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Programação toda pernambucana no sexto dia de atividades do 20º Festival Recife do Teatro Nacional

 

Programação toda pernambucana no sexto dia de atividades do 20º Festival Recife do Teatro Nacional

O solo Próxima, de Cira Ramos, e Em nome do Desejo, montagem da Galharufa Produções da obra de Antonio Cadengue, serão apresentados hoje (23), nos teatros Hermilo Borba Filho e Barreto Júnior. O fim de semana também promete fortes emoções, com musical infantil e espetáculo sobre fake news na programação

A noite de hoje (23) será toda pernambucana na programação do 20ª Festival Recife do Teatro Nacional, realizado, desde o último domingo (18), pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife. Às 19h e às 20h, Cira Ramos e a Galharufa Produções apresentam-se nos teatros Hermilo Borba Filho e Barreto Júnior.

Cira Ramos encenará o espetáculo solo Próxima, que trata da histórica batalha feminina por respeito, liberdade e integridade, para questionar o lugar que as mulheres merecem e querem ocupar na história de agora em diante. Com 60 minutos, o espetáculo é indicado para maiores de 14 anos. Tem texto da própria Cira, encenação de Sandra Possani, direção de arte de Séphora Silva, luz de Dado Sodi e direção musical e sonoplastia de Fernando Lobo.

Às 20h, a Galharufa Produções revisita a obra do célebre diretor e dramaturgo Antonio Cadengue, que morreu no último mês de agosto, montando um de seus mais famosos textos. O espetáculo Em nome do Desejo conta a história de um homem de meia idade que volta para o antigo seminário onde estudou e viveu o grande amor de sua vida.  O texto é de João Silvério Trevisan, com participação do próprio Antonio Cadengue na adaptação, na trilha sonora, na direção e na encenação. O elenco é formado por: Taveira Júnior, Edinaldo Ribeiro, Miguel Taveira, Vinicius Barros, Paulo de Pontes, Angelis Nardelli, Tarcísio Vieira, Raul Lima, Adilson Di Carvalho, Ryan Leivas, Rafael de Melo, Gil Paz, Dado Santana, José Lucas e Alexandre Augusto.

 

Amanhã (24), o Festival recebe uma grande produção infantil, que trata de amor, amizade e liberdade. Pela primeira vez na cidade, o musical A Gaiola, do grupo carioca Camaleão Produções Culturais, indicado ao Prêmio Jabuti em 2014, será apresentado no Teatro de Santa Isabel, às 16h30, com reapresentação no domingo (25), no mesmo horário. Adaptado pela própria Adriana Falcão, em parceria com Eduardo Rios, dirigido por Duda Maia, e estrelado pelos atores-cantores Carol Futuro e Pablo Áscoli, o espetáculo conta a história de um passarinho que cai na varanda de uma menina, e enquanto ela cuida dele, os dois se apaixonam. Quando o passarinho fica curado e eles têm que se despedir, ela resolve aprisioná-lo em uma gaiola.

 

Às 19h deste sábado, penúltimo dia de Festival, o Teatro Apolo recebe a peça Espera o outono, Alice, do pernambucano Amaré Grupo de Teatro, que trata de morte e saudade, mas também da pulsão de viver que nos habita.  O texto é de Analice Croccia, Quiercles Santana e AMARÉ Grupo de Teatro, com trechos de Marla de Queiroz, Pedro Bomba, Carl Sagan e Felipe André. O elenco conta com os atores Paulo César Freire, Isabelle Barros, Bruna Justino e Natali Assunção. A iluminação é de Natalie Revorêdo. Figurinos e cenografia levam a assinatura de Micheli Arantes e Analice Croccia.

Também no sábado, às 20h, no Teatro Luiz Mendonça, será apresentado o último espetáculo nacional e inédito da programação oferecida pela Prefeitura do Recife. LTDA, do Coletivo Ponto Zero, do Rio de Janeiro, trata de temas que nunca estiveram tão próximos dos brasileiros: fake news, pós-verdade e pós-ética. A dramaturgia é de Diogo Liberano. Debora Lamm assina a direção e o cenário. A direção de movimento é de Denise Stutz; a trilha sonora, de Marcello H; e o figurino, de Ticiana Passos. Participam do elenco: Brisa Rodrigues, Brunna Scavuzzi, Carlos Darzé, Diogo Liberano e Leandro Soares, com participação especial de Naomi Savage. O espetáculo será repetido do domingo, nos mesmos teatro e horário.

A última produção pernambucana a integrar a programação sobe aos palcos da 20ª edição do Festival Recife do Teatro Nacional no domingo, às 19h, no Hermilo Borba Filho. Pro(fé)ta  – O Bispo do Povo, do Coletivo Grão Comum, recorda o martírio dos corpos trucidados pela Ditadura e celebra o aclamado bispo Dom Helder Camara, pedindo paz e  questionando a crença e a dimensão da fé guardada nos dilacerados corações brasileiros.

