1. Uma em cada dez pessoas, ou 767 milhões no mundo todo, sobrevivem com menos de US$ 1,90 por dia, segundo a mais recente estimativa do Banco Mundial sobre pobreza e crescimento econômico.
2. A pobreza entre trabalhadores é mais comum entre jovens de 15 a 24 anos. Cerca de 16% de trabalhadores nessa faixa etária vivem abaixo da linha da pobreza, ganhando menos de US$ 1,90 por dia, enquanto 9% dos adultos estão na mesma situação.
3. A região da África Subsaariana concentra mais pessoas em situação de pobreza extrema do que todo o resto do mundo. São cerca de 388 milhões, o que corresponde a mais de 40% da população local.
4. A maior parte dos pobres no mundo vivem em áreas rurais (80%), têm menos de 14 anos (44%), não têm educação formal (39%) e são empregados na agricultura (65%), aponta o relatório.
5. Cerca de 1,1 bilhão de pessoas saíram da pobreza desde 1990, quando uma em cada três pessoas vivia nessa situação.
7. Apesar de ter apresentado melhora nos índices, a região do Sul Asiático tem o segundo maior número de pessoas na miséria. São 256 milhões de pessoas na pobreza extrema, ou 15% da população local.
8. Em países pobres, uma a cada cinco pessoas recebe algum tipo de assistência ou benefício de proteção social. Já em nações de renda média e alta, duas a cada três recebem esse tipo de auxílio, segundo o último relatório da ONU sobre o cumprimento dos ODS.
9. No Brasil, a desigualdade social piorou. Segundo o último relatório da ONU sobre o tema, o País caiu 19 posições na classificação que corresponde à diferença de renda entre ricos e pobres, na comparação entre 2014 e 2015. Foi a primeira vez que o indicador social do IDH brasileiro piorou desde 1990, quando o levantamento começou a ser publicado anualmente.
10. Entre 2014 e 2015 a proporção de pessoas vivendo na pobreza extrema no Brasil cresceu de 2,8% para 3,4%, e já atinge 6,8 milhões de pessoas, segundo dados da Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio (Pnad). O Banco Mundial estima que o número de miseráveis no País pode aumentar para 4,2% até o fim de 2017, e atingir um total de 8,5 milhões de indivíduos.
11. Até o final de 2017, o Brasil pode ter um aumento de 2,5 milhões a 3,6 milhões de pessoas que passarão a viver abaixo da linha da pobreza, segundo estimativa do Banco Mundial. Na hipótese mais otimista, segundo o estudo, a pobreza moderada atingiria 9,8% da população, ou 19,8 milhões de pessoas. A linha de pobreza moderada utilizada para os cálculos foi estipulada como 140 reais per capita por mês. Para a pobreza extrema, a média é de R$ 70 por pessoa em um mês.
Direto de Brasília-DF
Foi uma prática antiga que derrubou o feudalismo. Foi o crescimento do comércio! Surge o banqueiro, o mercador e o empreendedor. Essa dinâmica vai enriquecer a muitos, dando-lhes os meios para adquirir mais terras, mais imóveis, metais preciosos e todos os tipos de riqueza.
São os new riches (novos ricos) da Idade Média, é a burguesia que acaba de surgir e, com ela, o capitalismo, regime no qual o capital é a riqueza que gera mais riqueza. O banqueiro, o mercador e o empreendedor, esses novos ricos que surgem detém em suas mãos tanto os meios de produção (os animais, as máquinas, as ideias) quanto o dinheiro. Esse movimento vai representar o declínio definitivo do feudalismo e a ascensão da Idade Moderna e, com ela, uma nova Ordem Mundial, baseada não mais no teocentrismo (Deus no centro) e sim no antropocentrismo (homem no centro). É época de pensar, fazer e ser diferente! É poca da micro Reforma Protestante, é época do super Renascimento nas artes e na ciência.
A liberação do intelecto representa um novo “espírito” cultural que vem em ondas tsunâmicas arrastando e varrendo as velhas tradições na política, na religião, no direito, na economia, na astronomia e demais ciências.
