Adriano Marcena e sua contribuição à cultura de Jaboatão
Por: Jadson d´Pádua
Dedicado aos estudos da Cibercultura e da Economia Criativa na Indústria 4.0, o historiador, dramaturgo e escritor Adriano Marcena tem grandes contribuições à cultura de Jaboatão dos Guararapes. Atualmente, se dedica à Flystar Empreendimentos Criativos, responsável pela Turma da Joaquina, startup de impacto social embarcada no Porto Digital.
Poucos sabem, mas foi Marcena um dos principais responsáveis pela implementação do Conselho Municipal de Cultura do Jaboatão dos Guararapes, além de ser seu primeiro presidente (2006-2007), acontecendo o mesmo com a Academia de Letras do Jaboatão dos Guararapes (ALJG), em 2014-2015. Marcena também foi o primeiro presidente. Entre os anos 2006-2008, Adriano Marcena foi vice-presidente dão Instituto Histórico do Jaboatão dos Guararapes, na chapa com a presidente Adiulza Viera Belo.
Seu livro Jaboatão Histórias e Lutas, lançado em 2001, tornou acessível a muita gente, principalmente aos alunos do Ensino Fundamental a da Educação de Jovens e Adultos – EJA, o acesso à trajetória histórica do Jaboatão dos Guararapes.
Entre os anos 2001 e 2005, Marcena desenvolve o projeto Jaboatão – Por dentro da História, realizando aulas de campo juntamente com alunos do Ensino Médio e Fundamental, nos vários pontos históricos da cidade, incluindo ruínas de engenhos e de capelas antigas, além de abordar o desenvolvimento urbano da cidade.
Mas a história desse artista brasileiro vai além e se estende desde o ano de 1992 quando o escritor e dramaturgo apareceu com o texto teatral Gabriel & Isabel e recebeu seu primeiro prêmio literário no Recife. Em 1995, Marcena publica um dos seus trabalhos mais contundentes, a famosa Trilogia da Miséria Humana – Os Leprosos, As Grávidas, Os Cristãos, projeto inovador para a época ao propor o lançamento do livro no Forte das 5 Pontas com os textos e meses depois iniciar a temporada com os três espetáculos, no teatro da Fundação Joaquim Nabuco, no Derby. Dos três textos As Grávidas foi o que mais andou, sendo encenado no Rio de Janeiro e em Angola, na África. O texto Os Cristão foi traduzido para o francês.
Em 1996, Adriano Marcena venceu o Prêmio Nacional de Dramaturgia, do Ministério da Cultura, com a premiadíssima A Ópera do Sol – Uma odisseia nordestina no sertão pernambucano – ópera-repente. Este complexo trabalho envolve mais de 18 gêneros da cantoria de viola e rica carpintaria teatral, o que fez o autor receber mais dois prêmios para a sua A Ópera do Sol: o Prêmio Elpídio Câmara de Teatro concedido pelo Conselho Municipal de Cultura da Cidade do Recife (1997) e o Prêmio Mais Cultura de Literatura de Cordel 2010 – Edição Patativa de Assaré/Ministério da Cultura do Brasil. Recentemente, A Ópera do Sol foi encenada no Recife por Carlos Carvalho, com incentivo do Funcultura.
Adriano Marcena também recebeu 5 Menções Honrosas para seus textos teatrais, sendo 3 do Conselho Municipal de Cultura da cidade do Recife para as obras As Mungangas de Zeca Apolinário na Terra do Vulcão Encarnado, 1998; Arrecifes do Silêncio e Estrepolias de Pedro Malasarte, ambas em 2002 e O Canto dos Vinhedos em 2004; 1 (uma) da Fundarpe, para a obra O Rei Rodela, em 1992.
Em 2010, depois de 12 anos de intensa pesquisa e escrita, Marcena lança nacionalmente o Dicionário da Diversidade Cultural Pernambucana, na São Paulo Fashion Week. A obra de 1016 páginas serviu de base para orientar os estilistas a fazerem suas criações em homenagem a Pernambuco. Aos poucos, a obra foi se tornando uma das mais importantes da sua geração com apenas 50 exemplares colocados à venda no lançamento. Virou raridade.
Em 2011, Adriano Marcena escreve o Dicionário da Diversidade Cultural Pernambucana com linguagem voltada para os alunos do Ensino Fundamental. O livro agrada professores e estudantes e se transforma em item cult para se debater a formação cultural de Pernambuco.
Depois de se aprofundar em estudos de História Cultural, Marcena publicou 3 importantes trabalhos sobre a história da alimentação brasileira: Mexendo o Pirão: importância sociocultural da farinha de mandioca no Brasil holandês (1637-1646); Raspando o Tacho – Comida e Cangaço: Relações etnograstronômicas entre nômades e sedentários nos sertões nordestinos (1922-1938) e A Saideira – Breve História Cultural da Cerveja em Pernambuco. Estas três obras receberam incentivos do Funcultura.
Ao longo da sua jornada, Adriano Marcena escreveu mais de 50 textos para o teatro, romances inéditos e publicou muitos trabalhos para o teatro. Recentemente, lançou As aventuras do Vampiro do Cordel – contos hilários e razoavelmente assombrativos. Em 2018, foi um dos homenageados na Primeira Mostra Cultural do Jaboatão dos Guararapes.alhos para o teatro. Recentemente, lançou As aventuras do Vampiro do Cordel – contos hilários e razoavelmente assombrativos. Em 2018, foi um dos homenageado