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*Pedro Campos: “O Nordeste não precisa de favor. Precisa é de respeito”*

BRASÍLIA – Um dia após protocolar a recriação da Frente Parlamentar em Defesa do Nordeste na Câmara Federal, o deputado Pedro Campos se reuniu, hoje (16/03), no Palácio do Planalto, com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Na pauta do debate, os desafios e as potencialidades para tornar a região o vetor de desenvolvimento do país.

“O Nordeste não precisa de favor, mas de respeito. Tenho clareza que o governo Lula tem sensibilidade e compromisso com a nossa região, que, como bem nos ensinou Eduardo Campos, não é um problema, mas solução para várias questões em nosso país. Temos grande potencial econômico, energético, científico e cultural para ser a força motriz do Brasil”, afirmou.

Na ocasião, o parlamentar sinalizou três pontos estratégicos para a região: o potencial de geração de energias renováveis, a conclusão das obras da transposição do São Francisco e conclusão do projeto original, de forma integral, da obra da ferrovia da Transnordestina.

Para o deputado, a geração de energia deve aliar sustentabilidade ao vetor de desenvolvimento regional. Em sua fala, Pedro pontuou sobre a expansão da geração de energia do Nordeste já outorgada pela ANEEL, que contabiliza 88GW, dos quais 75% são de fontes renováveis. Essas outorgas têm potencial de geração de cerca de 2 milhões de empregos.

“O Nordeste é exportador de energias renováveis. A nossa geração a partir de fonte eólica, em alguns momentos, é suficiente para suprir as demandas de cargas da região e exportar para outras áreas do país. Estamos debatendo sobre geração de energia limpa quando já deveríamos tratar sobre a instalação de novas indústrias em áreas que contabilizem superávit energético. São essas iniciativas que irão gerar emprego e renda para a população. Esse é um dos pontos que queremos trazer para o debate na Frente”, ponderou.

Durante a reunião, Pedro ponderou sobre a conclusão de duas obras para a região: a Transnordestina e a transposição do São Francisco. “A Transnordestina é uma obra essencialmente sobre integração nacional. A bancada do Nordeste deve estar unida para defender a conclusão por inteiro desta obra, em seu projeto original, de forma integral. Não há integração nacional se algum dos estados contemplados com projeto original for excluído. Pernambuco, Piauí e Ceará devem estar unidos nesse diálogo e na luta por esta obra, que é tão estruturante e estratégica para o desenvolvimento regional.

A questão da água, um dos pilares do mandato do parlamentar, também foi abordada durante a reunião. Pedro sinalizou para a necessidade de investimentos para a universalização do acesso à água no Nordeste, direito essencial de todas as brasileiras e todos os brasileiros. “Precisamos avançar e concluir as obras para que a água chegue de fato às torneiras das pessoas e às cisternas que têm grande eficiência para a irrigação”.

Pedro atentou também para a necessidade de convergir recursos para execução de obras como a adutora do agreste e para adutorinhas da transposição do São Francisco. “Essas obras complementares são essenciais para que a população circunvizinha aos canais da transposição tenham acesso à água que passam perto das suas casas”.

*Defesa do Nordeste *- Na última quarta-feira (15/03), o parlamentar protocolou na Câmara Federal requerimento para a recriação da Frente Parlamentar em Defesa do Nordeste. “A Frente irá unir forças à bancada do Nordeste para colocar a região no protagonismo de soluções para o desenvolvimento do Brasil”, pontuou. O parlamentar relembrou o descaso com que a região foi tratada pelo governo anterior. “Vimos o programa Casa Verde e Amarela aplicar apenas 15% dos recursos do FGTS em ações no Nordeste, quando a região contabiliza 30% do déficit habitacional brasileiro. Temos certeza que o governo Lula tem sensibilidade e que o Minha Casa, Minha Vida irá restaurar, com equidade, a política habitacional brasileira e tantas outras políticas públicas que são fundamentais para a nossa região”, afirmou.

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A oposição é necessária para avaliar a gestão, mas é importante distinguir entre oposição legítima e politicagem, que busca causar problemas e confundir a população. É preciso ficar atento para não cair nesse jogo manipulador.

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