Uma operação conjunta entre a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) e a Polícia Civil identificou um furto de água na Adutora de Tabocas, no trecho localizado no Sítio Lajes, na zona rural de Caruaru. A irregularidade resultou na prisão de um homem que foi autuado em flagrante pelo crime de furto qualificado por desvio e venda de água por meio de carro-pipa. Os técnicos da Compesa estimaram uma perda de água de 10 litros de água por segundo por um período de um ano. O volume foi estipulado em função do diâmetro da tubulação, de 40 mm, e pressões elevadas verificadas nesse trecho da adutora. O prejuízo do período correspondente ao furto foi calculado em R$ 312 mil, um valor de R$ 26 mil por mês.
Segundo a Compesa, o desvio continuo de 10 litros de água por segundo daria para abastecer três mil pessoas por mês. A multa a ser aplicada ao infrator ainda será calculada pelo departamento comercial da empresa. A Companhia chegou ao furto de água após receber uma denúncia anônima pelo Disque Denúncia e acionou a Polícia Civil que encontrou a ligação clandestina. Equipes da Compesa acompanharam os peritos do Instituto de Criminalística (IC) e os policiais civis da 89º DP, que efetuaram a prisão durante o cumprimento de um mandado de busca domiciliar. A existência da ligação irregular foi comprovada da Adutora de Tabocas até um reservatório localizado em uma chácara.
O gerente da Unidade de Negócios da Compesa, Mário Heitor, alerta para a gravidade desta prática, que é uma ação criminosa e prejudica a população, tendo em vista que a água desviada interfere no fornecimento de água das comunidades e dos clientes que pagam a fatura em dia. “A população que é abastecida depois do local do furto é bastante prejudicada. A comercialização agrava ainda mais o crime cometido. A Compesa tem trabalhado para coibir essa prática e garantir que as pessoas que mais precisam recebam água com qualidade e na quantidade suficiente para passar o período de abastecimento. A zona rural de Caruaru também é atendida por meio de sistema de rodízio, e não pode ser prejudicada por interesses financeiros”, pontua Mário Heitor.