Direto de Brasília-DF.
Com esta série de artigos não tenho a mínima pretensão de esgotar o tema da lealdade dividida. Muitos filósofos gregos falaram sobre ele, até que o silêncio se impôs por mais de dois mil anos. Agora, qual arqueólogo que descobre uma ossada o ressuscito com humildade e esperança de provocar quem se atreva e refletir sobre ele.
Talvez, e somente talvez, encontrar quem se proponha a refletir sobre a própria vida e quiçá sobre lealdade dividida seja a parte mais difícil dessa jornada, mas garanto que se houver predisposição para a leitura e reflexão seu conhecimento será iluminado e sua mente enriquecerá.
Na antiguidade pré-clássica as pessoas acreditavam que até as folhas que caíam das árvores, caíam porque “Deus” as assoprava. Por volta de 500 a.C., Tales, um filósofo da cidade de Mileto, esclareceu que há leis divinas, leis naturais e leis humanas. Então, a folha cair da árvore poderia ser efeito de uma outra lei que não a divina.
A partir deste momento o conhecimento começa a ser sistematizado de forma multifacetada em quantidade e também em qualidade. Vez por outra sofrendo com as marchas e contramarchas da história e suas épocas em que saber era perigoso face às perseguições religiosas diversas em que ditadores e religiosos mandavam queimar livros para impedir o livre fluxo da cultura e da aculturação dos povos.
Nessa caminhada de milênios, faz apenas três séculos que o conhecimento simples e genérico não consegue ter a mesma importância que o conhecimento articulado. Este último é o conhecimento sistêmico que faz de uma pessoa um especialista em alguma área do saber.
Com o surgimento da Internet no auge da guerra fria entre URSS e EUA, e sua globalização a partir da década de 90, a quantidade de informação passou a ser tão grande que mergulhou a todos nós no poço sem fundo da ignorância. Ignorantes não por sermos incapazes de saber, mas porque há tanta informação circulando que simplesmente somos incapazes de acompanhar e conhecê-la.
Talvez a solução agora seja aprender a filtrar cada vez mais o que se sabe e absorver o que é útil para a conquista de uma vida sócio, econômica e intelectualmente válida. Talvez buscar o que é justo e útil como procurou ensinar Cícero a seu filho, em um dos últimos escritos, “Os Ofícios”, escrito como um conselho a seu filho.
Todos queremos um lugar com um mínimo de destaque em meio à crescente quantidade de pessoas existentes no mundo (estima-se que o mundo terá cerca de 10 bilhões de pessoas em 2050) . A verdade é que nem todos teremos esse lugar de destaque, porque “querer não é poder”!
Não basta querer para ter alguma coisa, ser alguém de destaque ou fazer algo marcante! É preciso pagar um preço às vezes alto para a conquista do mínimo de dignidade social. Um fato notável é que quando a maioria das pessoas descobre isto, desiste e se conforma com a mediocridade. É neste ponto que surge o “ressentimento do pobre” (termo usado pelo escritor David S. Landes) e a crítica ácida contra quem decidiu ir além. É neste ponto que árvores frutíferas levam pedradas…
A capacidade para realizar coisas grandes e firmes na vida está muito além de meras frases de efeitos, de clichês (clichê é uma frase ou opinião que é usada em demasia e revela falta de pensamento original).
O que de real alguém consegue realizar está totalmente vinculado a uma vontade consciente e inquebrantável de se sacrificar para atingir resultados pessoais. Para isto você precisa aprender a planejar, coordenar, controlar seus recursos (tempo, dinheiro, talentos), descentralizar algumas tarefas e delegar algumas competências, de modo que no espaço em que vive(Pernambuco, Paraíba ou Rio Grande do Sul) seus recursos sejam otimizados(otimizar é produzir o máximo com o mínimo disponível), como ensino em meu livro “Obstinação – O lema dos que vencem”.
