As obras do Novo Recife, no Cais José Estelita, foram retomadas na manhã desta segunda-feira. Em 2012, o terreno, na área central do Recife, foi leiloado para o consórcio integrado pelas empresas Moura Dubeux, Queiroz Galvão, Ara Empreendimentos e GL.
Após sofrer inúmeras mudanças, o projeto Mirante do Cais será composto por duas torres, que compartilharão de uma área de lazer completa, com espaço gourmet, piscina aquecida, pista de cooper, horta e pomar orgânicos. Ainda será construído um edifício garagem de cinco andares para carros elétricos.
Em nota, a Moura Dubeux disse que a ação está amparada no alvará de demolição expedido pela Prefeitura do Recife, que ainda vai emitir nota sobre o assunto. Na semana passada, movimentos sociais contrários às obras alertaram para a possibilidade de retomada dos serviços.
Confira a nota na íntegra do Consórcio Novo Recife
Cumprindo as diretrizes definidas pelo poder público junto às expectativas de desenvolvimento para a região do Cais José Estelita, o Consórcio Novo Recife inicia nesta segunda-feira, pela área dos armazéns localizados próximo ao Cabanga, a requalificação do terreno do Cais José Estelita. A ação está amparada no alvará de demolição expedido pela Prefeitura do Recife de nº 710005014.
As mobilizações do Movimento Ocupe Estelita começaram em 2012, quatro anos depois de o consórcio Novo Recife, formado pelas construtoras Moura Dubeux, Queiroz Galvão, GL Empreendimentos e Ara Empreendimentos, comprar em leilão a área da antiga Rede Ferroviária Federal (RFFSA). Quando foi lançado, o projeto imobiliário pretendia construir 12 torres residenciais e comerciais de alto padrão, com até 40 andares. O metro quadrado das unidades do empreendimento custaria de R$ 5,5 mil a R$ 7,5 mil, o que tornaria a área uma das mais caras da cidade. Além disso, o plano previa estacionamentos para cerca de cinco mil veículos.