Por Jadson D’Pádua
Muitos brasileiros têm a capacidade de fazer o outro sorrir, mas poucos têm a facilidade de emocioná-los. Entre eles está Pelé que, com a bola nos pés, fez o Brasil ser conhecido e aplaudido no mundo.
Atleta do século XX e um dos poucos gênios do futebol, Pelé mostrou que era possível sermos o grande país que desejamos ser um dia, ajudando a criar alegrias e alegorias em corações duros de incompetências, invejas e egoísmos.
Com o futebol, Pelé ajudou a banir o complexo de vira-lata dos brasileiros e mostrou que fomos capazes de vencer verdes incertezas e amarelas fraquezas de um povo incrivelmente desejoso de vitórias sociais, conquistas políticas e triunfo econômico.
Pelé criou as jogadas e os gols que hoje são feitos por Messi, Cristiano, Mbappé e Neymar. Com certeza Pelé foi mestre para Maradona e enfrentou craques como Beckenbauer, Cruyff, Di Stéfano, Eusébio e Puskas para ficar em alguns nomes.
Jogou com Garrincha, Evaristo de Macedo, Ademir da Guia, Rivellino, Gerson, Nilton Santos, Vavá, Tostão, Mazzola, Amarildo e Jairzinho, e nos deu o Tri-campeonato Mundial de Futebol, do qual somos penta hoje.
Pelé simboliza o Brasil que é possível não apenas sonhar, mas ser construído, sem falácias baratas ou bravatas utópicas. Um Brasil com o suor, dribles e gols de cada um dos brasileiros que ainda acredita nesse país como fez o Rei do Futebol.
Contudo, nunca estamos preparados para o último lance da vida: a morte e vencê-la não está em nossos domínios. O que me resta nesse dia triste é a certeza que ao olhar para o céu essa noite verei o brilho de uma nova estrela no infinito que, com a sua luz humilde, emanará muita energia cheia de alegria para a Terra. Obrigado por tudo, Edson Arantes do Nascimento. Valeu, Pelé!