DR JUDIVAN VIEIRA

EPISÓDIO 1: CASOS ESCABROSOS DE AGRESSÃO DE ALUNOS, PAIS E RESPONSÁVEIS CONTRA PROFESSORES, ORIENTADORES EDUCACIONAIS E DIRETORES DE ESCOLAS.

Direto de Brasília-DF.

(Foto de arquivo pessoal. Uma das visitas à sede da ONU, em NYC-EUA)

 

O processo de educação e ensino visto pela ONU – Organizações das Nações Unidas

A UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura – é uma agência especializada das Nações Unidas com sede em Paris, fundada em 16 de novembro de 1945 com o objetivo de contribuir para a paz e segurança no mundo mediante a educação, ciências naturais, ciências sociais/humanas e comunicações/informação.

Em 2019 a UNESCO disponibilizou na Rede Mundial um relatório sob o título: “Violência escolar e “bullying”: relatório sobre a situação mundial”.

Decidi iniciar esta série oferecendo aos leitores um panorama internacional sobre a educação, porque o que poucas pessoas sabem é que as principais políticas brasileiras e de todos os Estados-membros da ONU, se inspiram nas linhas traçadas por esta organização.

Após o panorama internacional veremos, em resumo, como o Brasil trata politicamente educação e o ensino. Após essa análise é que passarei a relatar alguns casos escabrosos de agressão física e psicológica de alunos e responsáveis, contra profissionais da área.

Concluída a fase de relatos dos casos específicos, então farei a análise sobre quem ganha e quem perde nessa “guerra” entre alunos e seus responsáveis, contra os profissionais de educação e ensino. Este o planejamento e a forma como a série será executada e veiculada. Espero que tenha curiosidade para acompanhar.

Sendo assim, convém primeiro sabermos que a ONU possui uma agenda intitulada “Agenda Global Educação 2030”, cuja finalidade é explicada assim:

Por ser a agência da ONU especializada em educação, a UNESCO ficou encarregada de liderar e coordenar a Agenda de Educação 2030, que faz parte de um movimento global para erradicar a pobreza por meio de 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), até 2030. Dedicado à educação – essencial para atingir essas metas –, o ODS 4 tem a finalidade de “assegurar a educação inclusiva e de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos”. O Marco de Ação da Educação 2030 fornece orientação para a implementação desses ambiciosos compromissos e objetivo.”

A seguir vou listar os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da “Agenda Global Educação 2030”. Tenha em mente que a ONU espera que a Educação e ensino sejam o marco zero do qual os países devem partir para atingir cada um desses 17 ODS.

Eis a importantíssima lista de problemas que imagina-se sejam solucionados através de investimento na educação e ensino:

ODS1 – Erradicação da pobreza: a meta deste objetivo é acabar com a pobreza em todos os lugares do planeta, e garantir o acesso de todos à educação, saúde, alimentação, segurança, lazer e oportunidades de crescimento.

ODS2 – Fome zero e agricultura sustentável: este objetivo consiste no alcance da segurança alimentar para todas as pessoas, além de uma melhor nutrição por meio da promoção de uma agricultura sustentável.

ODS3 – Saúde e bem-estar: sua meta é assegurar que todos os cidadãos tenham uma vida saudável e bem-estar, em todas as idades e situações.

ODS4 – Educação de qualidade: a educação deve ser acessível a todos, de modo inclusivo, equitativo e de qualidade. Além disso, deve promover a aprendizagem ao longo da vida.

ODS5 – Igualdade de gênero: todas as mulheres e meninas precisam se sentir empoderadas. A igualdade de gênero deve ser garantida em todos os setores da sociedade.

ODS6 – Água limpa e saneamento: o manejo sustentável de água e o saneamento devem ser garantidos a todas as pessoas.

ODS7 – Energia limpa e acessível: este objetivo procura garantir, a toda a sociedade, o acesso à energia barata, confiável, sustentável e renovável.

ODS8 – Trabalho decente e crescimento econômico: a orientação deste objetivo é promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, além das oportunidades de um emprego pleno e produtivo para todos.

ODS9 – Inovação infraestrutura: a infraestrutura das cidades deve promover uma industrialização inclusiva e sustentável, fomentar a inovação e gerar oportunidades de emprego. Além disso, deve integrar a sociedade para uso inclusivo dos espaços públicos.

ODS10 – Redução das desigualdades: este objetivo consiste na busca pela redução das desigualdades em todas as suas esferas.

ODS11 – Cidades e comunidades sustentáveis: as cidades e os assentamentos humanos deverão ser inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis.

ODS12 – Consumo e produção responsáveis: com apoio das instituições públicas e privadas, deverão ser assegurados padrões de produção e de consumo que sejam sustentáveis e conscientes.