Os ingressos custam R$ 10 (R$ 5 para estudantes) e serão vendidos nas bilheterias de cada teatro, a partir das 16h.

Quinta noite – Ontem, a programação do Festival contou somente com montagens nacionais: o aclamado TeatroLa Independencia, do grupo baiano OCO Teatro Laboratório, e o singelo e tocante O que só Passarinho Entende, da Cia Cobaia Cênica, de Santa Catarina.

 

“Achei a peça ótima. Me Tocou muito”, disse Waleska Meira, 27 anos, na saída do Santa Isabel.

Seu amigo Daniel Moraes, técnico de som direto, também achou “massa”. “Nem sabíamos muita coisa sobre o espetáculo. Decidimos vir de última hora e deu muito certo.”

Já a psicóloga Olga Miranda sabia muito bem o que estava fazendo. “Já vi duas peças desta 20ª edição do Festival. Acho a programação muito bacana. E necessária. É preciso chamar as pessoas para o teatro”, defendeu.

“O que eu achei mais bonito foi a mensagem: a gente precisa parar de dar valor somente ao que é supérfluo”, disse Mauriceia Melo.

Confira a programação dos próximos dias: 

 

PRÓXIMA

Cira Ramos (PE)

Dia 23, às 19h

Local: Teatro Hermilo Borba Filho

Duração: 60 minutos

Indicado para maiores de 14 anos

O espetáculo solo sugere um umbral, onde o tempo é inexorável, para próximas etapas e  próximos desafios na vida extenuante da mulher contemporânea. Pressionada por todos os lados, numa espiral de sentimentos, travando batalhas com as memórias, dúvidas e incertezas, ora nos faz rir, ora nos incomoda, quando espelho, mas, sobretudo, nos faz refletir sobre o lugar que queremos ocupar como artista, como mulher, como ser humano.

Ficha Técnica

Texto e Atuação: Cira Ramos

Encenação: Sandra Possani

Assistente de Direção: Marcelino Dias

Direção de Arte: Séphora Silva

Direção Musical e Sonoplastia: Fernando Lobo

Designer de Luz e Operação: Dado Sodi

Operação de sonoplastia e de projeção: Júnior Melo

Atriz/Contrarregra/guitarra: Amanda Spacca

Realização: Cira Ramos

 

EM NOME DO DESEJO

Galharufas Produções (PE)

Dia 23, às 19h

Local: Teatro Barreto Júnior

Duração: 100 minutos

Indicado para maiores de 16 anos

No meio de uma séria crise pessoal, um homem de meia idade volta para o antigo seminário onde estudara. Recorda-se do momento mais crucial de sua adolescência, trinta anos atrás, quando viveu o grande amor de sua vida. Mescla os planos do passado e do presente, que se interpenetram, com o personagem já maduro invadindo a cena e até dialogando com o adolescente, em suas lembranças. Num terceiro plano, a figura da mística Santa Teresa de Ávila comenta e impulsiona a cena, com seus poemas de amor.

Ficha Técnica

Texto: João Silvério Trevisan

Adaptação do Romance: Antonio Cadengue e João Silvério Trevisan

Elenco: Taveira Júnior, Edinaldo Ribeiro, Miguel Taveira, Vinicius Barros, Paulo de Pontes, Angelis Nardelli, Tarcísio Vieira, Raul Lima, Adilson Di Carvalho, Ryan Leivas, Rafael de Melo, Gil Paz, Dado Santana, José Lucas, Alexandre Augusto

Encenação e Direção Geral: Antonio Cadengue

Trilha Sonora: Antonio Cadengue

Direção de Arte: Manuel Carlos de Araújo

Iluminação: Augusto Tiburtius

Figurinos e Adereços: Manuel Carlos

Direção Musical: Samuel Lira

Coreografias, Movimentos e Preparação Corporal: Paulo Henrique Ferreira

Cenotécnica: Luiz Mário Veríssimo e Gaguinho

Cenários: Helena Beltrão

Figurinos: Maria Lima

Produção Executiva: Taveira Junior

Realização: Galharufas Produções

 

A GAIOLA

Camaleão Produções Culturais (RJ)

Dias 24 e 25, às 16h30

Local: Teatro de Santa Isabel

Duração: 50 minutos

Livre para todos os públicos

Baseado no livro infantil de mesmo nome e indicado ao Prêmio Jabuti, no ano de 2014, trata-se de um espetáculo musical inédito, adaptado pela própria Adriana Falcão em parceria com Eduardo Rios, dirigido por Duda Maia, e estrelado pelos atores-cantores Carol Futuro e Pablo Áscoli. Conta a história de um passarinho que cai na varanda de uma menina, e enquanto ela cuida dele, os dois se apaixonam. Quando o passarinho fica curado e eles têm que se despedir, ela resolve aprisioná-lo em uma gaiola. É um espetáculo rico em humor e poesia, que trata de amor, amizade e liberdade.

