De acordo com o Instituto Nacional do Câncer, cerca de 60% dos pacientes com doença, em algum momento do tratamento, serão submetidos à radioterapia. Porém, cresce cada vez mais a procura pela técnica para fins estéticos. Segundo os radio-oncologistas Felipe Coelho e Diego Rezende, da Oncoclínicas Radioterapia, pacientes com queloides geradas por cirurgias de mama e de hérnia, cesária e jovens que usam argolas e brincos são os casos mais comuns.
“O tratamento com radioterapia alcança a parte superficial da pele, neste caso estético utilizamos um acelerador linear ou braquiterapia. O procedimento radioterápico deverá ser iniciado nas primeiras 48 horas após a retirada da queloide. Fazendo isso, você tem uma taxa de apenas de 1,6% de chance de reaparecimento. Caso o procedimento seja realizado de forma diferente, com a retirada da queloide sem a radioterapia, cerca de 75 a 100% de risco que ela irá ressurgir”, explicou o rádio-oncologista Felipe Coelho.
O tratamento para queloide dura entre três e dez sessões, e são utilizados poucos minutos em cada uma. Outro ponto importante é que a radioterapia é um tratamento no qual se utilizam radiações ionizantes, que são um tipo de energia para destruir ou impedir que as células do tumor se perpetuem. Essas radiações não são vistas e durante a aplicação o paciente não sentirá nada.
“Criou-se um mito de que a radiação fica no corpo, mas não é verdade. Além disso, com o avançar da tecnologia, a gente consegue irradiar o tecido maligno de uma forma precisa, milimétrica, e poupa as estruturas sadias que estão próximas a ele” acrescentou Diego Rezende.
Por: Pedro Paulo – Multi Comunicação
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