ODS13 – Ação contra a mudança global do clima: deverão ser tomadas medidas urgentes para combater as mudanças climáticas e reverter os seus impactos.

ODS14 – Vida na água: os ecossistemas aquáticos e recursos hídricos também devem ser respeitados, por meio da conservação e uso sustentável dos oceanos, mares e rios.

ODS15 – Vida terrestre: o objetivo indica a proteção, recuperação e promoção do uso sustentável dos ecossistemas terrestres. E também o manejo sustentável das florestas, o combate contra a desertificação e a adoção de medidas para reverter a degradação do planeta e a perda da biodiversidade.

ODS16 – Paz, justiça e instituições eficazes: as sociedades deverão ser pacíficas e inclusivas, proporcionando para todos o acesso à justiça. As instituições devem ser eficazes, responsáveis e inclusivas em todos os níveis.

ODS17 – Parcerias e meios de implementação: o último objetivo prevê uma parceria global para a sustentabilidade, fortalecendo os meios de implementação.

Como disse antes, a ONU espera que a valorização do processo de educação seja o gatilho, o ponto de partida para que as sociedades e seus governos implementem esses “ambiciosos”Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), para consertarmos o mundo. Mas, será que a ONU disseminou mundialmente a ideia que educação e ensino são atividades sinônimas? Estamos realmente falando da mesma coisa?

Estamos perto ou longe de implementar esses 17 ODS, com o sistema livresco de mera reprodução de conteúdos cristalizados e inibidores do livre raciocínio e da pesquisa?

Será que para mudar o mundo, como a ONU deseja, devemos mudar nossas instituições, ou a solução é rever nosso processo educacional e de ensino como forma de investir na transformação da estrutura mental e cultural do ser humano?

São muitas as perguntas que trago para repartir com você. Vamos pensar juntos sobre os problemas e fazer perguntas a respeito deles.

Se é perguntando que realmente abrimos os portais do conhecimento, como afirmavam filósofos gregos clássicos, então é possível que em meio às indagações encontremos respostas e soluções que, executadas, podem transformar o meio físico em que vivemos e nos livrar do círculo vicioso das ideais que ocorrem em períodos eleitorais, e hibernam em seguida.

Desejo propositalmente fazer um intervalo de uma semana para que meditemos no que acabamos de ler. Assim, até a próxima quarta-feira, com o episódio 2.

 

ATENÇÃO: se você e professor(a), orientador(a) educacional, supervisor(a), coordenador(a) ou diretor(a) de escolas públicas ou particulares e sofreu  ou sofre ameaça ou agressão física, ou psicológica de alunos, ou seus responsáveis, escreva para o seguinte  e-mail, e relate seu caso:

judivan.vieira@gmail.com

Sobre o autor

Formado em Direito, Pós-graduado em Política e Estratégia pela Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (ADESG) e pela Universidade de Brasília (UnB). Concluiu Doutorado em Ciências Jurídicas e Sociais na Universidad Del Museu Social Argentino, Buenos Aires-AR, em 2012 e Pós-Doutorado em Tradição Civilística e Direito Comparado pela Universidade de Roma Tor Vergata. Professor de Hermenêutica Jurídica e Direito Penal nas Faculdades Integradas do Planalto Central e de Direito Penal, Processo Penal e Administrativo em cursos preparatórios para concursos, por 19 anos, em Brasília, Goiânia, Belo Horizonte e Porto Alegre. É Palestrante. Já proferiu palestras na Universidade de Vigo-Espanha e Universidade do Minho, Braga-Portugal, sobre seu livro e, Ciências Sociais "A mulher e sua luta épica contra o machismo". Proferiu palestra na University of Columbia em NYC-US, sobre sua Enciclopédia Corruption in the World, traduzida ao inglês e lançada pela editora AUTHORHOUSE em novembro/2018 nos EUA. É Escritor com mais de 15 livros jurídicos, sociais e literários. Está publicado em 4 idiomas: português, espanhol, inglês e francês. Premiado pelo The International Latino Book Awars-ILBA em 2013 pelo romance de ficção e espionagem “O gestor, o político e o ladrão” e em 2018 mais dois livros: A novela satírica, Sivirino com “I” e o Deus da Pedra do Navio e o livro de autodesenvolvimento “Obstinação – O lema dos que vencem”, com premiação em Los Angeles/EUA. Seu livro de poemas “Rasgos no véu da solidão”, em tradução bilíngue português/francês foi lançado em junho/2018 na França. Eleito em 17/11/2018 para o triênio 2019/2021, Diretor Jurídico do SINDESCRITORES (Sindicato dos Escritores do Distrito Federal), o primeiro e mais antigo Sindicato de Escritores do Brasil.

Judivan J. Vieira
Procurador Federal/Fiscal Federal/Federal Attorney
Escritor/Writer - Awarded/Premiado by ILBA
Palestrante/Speaker/Conferenciante

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