Ficha Técnica

Adaptação: Adriana Falcão e Eduardo Rios

Direção e Roteiro: Duda Maia

Elenco: Carol Futuro e Pablo Áscoli

Direção Musical e Trilha Original: Ricco Viana

Cenário: João Modé

Iluminação: Renato Machado

Figurino: Flávio Souza

Direção de Produção: Bruno Mariozz

Produção: Palavra Z Produções Culturais

Produção Recife: Iris Macedo (Fervo Projetos)

Idealização: Camaleão Produções Culturais

 

ESPERA O OUTONO, ALICE

Amaré Grupo de Teatro (PE)

Dia 24, às 19h

Local: Teatro Apolo

Duração: 60 minutos

Indicado para maiores de 14 anos

É uma reflexão sobre as perdas que temos ao longo da vida, as mortes, as saudades, mas também sobre a pulsão de viver que nos habita. No elenco, os atores se revezam em vários personagens e trazem fragmentos não-lineares da vida de Alice, uma garota com vida comum, que decide tomar uma decisão extrema, mudando o rumo de sua vida.

Ficha Técnica

Texto: Analice Croccia, Quiercles Santana e AMARÉ Grupo de Teatro, com trechos de Marla de Queiroz, Pedro Bomba, Carl Sagan, Felipe André

Encenação: Analice Croccia e Quiercles Santana

Elenco: Paulo César Freire, Isabelle Barros, Bruna Justino e Natali Assunção

Iluminação: Natalie Revorêdo

Figurino e Cenografia: Micheli Arantes e Analice Croccia

Narração: Paulo César Freire, Íris Campos e Paulo de Pontes

Pesquisa Musical, produção e realização: AMARÉ Grupo de Teatro

LTDA

Coletivo Ponto Zero (RJ)

Dias 24 e 25, às 20h

Local: TeatroLuiz Mendonça

Duração: 60 minutos

Indicado para maiores de 14 anos

Em um edifício empresarial, uma agência que produz e divulga fake news está à beira de um colapso. A peça busca lançar um olhar sobre a condição humana em tempos de pós-verdade e pós-ética.

Ficha Técnica

Dramaturgia: Diogo Liberano

Direção: Debora Lamm

Elenco: Brisa Rodrigues, Brunna Scavuzzi, Carlos Darzé, Diogo Liberano e Leandro Soares

Participação Especial: Naomi Savage

Direção de Produção: Lucas Lacerda

Direção de Movimento: Denise Stutz

Direção Sonora: Marcello H

Figurino: Ticiana Passos

Visagismo: Josef Chasilew

Desenho de Luz: Ana Luzia de Simoni

Cenário: Debora Lamm

Realização: Coletivo Ponto Zero

 

PRO(FÉ)TA – O BISPO DO POVO

Coletivo Grão Comum (PE)

Dia 25, às 19h

Local: Teatro Hermilo Borba Filho

Duração: 50 minutos

Livre para todos os públicos

Finalizando o ciclo da pesquisa do Coletivo Grão Comum intitulada Trilogia Vermelha, a encenação começa com a notícia do sequestro e assassinato do padre Henrique, em 1969, recordando o martírio dos corpos trucidados pela Ditadura e, até mesmo, da realidade do povo indigente sobrevivendo na lama do Recife, e, como testemunhou o evangelho, a miséria e suplício do próprio Cristo. A peça mobiliza um cortejo pelas ruas da cidade, conduzindo os espectadores rumo ao teatro, para o sepultamento do corpo trucidado, denunciando a violência que nos aflige ainda hoje, que ainda é ferida aberta, sempre injusta e desumana. A obra celebra o aclamado bispo Dom Hélder Câmara pedindo silêncio e paz, evocando reza forte, questionando a crença e a dimensão da fé guardada nos nossos corações dilacerados de desilusão.

Ficha Técnica

Pesquisa dramatúrgica, encenação e iluminação: Júnior Aguiar

Elenco: Daniel Barros, Júnior Aguiar e Márcio Fecher

Música Original: Geraldo Maia (com Paulo Marcondes, Rodrigo Samico, Públius, Hugo Linnis e Amarelo)

Operação de Áudio e Luz: Felipe Hellslaught

Idealização: Coletivo Grão Comum

Produção Geral : Coletivo Grão Comum, Cen@ff e Gota Serena

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Sobre o autor

A oposição é necessária para avaliar a gestão, mas é importante distinguir entre oposição legítima e politicagem, que busca causar problemas e confundir a população. É preciso ficar atento para não cair nesse jogo manipulador.

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