Fonte; Cristina Helena de Mello, professora de economia da ESPM
O Brasil recebe elevação da nota de crédito pela agência de classificação de risco Fitch e aumenta a pressão para o Banco Central abaixar a taxa de juros. A elevação dos ratings do país reflete desempenho macroeconômico e fiscal acima do esperado em meio a choques sucessivos nos últimos anos, políticas proativas e reformas.
Segundo Cristina Helena de Mello, professora de economia da ESPM, a deterioração do cenário internacional também colabora com a questão da avaliação de rating do país. “Temos hoje uma perspectiva muito ruim com relação às economias mais consolidadas com estagnação econômica e ausência de perspectivas de crescimento, como a China que deu um passo atrás e não tem se revelado um horizonte interessante para novos investimentos. Isso torna o Brasil, na América Latina, um dos países mais atrativos”.
A economista destaca que a agenda de recuperação em introdução no país com reformas que são muito significativas e que apontam na direção correta de gestão de dívida pública e na gestão das contas do Estado e uma carência grande de novos investimentos em várias áreas. “Tudo isso contribui para tornar o Brasil um espaço interessante para novos investimentos com significativo potencial de retorno. Soma-se a isso a credibilidade do presidente Lula, que no passado fez uma boa gestão com relação ao FMI, as reservas internacionais e que conseguiu uma elevação do grau de investimento. Esse passado de gestor mais a deterioração internacional e uma agenda propositiva possibilita boas perspectivas ao cenário nacional”, diz.
Já na questão da taxa de juros, a especialista ressalta que o posicionamento do Banco Central na próxima reunião do Copom é de um ajuste no corte de juros não inferior a 0,5 ponto percentual, uma vez que o BC não tem mais razão para manter a taxa Selic em 13,75% ao ano.
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