DR PAULA MEYER

FELIZ ANO NOVO, ADEUS ANO VELHO

Mais um ano inicia-se e as promessas e resoluções de Ano Nove se renovam. Na economia, vemos que as expectativas de 2024 são relativamente boas e o horizonte é de céu claro com pinceladas de baixa inflação e redução de juros.

Esse otimismo é muito bom sem dúvidas, todavia em meio aos desafios que enfrentaremos em 2024 na área fiscal – gastos e tributação- é promissora.  As gastança política segue em curso e fechamos 2023 com um rombo da ordem de R4 170 bilhões. E apesar da reforma tributária ter sido aprovada, existem setores que continuarão com as suas benesses e regalias tributária. Tratam-se de setores cujo alcance empregatício é enorme como é o caso do setor automobilístico. Ceifar determinados setores cuja contribuição para aumento da renda e expansaão da economia é reconhecidamente importante no computo da performance do PIB não seria diferente esperar tratamento fiscal mais ameno.

Por outro lado, a gastança política e o fôlego dos parlamentares em busca da validação e da continuidade do poderio político em suas bases eleitorais não tem fim. O fundo partidário saltou de R$ 5 bilhões para R$ 8 bilhões em 2024. O dinheiro do contribuinte sendo direcionado para a reeleição ou esforço eleitoreiro dos parlamentares.

A população continua na vâ esperança aguardando melhorias na sua qualidade de vida, na prestação de serviços e no nível de renda. A distribuição de renda do país ocupa um dos piores rankings do planeta. Cerca de 51% da renda do país concentra-se em 10% da população. O número de jovens sem emprego e sem estudo beira os 11 milhões sem contar nessa estatística os analfabetos que ja somas 13 milhões.

A qualidade do capital humano preparado para disputar uma vaga de emprego no Brasil é inferior a de um trabalhador chines, americano ou alemão. E essas estatísticas vão colocando o país na berlinda da competitividade mundial e na produtividade idem.

Quanto a economia o Brasil segue sendo o celeiro de produção de grãos no mundo. A agricultura do país é uma das mais avançadas do planeta e é extensiva, o uso da tecnologia dispensa a intensidade de uso de mão-de-obra. Ademais o uso de biotecnologia com sementes mais fortes e menos frágeis as pragas e outras enfermidades do campo garantem a produtividade e a colheita continuada das safras em campos brasileiros.

A economia aponta com positividade mas depende de fatores e decisões de cunho interno que possibilitem uma arrancada de renda mais significativa e duradoura. As taxas de juros esperadas é da ordem de 9% em 2024 e de inflação de 4,5%.

Apesar do Ano ser Novo, os desafios são Velhos. Adeus ao Ano Velho não significa que não temos e não teremos desafios.

Desejo a todos meus leitores, Feliz Ano Novo e Adeus Ano Velho.

Sobre o autor

Paula Meyer Soares

Dentro dessa perspectiva a coluna inaugura mais um espeço para a reflexão no Jornal Pernambuco em Foco acerca dos desafios energéticos e econômicos resultantes das nossas políticas públicas.
Serão abordados temas diversos voltados para área de energia, economia e políticas públicas.
A coluna será semanal abordando os mais variados temas correlatos à essas áreas sob a ótica da economista e professora Paula Meyer Soares autora e especialista em economia, energia e políticas públicas. Doutora (2002) e Mestre (1994) em Economia de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas – EAESP. Graduada em Ciências Econômicas pela Universidade de Fortaleza (1990). Membro da Sociedade Brasileira de Planejamento Energético (SBPE

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *