Pernambuco e suas inaceitáveis contradições. Recentemente se percebe nos noticiários um festival de liberações de recursos anunciados pelo governo do Estado em diversas regiões do Estado. O único que não vem sendo valorizado nesta gestão governamental e o servidor público. Aliás, existem alguns que são amplamente valorizados, aqueles que compõem o setor de arrecadação de tributos.
Os demais servidores não obtiveram nenhuma melhora da qualidade de vida financeira. Aliás, esta é a maior insatisfação da grande maioria dos servidores públicos do Estado, a não valorização dos seus serviços chega a ser incomparável a qualquer gestão anterior da história de Pernambuco.
A situação chegou a tal ponto de muitos servidores estão passando por um estado quase de miséria. Não tem como se explicar a falta de valorização ao servidor público. Percebe- se na verdade um verdadeiro ato de desrespeito ao cidadão pernambucano que é servidor do Estado. Eles estão sendo arruinados financeiramente com os inúmeros impostos cobrados em Pernambuco, iniciando pelo ICMS, e por outros impostos que a cada dia mingua a qualidade de vida do servidor Pernambucano.
Os setores mais afetados são: Saúde, Segurança Pública e Educação, além de outras áreas de serviços prestadas pelo Estado. Sem duvida alguma estes servidores vem sofrendo um acachapante golpe em suas rendas oriundas da misera remuneração. Falar que em virtude da pandemia não é possível atender as reivindicações dos servidores é
ridicularizar a inteligência dos servidores.
Se não podem atender as equiparações das percas salariais, então por que podem aumentar os impostos,aprovados pelos Deputados e que afetam diretamente no preço da Gasolina e do Botijão de Gás em nosso Estado? O Brasil tem uma das maiores cargas tributária do mundo, mas ainda assim é um dos países que menos retorna os valores arrecadados para a sociedade, segundo um estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT). Para
pagar os impostos, o brasileiro passa em média, cerca de 150 dias do ano trabalhando, pagando os tributos dos níveis municipal, estadual e federal.
Em Pernambuco ao longo desta gestão estadual que aproxima de oito anos de retrocesso os índices de desenvolvimento dos municípios do estado chegam a ser vergonhoso. Ao se aproximar do final do mandato desta gestão, começam a surgir recursos vultuosos destinados a algumas cidades, essa semana foi anunciado investimento na ordem de R$ 200 milhões em obras no sertão. Sem duvida alguma esse valor talvez seja quase nada, diante do muito que se falta para investir em nossos 185 municípios.
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é uma unidade de medida utilizada para aferir o grau de desenvolvimento de uma determinada sociedade nos quesitos de Educação, Saúde e Renda. Pernambuco conta com 185 Municípios dos quais segundo os dados do IBGE, existem 106 municípios com índices de IDH Baixo, e um município com índice muito baixo.
Ou seja, dentre os 185 municípios, 106 estão situação dificílima de sobrevivência de acordo com IDH. Baseados nestes parâmetros, de Saúde, Educação e Renda, percebemos que mais da metade dos municípios do nosso estado encontram- se desprovidas de ações governamentais eficientes, que promovam o desenvolvimento da economia local. É notório que grande parte da economia de muitos municípios, são s dos recursos originados pelos salários dos servidores, seja ele qual for a Esfera do poder, essa situação confirma no critério de renda, que a situação do Estado é vexatória.
A situação ainda não está pior em nosso Estado, por causa da competência de Alguns prefeitos que estão sendo capazes de estimular o desenvolvimento em suas cidades, com resultados de desenvolvimento muito acima do que o próprio Estado. Exemplos exitosos como as cidades de Caruaru com IDH em 0,677, Jaboatão dos Guararapes
IDH com 0,717, Petrolina com IDH em 0,697.
Nos resta torcer para que estes gestores municipais ajudem o nosso Estado voltar a seguir os trilhos do Crescimento.