A Polícia Federal deflagrou na data de hoje (09/10/2020) a “Operação Amphis”, que teve início em 2014 e decorre de investigação de atuação de organização criminosa transnacional, que atua em diversos modalidades criminosas, como evasão de divisas, manutenção de instituição financeira clandestina, falsidade documental, descaminho e lavagem de dinheiro, capitaneados por grupo criminoso atuante em Recife/PE e em outras capitais do país, além de operar também no estado da Flórida/EUA.
Somente no Brasil, através da abertura de contas bancárias com documentos falsos ou em nome de empresas “fantasmas”, o grupo movimentou mais de R$ 200 milhões nos últimos dez anos.
Os alvos das medidas são três doleiros de Recife/PE, pessoas que os auxiliavam nas atividades criminosas, além de indivíduos que se valeram de serviços ilícitos promovidos pelos mesmos, consistentes na remessa clandestina de divisas ao exterior.
Cerca de 60 policiais federais estão cumprindo nos respectivos escritórios e residências dos suspeitos, 13 mandados de busca e apreensão, além disso foi decretado pela Justiça Federal de Recife/PE, o sequestro de imóveis e veículos, bloqueio de contas dos investigados e de empresas “fantasmas”. A ação ocorre nos municípios de Recife/PE, Jaboatão dos Guararapes/PE, Goiânia/GO, São Paulo/SP, Fortaleza/CE e Rio de Janeiro/RJ.
Os policiais federais estão arrecadando material (documentos e arquivos digitais), que serão analisados posteriormente pela equipe de investigação da Delegacia de Repressão à Corrupção e Crimes Financeiros da PF em Pernambuco. As penas dos crimes, somadas, podem chegar a 29 anos de prisão.
O nome da operação deriva do prefixo “Amphi”, de origem grega, que significa “os dois lados” utilizado na biologia para nomear cientificamente algumas espécies de animais. Foi utilizado em função dos principais alvos terem, cada um, pelo menos duas identidades (algumas falsas) e ainda por atuarem tanto Brasil, quanto nos EUA.
Polícia Federal
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