Ciro Gomes (PDT), Guilherme Boulos (PSOL) e Jair Bolsonaro (PSL) oficializam entrada na disputa pelo Planalto
Diante de mais de 3 mil apoiadores no Rio de Janeiro, Bolsonaro prometeu “resgatar” o Brasil
Bolsonaro, cuja presença no segundo turno aparece em diversas pesquisas, lançou sua candidatura neste domingo 22. Diante de mais de 3 mil apoiadores no Rio de Janeiro, o deputado federal prometeu “resgatar” o Brasil. “Minha candidatura é uma missão. Se estou aqui é porque acredito em vocês e se vocês estão aqui é porque acreditam no Brasil”, disse o candidato do Partido Social Liberal.
Bolsonaro esteve acompanhado da advogada Janaína Paschoal, uma das responsável pelo processo de impeachment de Dilma Rousseff, e que pode ser a vice de sua chapa.
Nostálgico da ditadura civil-militar e responsável por declarações racistas, misóginas e homofóbicas, Bolsonaro discursou sobre a necessidade de “eleger um homem ou uma mulher honesto, que tenha Deus no coração e seja patriota”.
O público que compareceu à convenção do PSL era heterodoxo: desde conservadores evangélicos, pessoas de classe média, policiais e militares, até moradores de comunidades cansados da violência. Todos veem o capitão da reserva como um salvador, um “ficha limpa” capaz de resgatar um país afundado na crise política, econômica e social, e abalado por escândalos de corrupção.
Em seu discurso, Bolsonaro disse ser a favor da privatização de alguns setores da Petrobras, mas destacou que o ultraliberal Paulo Guedes será responsável pela gestão econômica em seu eventual governo.
Boulos destacou que irá defender temas como o direito ao aborto e à desmilitarização da polícia
O coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), Guilherme Boulos, anunciou sua candidatura no sábado, na convenção nacional do PSOL em São Paulo. Também foi homologado o nome de Sônia Guajajara, representante do povo indígena, para vice-presidente. O PSOL aprovou aliança aliança com o Partido Comunista Brasileiro (PCB).
Para um público formado por integrantes do MTST, movimentos sociais e representantes dos povos indígenas, Boulos destacou que irá defender temas que pertencem aos princípios do partido, como o direito ao aborto e à desmilitarização da polícia.
“Não teremos medo de defender o direito ao aborto neste país, porque é um tema de saúde pública, e precisamos defender o direito à vida das mulheres, principalmente as mais pobres. Também vamos combater o genocídio da juventude negra, revendo o modelo de segurança pública. O que não podemos é legalizar a distribuição de armas neste país”, disse.
Boulos defendeu a liberdade e o direito do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ser candidato. “Nós defendemos o direito de Lula ser candidato à Presidência da República porque entendemos que foi vítima de uma condenação injusta e que hoje sofre uma prisão política para retirá-lo do processo eleitoral”, afirmou.
Outros partidos
O PDT aprovou uma resolução autorizando a Executiva Nacional a negociar as alianças para o primeiro turno das eleições e o vice de Ciro Gomes. O PSC também vai articular um vice que agregue apoios, mas Rabello de Castro demonstrou disposição de ter uma mulher em sua chapa.
Os partidos têm até 5 de agosto para realizarem suas convenções nacionais. As candidaturas podem ser registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até 15 de agosto. No próximo sábado devem se reunir SD, PTB, PV, PSD e DC.
*Com informações de AFP e Agência Brasil
http://www.portaldaepoca.com.br/2018/07/22/partidos-confirmam-cinco-candidatos-a-presidencia/