Direto de Brasília-DF
Episódio de hoje: O “Big Bang”, os oceanos e as bactérias, nossos primeiros ancestrais.
Na linha do tempo que venho traçando nesta nova série de artigos chegamos, agora, a 4,4 bilhões de anos, antes do ser humano aparecer no Planeta Terra.
Nesse período surge o vapor de água na Terra, pois como sabemos, sem água, ou seja, sem as moléculas dos gases oxigênio e hidrogênio, não há vida.
O planeta, que era quente em demasia, já estava produzindo vapor que ao subir e descer lentamente se encarregava de gradualmente de formar os oceanos. Esse processo fez paulatinamente com que nos milhões de anos seguintes os oceanos contribuíssem para lentamente resfriar o Planeta Terra e torná-lo apropriado à existência de espécies de vida.
Ao tempo em que penso nos milhões de anos que a Natureza levou para resfriar o planeta e também constato que em apenas alguns milênios estamos aquecendo tudo novamente, ponho-me a pensar em quão estúpidos somos capazes de ser.
Assim, já contando com uma Lua e oceanos, a Terra que hoje conhecemos vai aos poucos se formando e pavimentando o ambiente para o surgimento das múltiplas e diferentes formas de vidas.
Passam-se milhões de anos nesse processo. Então, quando chegamos a 3,8 bilhões de anos antes de os humanos aparecerem, nos oceanos começa uma verdadeira revolução a partir de quatro elementos químicos que serão os alicerces do surgimento e evolução das espécies: hidrogênio, oxigênio, carbono, e nitrogênio.
Esses gases criados pelas constantes explosões estelares unem-se para criar o ‘DNA’. Sim, “o ácido desoxirribonucleico, o composto orgânico cujas moléculas contêm as instruções genéticas que coordenam o desenvolvimento e funcionamento de todos os seres vivos e alguns vírus, e que transmitem as características hereditárias de cada ser vivo”.
Nas espirais do ‘DNA’, que só “foi descoberto em 1869 pelo bioquímico alemão Johann Friedrich Miescher”, e nas quais estão os códigos secretos das múltiplas e diferentes formas de vida que conhecemos.
A Teoria da Evolução e a história dizem que 700 mil anos após o Planeta Terra ter sido formado e nele ter havido a separação dos quatro gases elementares, hidrogênio, oxigênio, carbono, e nitrogênio, a vida vai aparecer e se multiplicar na Terra.
Para mim, vejo como inevitável comparar poeticamente aquele momento da Teoria Evolucionista com o momento da Teoria Criacionista, em que o criador coloca ordem no caos, separa os elementos e povoa o planeta.
Se você der conta de não ser preconceituoso com a literatura cristã, leia atentamente. Eis a concepção criacionista e evolucionista sob esse possível momento no tempo e espaço terrestre, com sublinhados meus (extraído do livro do Gênesis. 1: 19 – 25):
“Passaram-se a tarde e a manhã; esse foi o quarto dia.
20Disse também Deus: “Encham-se as águas de seres vivos, e voem as aves sobre a terra, sob o firmamento do céu“.
21Assim Deus criou os grandes animais aquáticos e os demais seres vivos que povoam as águas, de acordo com as suas espécies; e todas as aves, segundo as suas espécies. E Deus viu que ficou bom.
22Então Deus os abençoou, dizendo: “Sejam férteis e multipliquem-se! Encham as águas dos mares! E multipliquem-se as aves na terra”.
23Passaram-se a tarde e a manhã; esse foi o quinto dia.
24E disse Deus: “Produza a terra seres vivos de acordo com as suas espécies: rebanhos domésticos, animais selvagens e os demais seres vivos da terra, cada um de acordo com a sua espécie”. E assim foi.
25Deus fez os animais selvagens de acordo com as suas espécies, os rebanhos domésticos de acordo com as suas espécies, e os demais seres vivos da terra de acordo com as suas espécies. E Deus viu que ficou bom.”
Na trilha da Teoria Evolucionista e segundo o paleontologista Peter Ward, da Universidade de Washington, a forma de vida originária é a bactéria. É dela que todos somos descendentes, e a ela todos voltamos, enquanto por elas somos devorados a cada instante de nossa existência, inclusive, quando morremos, apodrecemos(em sepultamentos e não em cremação) e por elas somos devorados no perene ciclo retroalimentação das espécies.
Certamente deveríamos ser todos mais humildes. Quando vejo uma pessoa altiva por seu status, dinheiro ou conhecimento, sei ser constituída de uma massa de energia e bactérias. Cada animal possui mais bactérias vivendo no próprio corpo que a quantidade de pessoas vivendo no Planeta Terra. Então, ó bactérias, porque sois tão altivas?
Eis porque ao pensar em corrupção política com bens públicos, dinheiros que depois de tantos esforços dos contribuintes deveriam ser canalizados para um mínimo de dignidade social que lhes permitam serem amparados por sistema de saúde gratuito ou acessivelmente compartilhado, educação para desenvolvimento do corpo e do espírito, transporte, moradia, etc., tenho dificuldade em aceitar a bestialidade que nos faz humanizar coisas e coisificar humanos.
Continua…
Quarta-feira, o próximo episódio.
Atendendo a pedidos aos sábados publicarei o episódio traduzido ao inglês.
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