Você conhece quais são suas capacidades? Quais são seus Talentos? Passar por essa existência(que é sua única oportunidade de viver com essa pessoa que veste sua pele, dorme na mesma cama e sonha seus próprios sonhos) sem conhecer um mínimo de si mesmo é desprezar a maior fonte de ajudar que você pode ter por toda sua vida. Porque ninguém vai cuidar melhor de você que você mesmo! É conhecendo os talentos que possuí, aperfeiçoando os que são úteis para a vida e, por conseguinte, para o Mercado de Trabalho, que você pode se planejar de forma racional. Adquira ciência (conhecimento), torne-se capaz de realizar e mude seu destino, já que seu destino somado ao destino de cada um de nós é o destino da Nação brasileira.
A ciência não é obrigada a respeitar teus sentimentos ou tuas crenças! Ciência é fato comprovado e ciência é mais ou menos como a natureza. Ela não dá opinião sobre as coisas. A Natureza não fica especulando. Quando ela reúne as condições certas ela desloca as placas tectônicas e causa maremotos, terremotos e quem estiver na frente, que corra! E não pense que a Natureza é má ou que erra. A Natureza é o que é! Erro é coisa de ser humano. Na verdade, o erro é a “sílaba tônica” da vida. Todos erramos mais que acertamos e isto é um fato que muitos tentam ignorar, razão porque alguns se suicidam e outros desistem de si mesmo. Acertar é tão raro que quando acontece festejamos de alguma forma. A questão não é se erramos, mas se estamos dispostos a aprender a nos planejar para o próximo passo da vida sem nos boicotarmos.
O que pode ajudar a minimizar os erros? Você pode minimizar seus erros e se otimizar aprendendo a praticar o P.C.C.D.D. (planejamento, coordenação, controle, delegação de competência e descentralização). Explico tudo em meu livro “Obstinação – o lema dos que vencem”.
Aprenda a ler! Insisto em repetir um dos melhores escritores brasileiros, Monteiro Lobato ao dizer que “Quem mal lê, mal ouve, mal fala, mal vê”!
Nas palestras que profiro no Brasil e fora dele faço questão de lembrar que as duas maiores revoluções na vida de uma pessoa se faz na infância, quando um Professor nos ensina a ler e escrever. Pouco tempo depois estas duas atividades se tornam odiadas e fingimos esquecer que “Quem mal lê, mal ouve, mal fala, mal vê”! É por isto que a vida, viva que é, também faz questão de esquecer de alguns pelo meio do caminho.
Você precisa de conhecimento útil para prosperar e o Brasil precisa de seu conhecimento porque é ele que inova, que cria no dia-a-dia. Descubra seus talentos, arregace as mangas e caminhe na direção do êxito. A vida é viva! Ao ver teu esforço para treinar e se capacitar, ela vai abrir janelas pequenas que, passo a passo tornar-se-ão portas grandes e convidativas ao êxito.
Ora, se Sócrates, que é Sócrates, disse que a soma de tudo que uma pessoa consegue saber é pequena perto do que é o conhecimento, qual é o futuro de uma pessoa que pode, mas não se esforça para aprender e praticar o que aprendeu? Esse desprezo pelo conhecimento faz a Nação brasileira escrava do Estado porque este é governado por pessoas que aprenderam a metralhar o povo com falsas promessas. Estamos aí, diante de um novo recomeço. Nada sabemos sobre os resultados, mas se boicotarmos as chances de melhorar estaremos todos na mesma cova e, apenas para lembrar, a cova da miséria na qual o Brasil está é funda. Bem funda…
O teu futuro está em tuas mãos. Acesse os sites das escolas que oferecem cursos gratuitos e se capacite. Treine seu cérebro para aprender cada vez mais. Lembre-se de pegar cada Certificado de cada curso que fizer e colocar em teu currículo e depois o distribua. Gaste a sola dos sapatos e depois a sola dos pés, avançando mesmo quando teu pensamento grita para você desistir.. Você pode! Quanto mais você cresce, mais a Nação cresce e o Estado diminui…