Flávia Ayer
Vice-presidente volta a se posicionar sobre o assunto em sua página no Twitter
O vice-presidente Hamilton Mourão descartou que a decisão de Jean Wyllys esteja relacionada à investigação sobre o atentado contra Jair Bolsonaro, que foi esfaqueado por filiado ao partido de Jean (foto: Ernesto Rodrigues)
O vice-presidente Hamilton Mourão voltou a afirmar que a ameaça a um parlamentar é um crime à democracia, em referência à decisão do deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) de não assumir o terceiro mandato e se mudar do país.
Ele se posiciou em sua página do Twitter, onde postou a seguinte mensagem nesta sexta-feira:
“Quem ameaça parlamentar está cometendo um crime contra a democracia. Nela você tem sua opinião e liberdade para expressá-la. Parlamentares, eleitos, representam os cidadãos que votaram neles. Quer goste ou não, você ouve. Gostou, bate palma. Não gostou, paciência. É assim!”
O vice-presidente fez a mesma declaração, depois de reunião com o presidente Jair Bolsonaro. Ele declarou que é preciso aguardar um detalhamento sobre as ameaças relatadas pelo deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) que o motivaram a desistir de assumir um novo mandato na Câmara e a deixar o país.
“Quando a gente diz que está ameaçado, tem que dizer por quem, como. Vamos aguardar”, declarou o vice, após uma reunião com o presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto. “Não estou na chuteira do Jean Wyllys, ele é que sabe qual é o grau de confusão que ele está metido”, afirmou Mourão, ao ser perguntado se a decisão do parlamentar estava correta.
Além disso, o vice-presidente afastou a possibilidade de relacionar à decisão do deputado com a investigação sobre o atentado contra o presidente Jair Bolsonaro durante a campanha eleitoral. Nas redes sociais, apoiadores de Bolsonaro impulsionam a expressão #InvestigarJeanWillis, insinuando que o deputado do PSOL estaria “fugindo” de uma investigação por fazer parte do partido ao qual Adélio Bispo de Oliveira, autor do atentado, já foi filiado. “Em nenhum momento apareceu alguma coisa que ligasse um com outro. Acho que isso aí é o wishful thinking, desejo que algo aconteça.”