Secretario de Cultura de Pernambuco, Gilberto Freyre Neto participou de um debate na Tenda Literária da Cepe sobre políticas públicas de cinema
Está chegando ao fim a 12ª edição do Festival de Cinema de Triunfo, que proporcionou uma semana de muitos encontros sobre cinema com realizadores de todo o Brasil. Esta sexta-feira (9), último dia das exibições competitivas e o Dia Internacional dos Povos Indígenas, foi também o dia algumas sessões especiais, como a Bia Desenha, e as Mostras Competitivas de Curta-metragem Infanto-juvenil e dos Sertões, além da mostra nacional de curtas e longas-metragens.
“Fizemos ao longo da semana debates na Praça do Avião e um seminário sobre a regionalização do audiovisual, bem como diversas mostras. A participação do cidadão triunfense está maravilhosa e prova que o festival proporciona um diálogo entre a cidade e tudo a respeito do que está sendo produzido no cinema nacional”, ressaltou Luciana Poncioni, coordenadora de Audiovisual da Secretaria de Cultura de Pernambuco e coordenadora do Festival.
O secretário estadual de Cultura, Gilberto Freyre Neto, chegou a Triunfo nesta sexta-feira (9) e foi logo em seguida participar de um debate na Tenda Literária da Cepe sobre políticas públicas de cinema e resistência, com Emilie Lesclaux, produtora de cinema; Clara Angélica, cineasta e jornalista; e Luciana Veras, repórter especial da Revista Continente. Também participaram do encontro a secretária-executiva de Cultura, Silvana Meireles, além de outras autoridades como Ricardo Leitão, presidente da Companhia Editora de Pernambuco.
Durante a conversa, Gilberto Freyre Neto falou sobre a criação do Consórcio Nordeste, parceria jurídica que reúne os nove estados da região para buscar soluções nas áreas da saúde e educação como prioridades, mas ressaltando que outros debates, como o da cultura, estão acontecendo em paralelo.
“Existe um Fórum de Secretários de Cultura do Nordeste que tem se reunindo e que se encontrará em setembro no Recife. São debates que já estão acontecendo e nós vamos identificar, dentro dos interesses do Nordeste, quais políticas públicas de governo vamos desenvolver juntos na estratégia maior do Consórcio, que vai olhar a região de uma forma muito objetiva”, destacou o secretário.
Para Gilberto, são pautas claras e objetivas naquilo que os gestores acreditam que a cultura precisa ter. “Seja sobre a ótica da salvaguarda, naquilo que é importante preservar, como também no que está diretamente envolvido com a economia criativa. É descobrir como é que vamos utilizar e desenvolver esse mercado de consumo, para que eles que nos dê condições de desenvolver as cadeias naquilo que nos interessa e dentro dos planos da cultura”, declarou.
Silvana Meireles falou durante o debate sobre alguns diferencias em Pernambuco quando o assunto é política cultural. “Tem uma característica, além da economica e criativa, que é a liberdade. No Funcultura Audiovisual, por exemplo, não existe julgamento de tema ou da abordagem do conteúdo. Outra é a característica do diálogo. A política do audiovisual no estado é uma grande lição pra gente dar essa construção junto ao segmento e que foi provavelmente muito responsável pra gente conseguir o recurso do Fundo Setorial Audiovisual da Ancine”.
Atividades durante o dia – Apresentador do festival e mediador dos debates com os realizadores, o ator Jorge Clésio deu uma entrevista pela manhã para a Rádio Triunfo FM 87.9 sobre os encontros com a presença de vários cineastas e cinéfilos, e que estão acontecendo ao ar livre, na Praça do Avião, em frente à sede da prefeitura municipal. Na conversa, Jorge Clésio ressaltou a importância desses debates e fez um convite à população triunfense para que compareça aos debates, que são abertos ao público em geral.
No começo da manhã aconteceu a Sessão Especial: Bia Desenha, com a presença de alunos das escolas e a exibição de episódios da série de animação infantil que conta com direção de Neco Tabosa; roteiro de Kalor Pacheco e Neco Tabosa; e drieção de Arte de Raul Souza.
Pela tarde, às 13h30, foi realizada a Mostra Competitiva de Curta-metragem Infanto-juvenil, com sessão dos curtas “Menina não solta pum”, de Ayodele Gathoni; “Pedro e o Velho Chico”, de Renato Gaia; “Lily’s Hair”, de Raphael Gustavo da Silva; “Um Beijo para Sofia”, de Calleb Jangrossi; e “O Grande Amor de um Lobo”, de Kennel Rogis e Adrianderson Barbosa.
Às 19h, foi a vez da Mostra Competitiva de Curta-metragem dos Sertões e Nacional, com “Enraizada”, de Tiago Delácio; “O Menino que Morava no Som”, de Felipe Soares; “Guaxuma”, de Nara Normande; “OPARÁ – Morada dos nossos ancestrais”, de Graciela Guarani; e “Quitéri”, de Tiago A. Neves. Graciele é uma índia Guarani-Kaiowá e, no palco do Cineteatro Guarany, celebrou o fato de estar num equipamento cultural que leva o nome do seu povo.
Fechando a noite, a Mostra Competitiva de Longa-metragem Nacional exibiu o “Madrigal para um Poeta Vivo”, de Adriana Barbosa e Bruno Mello Castanho.
Realizado pelo Governo de Pernambuco, através da Secretaria de Cultura e Fundarpe, o festival irá, neste sábado (10), vivenciar o dia da coroação dos filmes escolhidos pelos júris com a entrega do Troféu Caretas e dos troféus que compõem a premiação, além da homenagem a Kleber Mendonça Filho, cineasta pernambucano premiado nacional e internacionalmente. Confira aqui a programação completa da 12ª edição do festival.
Ascom Cultura PE