O Brasil possui um dos setores elétricos mais robustos no mundo. São 621.198 GWh de eletricidade gerados anualmente. A predominância das fontes renováveis, biomassa, solar e eólica, colocam o Brsil no topo dos países que mais utilizam essas fontes. Só para se ter uma ideia, a participação das fontes renováveis na matriz energética mundial é de 12% enquanto no Brasil esse percentual é de 84%. (EPE, 2020)
Diante do exposto, o uso da inovação é importante para se alcançar um perfil como esse. Desde os anos 30, quando acendemos o primeiro soquete de iluminação pública no Brasil, de lá para cá o uso de tecnologias que possibilitassem a transformação do insumo energético de forma eficiente não parou mais.
A matriz elétrica brasileira é formada predominantemente pelo uso da fonte hídrica (63,8%), eólica e solar (18,22%), biomassa (9,2%), gás natural (8,3%) e outros ( 0,48%). (EPE, 2021). Trata-se de uma matriz assentada em produção energética de grandes portes. O arsenal tecnológico embutido nessa seara é bastante complexo.
E justamente por ser um setor que requer o uso de uma tecnologia específica, a inovação se fez e se faz presente até hoje de modo a garantir o suprimento energético. A inovação é na verdade a inventividade das máquinas. Quando uma nova máquina surge no horizonte com novos atributos, conferindo-lhes assertividade na produção, menor grau de irregularidades ( descontinuidade e interrupção dos fluxos), ocorre naturalmente a substituição de uma inovação pela outra.
É a Lei de Darwin no mundo tecnológico. E sobrevive o mais forte, o mais capaz em prover e garantir a produção de algo em um mercado cada vez mais competitivo. E diante dessa analogia meio humana e meio tecnológica, a inovação no setor elétrico persevera ano a ano, entra governo sai governo.
As instituições do setor elétrico brasileiro, com destaque para a Eletrobras, garantiram o avanço tecnológico no setor. A regulação e a política nacional energética garantiram o acesso a mais avançada tecnologia existente no mercado. O poderio do setor elétrico deve-se ao uso assertivo de todo o capital humano valoroso que temos no Brasil representados por engenheiros, técnicos, burocratas que trabalham direta e indiretamente no setor.
O transbordamento da produção, seja em qualquer setor, ocorre quando a junção da mão-de-obra e da tecnologia se fundem e promovem a verdadeira revolução na produção. Essa explosão cósmica reflete em custos mais baixos, melhor uso da matéria-prima e menosres desperdícios.
Em 2021, estima-se que o o setor elétrico brasileiro irá receber até 2030 investimentos da ordem de R$ 365 bilhões, distribuídos em R$ 182 bilhões em geração centralizada, transmissão serão R$ 90 bilhões e R$ 93 bilhões em geração distribuída.
Parte desses recursos serão aportados de investimentos estrangeiros que por meio de concessões públicas, de tal modo que a modernização e expansão do setor elétrico ocorrerão de forma continuada e crescente até 2030.
De acordo com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica, ANEEL, desde a criação desta, o setor elétrico brasileiro recebeu investimentos da ordem de R$ 934 bilhões.
Esse é o singelo valor esperado para os próximos 10 anos em termos de investimentos e que manterão o país a frente tecnologicamente falando quando comparado com outras matrizes elétricas mundiais.
Desse modo, o gigantismo do setor brasileiro deve-se aos esforços coordenados das instituições públicas, governo, setor externo, pesquisadores, universidades, setor privado. E os números aqui apresentados são o resultado das sinergias alcançados dentro e fora do setor.