Essa revolução comercial já aos poucos encabeçada pelo banqueiro, pelo mercador e pelo micro, pequeno e macro empreendedor será o pano de fundo para a revolução industrial, que surgirá no século XVIII, totalmente fundamentada na produção em massa. Afinal, a nova dinâmica implantada com o capitalismo fez o ser humano (mais especificamente o homem já que o machismo seguia muito forte) desejar ser, ter e fazer mais. A Renascença produziu para a História o que Cristo insinuou com o “novo nascimento”. Surgiu um novo homem sedento por conhecimento e riqueza e com ele o empreendedorismo individual, o acúmulo de capital derivado do lucro. Essa nova visão será chamada de “liberalismo”. O homem é livre para empreender sem as “peias” do Rei, dos Nobres, dos Cavaleiros e, por fim, do Estado.
Um movimento que surge como um tsunami ou é controlado por força de terceiros ou se esvai por esgotamento de sua própria força. O liberalismo nunca foi diferente do que é. Até hoje sua sede excessiva de lucro segue produzindo excessiva riqueza para uns e excessiva pobreza para outros. A classe média ainda se remedia porque é o fiel da balança entre o rico e o pobre. Como todos sabemos a esperança nos faz um pouco mais pacientes. Os excessivamente pobres olham para cima e veem a classe média instituída como degrau para o rico e sonham ali chegar. Essa mínima possibilidade já age como um parachoque que impede a colisão inter classes.
Por falar em pobreza extrema sinto importante reproduzir a matéria que o jornal O Estado de São Paulo, publicou em 04 Outubro 2017 sobre o tema. Eis as 11 constatações:
Senhor Presidente do Brasil, até quando seguiremos figurando nas estatísticas da miséria econômica e social do mundo?
Outra vez vou apelar ao Cristo Histórico, filósofo, Pedagogo e Economista, que segundo o evangelista João registra em seu livro teria dito “…sempre tereis convosco os pobres” (João 12:8). É verdade! Os pobres sempre existiram e parece que serão sempre a maioria no mundo. Mas, há paradigmas que mostram que se houver vontade política a pobreza diminui e o calvário do pobre pode ser amenizado sensivelmente. Talvez pensando nisto foi que o escritor David S. Landes em seu livro “A riqueza e a pobreza das Nações” alerta, todavia, que os ricos deveriam ser mais solidários porque no dia em que “os pobres” quiserem de verdade, serão uma onda incapaz de ser parada.
Voltando ao fim do feudalismo e início do capitalismo a História demonstra que somente os homens de negócio, os senhores do capital e dos meios de produção prosperavam. Os camponeses e artesãos sem força alguma procuraram se unir em associações e, posteriormente, sindicatos para barganhar melhores condições de vida, que aquela altura era miserável, indigna, como indigna segue sendo a vida da esmagadora maioria até os dias de hoje.
É nesse cenário já de extrema riqueza e extrema pobreza que surgirão as doutrinas do proletariado (classe dos trabalhadores) encabeçadas pelos “humanitários” e “cristãos protestantes e católicos”, pois viam no lucro excessivo uma distorção da moralidade cristã. Até os Nobres (donos de terras) protestaram contra esses extremos, mas no caso deles é preciso dizer, muito mais por ciúme dos novos ricos da indústria que por compaixão da classe trabalhadora.
Nesse cenário de conflitos ninguém protestou mais que políticos, escritores e filósofos UTOPISTAS como Thomas More e Saint-Simon (Utopia foi um movimento político-filosófico que pretendia reagir à situação vigente recriando uma sociedade baseada na harmonia entre as classes, fundamentado no bem-estar geral e na mais plena igualdade. O que era preconizado para ser um sistema baseado no realismo, entrou para a história como uma fantasia beirando as raias da ingenuidade – Se desejar entender utopismo melhor leia o livro “Utopia”, de Thomas More, dentre muitos outros-).
Esse era o cenário da democracia ressurgente e foi também esse cenário de revolta dos UTÓPICOS com a democracia, que preparou o caminho para surgimento do socialismo e de seu braço armado, ou seja, do comunismo, encabeçado por dois dos mais notáveis dos UTOPISTAS, Karl Marx e Friedrich Engels, em fins do Século XIX…