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Museu celebra 120 anos do pernambucano Murillo La Greca

Exposição O que não é desenho?” será aberta nesta quinta (1º), às 18h30

Filho de um casal de imigrantes italianos, o pintor Murillo La Greca nasceu no dia 3 de agosto de 1899, na cidade de Palmares, região da Mata Sul de Pernambuco. Responsável por produzir obras importantes – a exemplo dos belos afrescos que ilustram a Basílica da Penha, no bairro de São José, no Recife -, ele também foi professor e um dos fundadores da Escola de Belas Artes de Pernambuco, que deu origem ao atual Centro de Artes e Comunicação (CAC) da UFPE.

Para comemorar os 120 anos do artista pernambucano, o museu que leva o nome dele inaugura, nesta quinta (1º), a exposição “O que não é desenho?”. A abertura ocorre às 18h30, com entrada aberta ao público

A mostra de longa duração é focada nos desenhos produzidos por La Greca, e reúne 50 peças pertencentes ao acervo geral, formado por 1400 desenhos. Mapotecas com as obras vão ocupar salas, e cartilhas irão propor que se pense desenhando. Os artistas Daniel Santiago e Bruna Rafaella Ferrer realizam performance no dia.

“O que não é desenho?” é baseada em obras majoritariamente de anatomia, e visa se debruçar sobre a ideia de produto final — já que Murillo via os desenhos como meros esboços — assim como as possibilidades que cabem dentro da palavra “desenho”.

CURIOSIDADES

Troca de nome e fundação da Escola de Belas Artes de Pernambuco 

Originalmente batizado como Vicente La Greca, o artista pernambucano adotou o nome Murillo por influência do pintor Bartolomé Esteban de Murillo.

Ele participou do movimento de criação da Escola de Belas Artes de Pernambuco, fundada oficialmente em 20 de agosto de 1932. La Greca foi o primeiro no Nordeste a incorporar e ministrar a disciplina Desenho de Modelo Vivo, ainda na década de 1930. 

A origem do Centro de Artes e Comunicação da UFPE

Em 1976, a Escola de Belas Artes de Pernambuco foi extinta para, juntamente com a Faculdade de Arquitetura, o Departamento de Letras e o Curso de Biblioteconomia, formar o Centro de Artes e Comunicação da Universidade Federal de Pernambuco. Hoje, o CAC mantém cursos de graduação e pós-graduação nas áreas de música, jornalismo, publicidade, rádio e TV, design, teatro, letras, dança, biblioteconomia, arquitetura, artes visuais.

Afrescos e a paixão por Sílvia Decusati

No Rio de Janeiro, Murillo La Greca conheceu e tornou-se amigo do pintor Cândido Portinari. Quando professor da Escola de Belas Artes do Rio de Janeiro, conheceu e se apaixonou pela aluna Sílvia Decusati, também de origem italiana. Em 1936, casaram-se e se mudaram para Roma, Itália, onde ele se aprofundou no estudo dos afrescos – obra pictórica feita sobre uma parede ou teto, com base de gesso ou argamassa, normalmente assumindo a forma de mural.

Obras em destaque

De volta ao Brasil, um mês antes da eclosão da Segunda Guerra Mundial, Murillo La Greca recebeu convite para pintar os afrescos da Basílica da Penha, no bairro de São José, no Recife. Pintou “Os Quatro Evangelistas” nos pendentes da cúpula do altar-mor (1939/1940). Cada afresco traz a imagem de um evangelista (Marcos, Mateus, Lucas e João) e medem cerca de três metros de altura, enquanto cada painel tem vinte metros de área pintada. Também registrou em tela temas históricos como o fuzilamento de Frei Caneca e a primeira aula de medicina.

Sobre o museu

Localizado no bairro do Parnamirim, zona norte da capital, o Museu Murillo La Greca foi inaugurado no dia 12 de dezembro de 1985. O artista não viveu tempo suficiente para testemunhar a realização desse sonho. Morreu cinco meses antes, no dia 5 de julho daquele ano. La Greca só chegou a visitar a casa e participou dos acertos finais relacionados ao levantamento e ordenação das peças doadas por ele à Prefeitura do Recife.

Além do acervo de 1400 desenhos, com técnicas de fusain, crayon, pastel e sanguínea, o museu ainda possui discos, livros, mobiliários e cartas trocadas com Portinari e Alberto Giacometti, artista plástico suíço. Há também 160 pinturas, entre paisagens, cenas históricas e retratos.

O espaço possui ainda uma Sala Multiuso, que leva o nome de Silvia Decussati, esposa de Murillo, onde acontecem, além de exposições e mostra de vídeos, palestras, lançamentos de livros e outras atividades culturais.

Serviço

Abertura da exposição “O que não é desenho?”

Quando: 1 de agosto (quinta-feira)

Horário: 18h30

Local: Museu Murillo La Greca, Rua Leonardo Bezerra Cavalcanti, 366, Parnamirim

Horário de visitação: Terça a sexta-feira, das 09 às 12h e das 14 às 17h

Sábados: 15h às 18h

Agendamento de visitas pelo e-mail: educativommlg@gmail.com

Informações: (81) 3355.3126

@MurilloLaGreca (Instagram) ou Museu Murillo La Greca (Facebook).

Fotos: Acervo Museu Murillo La Greca / PCR

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A oposição é necessária para avaliar a gestão, mas é importante distinguir entre oposição legítima e politicagem, que busca causar problemas e confundir a população. É preciso ficar atento para não cair nesse jogo manipulador.

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