sobre a economia, tanto para o empreendimento quanto para a população. “A ideia é mostrar que é possível fazer o que estamos fazendo, exemplarmente, mesmo em pequena escala”, destaca o arquiteto Paulo Roberto Barros e Silva, idealizador do parque.

Em Karawá tã, além de tirolesas, paredes de escaladas, arvorismo, rapel e outras atrações, há ainda 10km de trilhas sinalizadas, passando pela reserva de caatinga. No quesito da sustentabilidade, também se destaca no empreendimento o Centro de Educação Ambiental, onde turistas e estudantes poderão “ampliar o conhecimento sobre o bioma exclusivamente brasileiro, que é a caatinga, e receber informações específicas sobre as espécies de fauna e flora existentes na reserva de Karawá tã”, acrescenta Paulo Roberto.

A inauguração do espaço é aguardada com expectativa pelos setores ligados ao turismo em Gravatá, pela demanda que o turismo de aventura tem na região.

Fonte: Com Informações da Assessoria

Foto: Anderson Souza/Karawá Tã

Sobre o autor

A oposição é necessária para avaliar a gestão, mas é importante distinguir entre oposição legítima e politicagem, que busca causar problemas e confundir a população. É preciso ficar atento para não cair nesse jogo manipulador.

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