Diversas postagens nas redes sociais afirmam que um jovem que usa a camisa do MST seria o vândalo mostrado no vídeo de câmera de segurança. A pedido do jornal Estadão , perito da ABCCRIM apontou diferenças visíveis entre as duas pessoas.
Não procede a notícia que um militante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) seja o homem que aparece em imagens divulgadas no dia 15 pelo Fantástico, da Rede Globo, quebrando o relógio de Balthazar Martinot, trazido ao Brasil por Dom João VI, durante a invasão de 8 de janeiro no Palácio do Planalto, em Brasília.
A pedido do Jornal Estadão Verifica, o perito audiovisual e professor Ricardo Caires dos Santos, presidente da Comissão Nacional de Perícia Audiovisual, da Academia Brasileira de Ciências Criminais-ABCCRIM, com sede nacional em Olinda-PE, avaliou os vídeos em que aparecem tanto o homem quebrando o relógio quanto Danilo. Ele concluiu não se tratarem da mesma pessoa.
O perito afirma ter realizado exame morfológico das imagens, considerada pelo Grupo de Trabalho Científico de Identificação Facial (FISWG, na sigla em inglês) como o principal e mais confiável método de comparação facial. Conforme Caires, trata-se de processo comparativo que se baseia na análise de correspondência de forma, presença e localização de feições faciais, podendo ser global, por meio do exame da face como todo, ou local e regional, por meio do exame específico de estruturas como nariz, boca e olhos.
Segundo o Presidente Nacional da ABCCRIM, professor Cristiano Carrilho, em relação ao material analisado pelo perito Ricardo Caires a pedido do Jornal Estadão: “as diferenças entre os dois homens se concentraram, principalmente, na região dos olhos, que possuem formatos distintos, assim como as sobrancelhas, mais grossas em Danilo que na pessoa que quebrou o artefato além do o perito ter verificado que o bigode do militante do MST é mais grosso que o do homem que aparece no Planalto no dia da invasão”.