A Polícia Federal em Pernambuco deu início as investigações desde o sábado passado, (08/08) com relação ao episódio envolvendo o Cruzeiro do Alto da Sé, em Olinda/PE que supostamente foi alvo de um ato de vandalismo. O caso é de competência da Polícia Federal em razão do monumento ser tombado pelo patrimônio histórico que fica num dos principais pontos turísticos do Sítio Histórico de Olinda. Ao tomar conhecimento dos fatos a Polícia Federal enviou uma equipe de policiais federais para o local com o objetivo de fazer uma perícia técnica no local do crime e pegar informações sobre o caso.
Lá chegando, os policiais encontraram a cruz danificada e alguns blocos de pedra caída no chão bem como um par de sandálias perto do local, onde o monumento estava erigido. Policiais Militares integrantes da Companhia Independente de Apoio ao Turista(Ciatur) informaram que o responsável pela destruição foi detido e identificado por meio de câmeras de segurança, mas como estava ferido na perna e nos dedos do pé, e sem condições de se locomover por ter sido atingido por blocos de pedra da escultura foi levado às pressas até o Hospital Miguel Arraes, em Paulista/PE onde permanece custodiado e deverá se submeter a um procedimento cirúrgico.
A parte de restauração ficará a cargo da gestão municipal através da Secretaria de Patrimônio e Cultura de Olinda. Ainda não se sabe por qual motivo que levou o homem a destruir o cruzeiro do alto da Sé. Inquérito policial será instaurado e após receber alta do hospital ele deverá ser ouvido para prestar esclarecimentos sobre os fatos. O caso está sendo investigado pela Polícia Federal porque o Sítio Histórico de Olinda é tombado, desde 1968, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), e reconhecido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) como Patrimônio Mundial Cultural.
O crime está previsto na Lei de Crimes Ambientais – Lei 9.605/98 no artigo 165 por destruir, inutilizar ou deteriorar coisa tombada pela autoridade em virtude de valor artístico, arqueológico ou histórico. A pena para esse tipo de crime pode chegar a 6 meses de detenção a dois anos de prisão, além de multa.