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Isaltino Nascimento (PSB) esclarece negociação com PT e justifica o apoio do PSB no impeachment de Dilma

Isaltino Nascimento (PSB), fez de sua participação no programa ‘Papo Café’ na noite desta segunda-feira (6), um momento do PSB esclarecer seu posicionamento no estado sobre o período pré-convenções. Ele explicou que a aliança feita com o PT no estado, é um “processo nacional, de modo que a gente tenha uma chapa competitiva”, e que é possível que Ciro Gomes não fique isolado em alguns estados: “Alguns estados poderão fazer aliança com Ciro Gomes. Deverá votar no PDC”, enfatizou que “no caso do PSB sim, mas não é maioria.”

Isaltino justificou também que o PSB sempre foi esquerda: “O que nós estamos vivendo hoje é na verdade uma retomada de um curso natural que o PSB sempre participou.” Já sobre o partido não ter apoiado Dilma no segundo turno nas últimas eleições presidenciais de 2014, e terem apoiado o processo de impeachment, ele argumentou que: “Eduardo (Campos) quanto tinha a expectativa de ser candidato à presidência da república acabou incorporando figuras que não tinham tradição de esquerda.”

Ainda sobre o cenário nacional, Isaltino criticou algumas atitudes de Ciro Gomes (PDC) justificando a decisão do PSB na negociação com o PT: “O cenário foi mudando, a maneira como ele se conduz. Um gestor governamental tem que ter prudência, senso de responsabilidade, o que diz precisa ter muita atenção, porque ele reverbera para sociedade opiniões que precisa ter cuidado, uma coisa é a opinião individual, outra é aquele que se propõe a ser gestor.”

Diferente do que diz a militância do PT, Izaltino acredita que quem deve realmente concorrer à presidência pela legenda dos trabalhadores é o vice, Paulo Fernando Haddad (PT), ex-prefeito de São Paulo: “ A maioria deve votar em Haddad, provavelmente será Haddad o nosso candidato”, argumentou enquanto ainda falava na divergência dentro do partido entre os adeptos ao candidato Ciro Gomes (PDC) e os do ex-presidente Lula, deixando claro seu lado .

Sobre a chapa majoritária no estado entre PSB, PT, PCdoB e MDB, ele diz acreditar na harmonia entre os partidos, mesmo entre os candidatos ao senado, Humberto Costa (PT) e Jarbas Vasconcelos (MDB): “As circunstâncias entre Humberto Costa e Jarbas não tem problema. São duas lideranças importantes no estado e certamente são nomes competitivos”, finalizou.

Entenda o Caso:

Nos últimos dias antes das convenções partidárias, acompanhamos as negociações entre o PT e PSB. O resultado foi que o Partido dos Trabalhadores optou em fechar um acordo com o PSB, no qual retira sua candidatura própria ao Governo do Estado de Pernambuco em troca da neutralidade nacional do PSB.Teoricamente facilitando a reeleição do Governador Paulo Câmara (PSB), que acredita na força do ex-presidente Lula (PT) no estado, e por isso reserve seu lugar no palanque junto com toda coligação ‘Frente Popular de Pernambuco’. Com esse acordo, o candidato pelo PDC ao Planalto, Ciro Gomes, fica isolado na disputa, perdendo o apoio do PSB e PCdoB, que também faz parte do pacto.

Sobre o entrevistado:

Vice-líder da Bancada do Governo na Alepe, Isaltino Nascimento (PSB), é candidato à Alepe e atualmente cumpre o quarto mandato como Deputado Estadual. Seu primeiro cargo político foi como Vereador do Recife pelo PT, em 2000.

Você pode assistir o programa ‘Papo Café’ completo com o deputado Isaltino Nascimento (PSB), através do facebook do portal de Prefeitura.

Texto: Luiz Fernandes/ Portal de Prefeitura
Foto: Beto Dantas/ Portal de Prefeitura

Sobre o autor

A oposição é necessária para avaliar a gestão, mas é importante distinguir entre oposição legítima e politicagem, que busca causar problemas e confundir a população. É preciso ficar atento para não cair nesse jogo manipulador.

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