Este ano, mais de 3,6 milhões de foliões transitaram pelos Carnaval de Olinda e movimentaram R$ 295 milhões no município, localizado na Região Metropolitana do Recife. Foram 200 mil pessoas e R$ 5 milhões a mais quando comparado ao mesmo período de 2019. Os dados foram apresentados na manhã desta quinta-feira (27) pelo prefeito da cidade, Professor Lupércio.
Segundo a prefeitura, o Carnaval de Olinda recebeu mais de 400 mil estrangeiros, que ocuparam 98% da rede hoteleira do município. Durante o período carnavalesco, foram gerados mais de 100 mil empregos.
“As perspectivas foram superadas. O tíquete médio por folião no ano passado foi de R$ 80 e deste ano foi de R$ 90,10. Foram quase R$ 300 milhões circulando pela cidade. A alegria estava espalhada pelos foliões por causa da segurança, da limpeza, da organização e ornamentais que conseguimos triplicar este ano”, afirmou o prefeito.
Dos 3,6 milhões de foliões que passaram pela cidade, 1.623.240 foram de Pernambuco e e 1.575.360 de outras estados, além dos 401.400 de estrangeiros, que corresponderam a 11% do público que brincou a festa na cidade. O número é calculado por drones e presencialmente, através de pesquisadores que fazem a mensuração. Trabalharam cerca de 800 policiais militares por dia de festa nas Ladeiras de Olinda.
É importante para a gente projetar a imagem da cidade para o mundo todo. Os turistas trazem recursos novos para a Olinda. Há toda uma cadeia produtiva com a vinda dos turistas estrangeiros”, contou o secretário de Cultura, Planejamento e Turismo de Olinda, João Luiz da Silva Júnior.
Também chamou atenção o número de material reciclável recolhido em Olinda do Sábado de Zé Pereira (22) até a quarta (26). Segundo Lupércio, foram mais de 120 toneladas, 70 toneladas a mais que que o Carnaval de 2019.
Do total, 110 toneladas são de latinhas recolhidas pelos 800 catadores cadastrados, que receberam R$ 3 por quilo da latinha e R$ 0,70 por quilo de plástico. O trabalho gerou renda média que foi de R$ 800 a R$ 1.500 para cada trabalhador.
Foram recolhidas pelos 300 garis 460 toneladas de lixo. Para a lavagem de ruas e calçadas, foram utilizados 450 mil litros de água e 2.000 litros de desinfetantes. Foram trocadas ainda 20 mil garrafas de vidro por recipiente de plástico. Mais de 13 mil garrafas do mesmo material foram recolhidas.
Achados e perdidos
Foram perdidos 3.105 itens, entre documentos, além de cartões de crédito, cartão VEM, dinheiro, bolsas, chave e celulares. Em 2019, o número de objetos perdidos chegou a 3.285.
Trezentas pessoas foram contratadas para o apoio no transporte e trânsito da cidade e mais de 4 mil atendimentos foram feitos na sede da Secretaria de Segurança Urbana. Foram registrados ainda cinco acidentes não graves, além de cinco remoções de veículos e 230 infrações de trânsito com contou com 80 agentes municipais.
O Plantão do Centro Especializado de Atendimento à Mulher Márcia Dangremon realizou cinco atendimentos, sendo três por importunação sexual e suas sobre assédio. O Camarote da Acessibilidade recebeu 278 pessoas.
Os três postos de atendimento de emergência – Policlínica Barros Barreto, NTECI e Hospital Tricentenário – totalizaram 867 atendimentos entre suturas, curativos e remoções. O Samu realizou 294 atendimentos. Já o Serviço de Pronto Atendimento (SPA) fez 467 atendimentos clínicos e 171 de pediatria. Também foram feitos 2.496 testes rápidos de HIV e sífilis. Também foram realizadas 1.662 inspeções nos comércios informais, barreiras sanitárias, banheiros químicos, ambulâncias e camarotes, sendo recolhidos alimentos mal armazenados.
Agulhadas no Carnaval de Olinda
A Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE) registrou até a Quarta-Feira de Cinzas (26) 142 notificações de pessoas que relataram terem sido furados por agulhas no Carnaval no Recife, em Olinda e Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana, e também em Orobó, no Agreste de Pernambuco.
De acordo com a secretária de saúde de Olinda, Luciana Lopes, do total, aproximadamente 20 pessoas são do município. “Nós estávamos no polo carnavalesco com três unidades de saúde equipadas com todos os profissionais que receberam orientações de como proceder. A primeira agulhada surgiu no sábado (22), e a vítima foi devidamente atendida e encaminhada para o Hospital Correia Picanço, na Zona Norte do Recife. Nos demais dias, tivemos uma média de cinco casos diários”, afirmou.
Ainda segundo a secretária, houve relatos de agulhadas na Rua Treze de Maio e na Praça do Carmo, em Olinda, e que todas as vítimas também foram atendidas e encaminhadas ao Coreia Picanço. “Uma equipe está fazendo a investigação e averiguação dos casos. Durante o Carnaval, solicitamos o apoio da PM, para que fizessem mais inspeções nessas áreas para evitará que acontecem mais casos”, relatou a secretária. “Vale também orientar a população porque o Carnaval é uma festa para se divertir. Mas algumas pessoas vêm com o espírito negativo. O que vale é a conscientização da população”, finalizou.
Os foliões que foram vítimas de agulhas devem procurar o Hospital Correia Picanço e fazer o relato do caso para que sejam tomadas as medidas necessárias de atendimento.
Fonte: Folha PE
Foto: Lidiane Mota/Folha de Pernambuco