No mês de maio de 2021, 80,1% das famílias pernambucanas se declararam endividadas, segundo os dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC/CNC). Esse é o nível mais elevado de famílias endividadas observado no estado de Pernambuco, após julho de 2011. Desde que começou a ser medida, em janeiro de 2010, a série histórica da PEIC havia registrado cinco vezes um patamar acima de 80%: maio de 2010 (81,3%); agosto de 2010 (92,5%); março de 2011 (81,4%); maio de 2011 (80,7%); julho de 2011 (81,3%).
O percentual de famílias com contas em atraso também continuou subindo em maio de 2021 e alcançou 31,9% – contra 28,0% em dezembro de 2020 –, assim como o percentual de famílias que se declaram sem condições de pagar dívidas em atraso, que chegou a 13,2% em maio – face aos 11,3% registrados no final de 2020. Nestes casos, os percentuais não se encontram tão mais elevados quanto os observados no segundo semestre do ano passado, mas é importante ressaltar que o papel do auxílio emergencial, durante nove meses, foi essencial para os resultados em 2020, por prover uma fonte de renda com a qual as famílias conseguiram quitar parte de suas dívidas.
Segundo estimativas da CNC, o auxílio emergencial teve impacto positivo sobre o varejo no ano passado, sendo muito relevante em meio à pandemia, mas também foi importante para o pagamento de dívidas atrasadas. Em 2021, o aporte do auxílio será menor e por menos tempo, consequentemente, com impacto inferior sobre a renda disponível. Só para o varejo, a entidade estima que o impacto do auxílio emergencial em 2021 será oito vezes menor que o observado no ano anterior.
Pernambuco: Percentual de famílias, segundo as condições de endividamento (valores em % do total de famílias) – janeiro/2010 a maio/2021
Fonte: Dupla Comunicação
Fonte: CNC. Elaboração Fecomércio-PE.
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