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O PROCESSO DE EDUCAÇÃO E ENSINO NA IDADE MODERNA. EPISÓDIO DE HOJE: O surgimento das Universidades e sua influência no processo educativo (Parte 4)

Direto de Brasília-DF.

Resolvendo o problema dos estudantes, alojamento, alimentação e local para as aulas

Se de um lado a Corporação dos Mestres resolve o problema da fixação de professores e quanto aos alunos, como resolver o problema da maioria?

Já dissemos que os filhos da burguesia (a nova classe de ricos e emergentes) eram os principais clientes das universidades e, pasmem, na IDADE MÉDIA INGRESSAVA-SE NA UNIVERSIDADE AOS 14 ANOS, como ensina Thomas Giles.

Isto surpreeende? Claso que sim! Hoje faz-se o possível para que alunos terminem o ensino fundamental e médio e que chegue na universidade aos 18 anos de idade. O número de abandono e de desistência por motivos vários, mas principalmente por “mi mi mi”, preguiça e “vagabundagem” é altíssimo e os que ingressam não sabem quase nada porque na universidade de meados do século XX até nossos dias o “chique” é ser fumador de maconha e baderneiro. Quem estuda de verdade e ama o conhecimento recebe inúmeros tipos de bullying.

Pois bem, com o retorno da urbanização do mundo, ou seja, o exponente crescimento das cidades e reorganização social que exigia trabalhadores para as novas profissões, corporações e empreendimentos, estudar passa a ser meio de escalada social, outra vez.

Assim, alunos de várias Nações acorriam às universidades. Estas resolveram criar as “Nações de estudantes”. Como se fossem grêmios estudantis identificados por nome. Desta forma haviam as nações dos: franceses, normandos, ingleses, italianos. O aluno não precisava ser originário do país para pertencer a uma delas. Ele escolhia a que queria integrar.

As “Nações” de estudantes funcionavam em determinado bairro, onde ficavam as hospedarias de estudantes e refeitórios para alimentação. No mesmo bairro ficavam as salas de aula, isto quando as aulas não ocorriam ao ar livre.

 

Resolvendo a questão polítca e jurídica para funcionamento e recomhecimento do valor social das Universidades

Importante que recorde que o modelo daquelas escolas durou até início do século XII (1.189) quando o Concílio de Latrão expediu Decreto determinando que as Catedrais expandissem a educação e ensino, além dos muros da Igreja. Algumas das “agências de ensino” mais importantes foram as Escolas Catedralícias das cidades de Chartres, Paris, Liège, Reims.

É possível imaginar ordas de estudantes em todas as cidades. Era necessário formar quadros de administradores civis, advogados, professores, mestres, clérigos, contadores e, para isto as Escolas Catedralícias, as mais desenvolvidas da época, não estavam aparelhadas.

É neste contexto que a Igreja Católica promove o Terceiro Concílio de Latrão (em 1179), presidido por Alexandre III, e decide AMPLIAR as escolas catedralicias, além de determinar que elas promovam ensino gratuito. Esse entendimento será repetido em 1252, por Inocente III, para que as escolas das cidades de Chartres, Paris, Reims, Liège e outras, melhorassem o conteúdo curricular e formasse e/ou atraísse professores e mestres de excelência para seus quadros, afim de atender à demanda de estudantes que chegavam não somente do campo, mas de inúmeras outras cidades.

Em 1150 quando a Universidade de Paris é fundada, ela já prima pelos da Filosofia, Teologia(a Igreja ainda era determinante), Artes, Direito canônico e Medicina. Desde esta época esse corpo de Mestres e Alunos começa a lutar por reconhecimento oficial, o que ocorre com um Decreto emitido em 1231(quase um século depois de fundada) por Roberto de Courçon. Este Decreto estabelecia o regulamento sobre: a qualificação dos mestres e a autoridade que detinham sobre os estudantes; o método de ensino; o conteúdo curricular.

 

Até breve!

Sobre o autor

Formado em Direito, Pós-graduado em Política e Estratégia pela Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (ADESG) e pela Universidade de Brasília (UnB). Concluiu Doutorado em Ciências Jurídicas e Sociais na Universidad Del Museu Social Argentino, Buenos Aires-AR, em 2012 e Pós-Doutorado em Tradição Civilística e Direito Comparado pela Universidade de Roma Tor Vergata. Professor de Hermenêutica Jurídica e Direito Penal nas Faculdades Integradas do Planalto Central e de Direito Penal, Processo Penal e Administrativo em cursos preparatórios para concursos, por 19 anos, em Brasília, Goiânia, Belo Horizonte e Porto Alegre. É Palestrante. Já proferiu palestras na Universidade de Vigo-Espanha e Universidade do Minho, Braga-Portugal, sobre seu livro e, Ciências Sociais "A mulher e sua luta épica contra o machismo". Proferiu palestra na University of Columbia em NYC-US, sobre sua Enciclopédia Corruption in the World, traduzida ao inglês e lançada pela editora AUTHORHOUSE em novembro/2018 nos EUA. É Escritor com mais de 15 livros jurídicos, sociais e literários. Está publicado em 4 idiomas: português, espanhol, inglês e francês. Premiado pelo The International Latino Book Awars-ILBA em 2013 pelo romance de ficção e espionagem “O gestor, o político e o ladrão” e em 2018 mais dois livros: A novela satírica, Sivirino com “I” e o Deus da Pedra do Navio e o livro de autodesenvolvimento “Obstinação – O lema dos que vencem”, com premiação em Los Angeles/EUA. Seu livro de poemas “Rasgos no véu da solidão”, em tradução bilíngue português/francês foi lançado em junho/2018 na França. Eleito em 17/11/2018 para o triênio 2019/2021, Diretor Jurídico do SINDESCRITORES (Sindicato dos Escritores do Distrito Federal), o primeiro e mais antigo Sindicato de Escritores do Brasil.

Judivan J. Vieira
Procurador Federal/Fiscal Federal/Federal Attorney
Escritor/Writer - Awarded/Premiado by ILBA
Palestrante/Speaker/Conferenciante

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