No maior ataque já sofrido pela democracia brasileira desde o fim da ditadura militar, milhares de apoiadores do ex-
presidente Jair Bolsonaro, que chegaram em caravanas a Brasília, invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, o
Congresso Nacional e a sede do Supremo Tribunal Federal,quebrando vidros, móveis, equipamentos e obras de arte.
O plenário do STF foi destruído e armas do GSI foram roubadas. A Polícia Militar do Distrito Federal está sendo
acusada de conivência. Houve escolta para os terroristas até a Praça dos Três Poderes e policiais foram flagrados
conversando e tomando água de coco durante a invasão.
Pelo menos 300 pessoas foram presas em flagrante e levadas para delegacias e 40 ônibus apreendidos. O ministro
da Justiça, Flávio Dino, declarou que o objetivo do governo federal é identificar e punir os líderes e os financiadores do ataque, que serão enquadrados pelo crime de golpe de estado, com pena prevista de quatro a 12 anos de prisão.
Se houver registro de vandalismo e dano ao patrimônio público, os acusados responderão separadamente. O presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco, repudiou o ataque e disse que os terroristas“devem sofrer o rigor da lei
com urgência”. A presidente do STF, ministra Rosa Weber, prometeu punição exemplar para os envolvidos e afirmou
que a Suprema Corte não será intimidada.
PRESIDENTE ACUSA JAIR BOLSONARO DE INCENTIVAR O ATAQUE, CULPA O GOVERNO DE IBANEIS ROCHA, AFIRMA QUE “HOUVE INCOMPETÊNCIA, MÁ VONTADE
OU MÁ FÉ DAS PESSOAS QUE CUIDAM DA SEGURANÇA PÚBLICA DO DISTRITO FEDERAL” E NOMEIA UM INTERVENTOR PARA A SEGURANÇA DO DF ATÉ 31 DE JANEIRO.
À NOITE, LULA FOI À PRAÇA DOS TRÊS PODERES PARA VER O RESULTADO DO ATAQUE E SE ENCONTROU COM MINISTROS DO STF NA SEDE DO SUPREMO