DR PAULA MEYER

LIÇÕES DA CÚPULA DO CLIMA

Semana passada o Brasil participou da Cúpula do Clima onde reuniram-se 40 representantes de Estado para discutir  estratégias que amenizassem as emissões de gases de efeito estufa (GEE) nos próximos 30 anos .

A discussão sobre a preservação do meio ambiente e redução de tais emissões, datam dos anos 90, desde a promulgação do Protocolo de Kyoto. A discussão perdura até hoje e promessas e revisão de promessas que visem mitigar as externalidades negativas da atividade produtiva.

O retorno dos Estados Unidos na discussão da agenda ambiental, após ausência durante o governo Trump, inaugura uma nova era com a liderança do atual Presidente norte-americano, Joe Biden.

Observar-se-á que as estratégias de redução de emissões de GEE da União Européia e dos Estados Unidos são distintas. Europeus apostam no processo de descarbonização de suas matrizes produtivas e do poder regulatório para forçar investimentos em inovações energéticas. Os americanos apostam em iniciativas que incremetem  investimentos em tecnologias verdes, ou seja, tecnologias adaptativas e mitigadores das mudanças do clima. Ou seja, tecnologias que contribuam para a redução da emissão de carbono e poluição, para o aumento da eficiência energética e de recursos e colaborem com a redução da perda de biodiversidade e dos ecossistemas.

A sustentabilidade da produção e sua continuidade dependem de iniciativas que garantam a proteção ao meio ambiente e consequentemente ao clima.

A Cúpula do Clima inaugura uma era em que as intenções foram assinaladas na semana passada pelos 40 países que participaram do encontro. Os Estados Unidos prometeram cortar pela metade as emissões de GEE até 2030 e zerá-las até 2050. Já a União Europeia aposta na direção em neutralizar as emissões até 2050 e até 2030 reduzir pela metade.

Foi nesse rol de promessas que a Cúpula do Clima seduziu a todos e mostrou ao mundo que existem várias luzes ao final do túnel. Os investimentos em inovações verdes que poupem e amenizem os danos ao meio ambiente são necessários de modo que garantam a sobrevivência das futuras gerações e a perpetuação de modos produtivos menos invasivos.

Dentro desse contexto, o mundo recebeu de forma entusiasmada as promessas e discussões feitas em torno do futuro do planeta pelos principais líderes mundias. Acredito que iniciamos uma nova era, uma era de acordos, de cooperação em torno do interesse comum.

Sem sombra de dúvida, o encontro ficará marcado em nossas memórias até que o homem aprenda que só seremos felizes quando garantirmos o bem-estar de todos.

Sobre o autor

Paula Meyer Soares

Dentro dessa perspectiva a coluna inaugura mais um espeço para a reflexão no Jornal Pernambuco em Foco acerca dos desafios energéticos e econômicos resultantes das nossas políticas públicas.
Serão abordados temas diversos voltados para área de energia, economia e políticas públicas.
A coluna será semanal abordando os mais variados temas correlatos à essas áreas sob a ótica da economista e professora Paula Meyer Soares autora e especialista em economia, energia e políticas públicas. Doutora (2002) e Mestre (1994) em Economia de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas – EAESP. Graduada em Ciências Econômicas pela Universidade de Fortaleza (1990). Membro da Sociedade Brasileira de Planejamento Energético (SBPE

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