Direto de Brasília-DF.
Ontem, ao ler uma matéria no jornal Los Angeles Times-LAT, resolvi, outra vez, alterar a sequência de artigos que escrevo para este web jornal.
Tomei essa decisão por ver que a maioria das pessoas, mesmo sem saber nadar, segue sendo lançada em um oceano de informações desencontradas sobre o Coronavírus/Covid-19.
Ao terminar de ler a matéria fiquei me perguntando como os governos podem ser tão insensíveis com o povo. Em segundos voltei a mim e lembrei que, assim é a política! Nada de novo se passa nesse reino, nem no reino do povo, que em sua ignorância segue dando “likes” e apostando a própria vida e reputação em políticos e partidos de esquerda, de direita, de centro e de ideologias falidas.
Minha preocupação como escritor, pouco lido, é verdade, mas com acesso a uma coluna de alcance nacional e internacional(assim é a Internet), segue sendo o processo de educação e ensino, em seus diferentes níveis.
Tão sérias e confiáveis são as informações da matéria do LAT, sobre a COVID-19 e a produção da vacina, que decidi que os próximos artigos serão sobre esse tema, pois sei que mesmo sendo poucas as sementes que semeio, se uma salvar biológica, ou psicologicamente, a algum leitor, estarei feliz, pois nenhum de nós está blindado contra o vírus.
Foi nesse “clima” que ao levantar fui ao “home office” e comecei a escrever os novos artigos. O telefone tocou. Percebi que era uma chamada pelo WhatssApp, direto de Aranjuez, na Espanha.
Atendi meu querido amigo, pianista e produtor musical, Wellington Borges. Conversamos sobre os efeitos da pandemia na Espanha, sobre artistas famosos aos quais ele atende, e a síndrome do pânico e depressão pelas quais alguns passam, tudo em decorrência desse “novo normal”, nada normal que o Coronavírus impõe ao mundo.
O maestro pianista disse-me que o mercado musical na Europa está caótico para todos os músicos e, que assim também está todo o mercado da Arte. Depois de mais algumas considerações nos despedimos e voltei a escrever os próximos artigos, até que minha atenção foi requerida por uma daquelas “notificações” que sites de notícias nos enviam ao computador. Parei o trabalho e fui ver a novidade: A COVID-19, MATA O MÚSICO E JORNALISTA, RODRIGO RODRIGUES.
De novo, fiquei triste, perplexo! Os sintomas do Coronavírus/COVID-19 foram os mesmos que minha irmã sentiu em Maceió-AL, e meu amigo Wellington, em Aranjuez-ES. Começaram por perder paladar, depois o olfato.
Mas, em seguida, RODRIGO RODRIGUES, teve crise de vômitos e trombose venal. Hoje, a COVID-19, o vitimou. Confesso que não gosto de acompanhar jornalismo esportivo, porque tais programas se parecem mais com programas de “fofoca”, que até mesmo, programas de “fofoca”. Neles, atacam de forma sutil e sorrateira, a vida pessoal de desportistas, sendo que na esmagadora maioria dos casos, narradores e comentaristas são clubistas e “esculacham” os demais times, sempre usando o argumento de “essa é apenas minha opinião”.
Com esse argumento de que a opinião deles é, só uma opinião, fazem dela a verdade e repudiam qualquer outra opinião contrária. Falam de democracia, mas são ditadores. Algumas vezes estão “pautados”, ou dirigidos pela opinião do patrão, e realmente não podem pensar nem falar nada diferente, sob pena de serem demitidos. Se você deseja compreender bem o que estou dizendo, basta ver, na Internet e YouTube, o que fez o comentarista Casagrande e seus amigos, contra Caio Ribeiro. O jornalismo esportivo é cruel!
Desse meio, a COVID-19, levou um “gentleman”, o músico e jornalista, RODRIGO RODRIGUES, o “RR”, a quem por sua irreverência e musicalidade, acompanhei por mais de dez anos, nas diversas emissoras de TV, por onde passou, quase sempre com Alê Oliveira, um extraordinário e assumido “não jornalista”, que por pensar fora da “caixa de pandora”, é “pouco bem” aceito na TV, mas celebrado por seus seguidores nas mídias sociais.
A morte de RODRIGO RODRIGUES de deixa em luto. É, também, um sinal para quem pensa que a pandemia é coisa simples. A PANDEMIA NÃO É COISA SIMPLES, E A PRÓXIMA VÍTIMA PODE SER: EU, TU, ELE, NÓS, VÓS, ELES…
VAI COM DEUS, RODRIGUES! Pêsames à família, aos integrantes da “Soundtrackers” e a todos que, anonimamente, gostamos do “RR”.