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ALGUMAS CONSIDERAÇÕES HISTÓRICAS E FILOSÓFICAS SOBRE O MACHISMO (Parte 2)

Direto de Brasília, DF

O pesquisador James Pellicer resume assim a evolução histórica sobre o machismo:

 “Na Pré-história e história primitiva (…) A mulher não tem direitos; Está sujeita ao homem. Sua única função é gerar filhos e cuidar deles sob a direção do homem. Ela é a fonte e a origem do pecado. Ele deve sempre ser velado.”

 Na “cultura moderna, é secular; Está sob a ciência, o cientista lidar com isso. Os direitos das mulheres e a igualdade com os homens são declarados. Os filhos pertencem a ambos e ambos têm obrigações iguais para com eles. A mulher joga o véu e descobre a cabeça. Mais tarde descobre os tornozelos; Então, os joelhos. Mostra as pernas, mostra a barriga. Afirma a barriga como a origem da vida. Dança do ventre: afirmação da vida.”

 A dominação do homem sobre a mulher não impediu, apenas, seu desenvolvimento pessoal ao longo dos milênios, mas também o desenvolvimento mais acelerado do mundo.

 A Declaração sobre a Eliminação da Violência Contra as Mulheres, adotada em Dezembro de 1993, pela Assembleia Geral das Nações Unidas, afirma:

 “A violência contra as mulheres é uma manifestação da desigualdade histórica das relações de poder entre sexos, que conduziram à dominação sobre as mulheres e à discriminação contra as mulheres por parte dos homens, e à obstaculização do seu pleno progresso…”.

 O machismo é uma prática milenar e combatê-lo somente por palavras é ineficaz. Os governos mundiais perceberam que há muitos fatores sociais que contribuem para sua existência e perpetuação. Esta percepção levou a ONU – Organizações das Nações Unidas a pensar em uma política global para auxiliar os países membros a combater esse lastimável fenômeno.

 Em 2013 a Comissão de Estatísticas da ONU (United Nations Statistical Commission) organizou o que chamou de “Conjunto Mínimo de Indicadores de Gênero – CMIG”  (MSGI – Minimum Set of Gender Indicators) constituído por 52 indicadores quantitativos e 11 qualitativos, para a produção nacional e harmonização internacional de dados sobre a igualdade de gênero e empoderamento feminino. 

 A intenção da ONU é fornecer, ainda que resumidamente, dados para estudos que possam auxiliar países membros e outros interessados a formular políticas públicas para a igualdade de gênero e empoderamento feminino, o que em meu sentir traduz-se por tentativa de estancar a negação do humano em cada um de nós, e de forma tão forte, na mulher.

A estratégia política adotada pela Comissão de Estatísticas da ONU decidiu agrupar os dados em cinco grandes grupos ou “domínios” que englobam as seguintes informações sobre o machismo e sua discriminação contra as mulheres:

 1 – Estruturas econômicas, participação em atividades produtivas e acesso a recursos;

2 – Educação;

3 – Saúde e serviços relacionados;

4 – Vida pública e tomada de decisão; e

5 – Direitos humanos das mulheres e meninas.

Ao confrontar os dados, pude confirmar que as mulheres, há milênios, seguem tratadas como inferiores aos homens em quase todos os quesitos. Seja pelos dados do IBGE(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), seja pelos dados de qualquer instituto estrangeiro ou outro que especificamente se engaje na luta pela igualdade dos direitos das mulheres, você confirma o que digo.

 O trabalho feito pela ONU é complexo e enfrenta resistências variadas. Por exemplo, há dados que ainda não foram compilados ao nível internacional, como a proporção por sexo do “chefe de família”, de domicílios com acesso a meios de comunicação de massa (rádio, TV, internet) ou a taxa de emprego, por sexo, das pessoas de 25 a 49 anos com filhos menores de 3 anos que vivem em uma casa, mas a visível e absurda desigualdade em vários outros quesitos reflete o machismo de forma explícita.

 

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Em português:

 

Em espanhol:

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Sobre o autor

Formado em Direito, Pós-graduado em Política e Estratégia pela Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (ADESG) e pela Universidade de Brasília (UnB). Concluiu Doutorado em Ciências Jurídicas e Sociais na Universidad Del Museu Social Argentino, Buenos Aires-AR, em 2012 e Pós-Doutorado em Tradição Civilística e Direito Comparado pela Universidade de Roma Tor Vergata. Professor de Hermenêutica Jurídica e Direito Penal nas Faculdades Integradas do Planalto Central e de Direito Penal, Processo Penal e Administrativo em cursos preparatórios para concursos, por 19 anos, em Brasília, Goiânia, Belo Horizonte e Porto Alegre. É Palestrante. Já proferiu palestras na Universidade de Vigo-Espanha e Universidade do Minho, Braga-Portugal, sobre seu livro e, Ciências Sociais "A mulher e sua luta épica contra o machismo". Proferiu palestra na University of Columbia em NYC-US, sobre sua Enciclopédia Corruption in the World, traduzida ao inglês e lançada pela editora AUTHORHOUSE em novembro/2018 nos EUA. É Escritor com mais de 15 livros jurídicos, sociais e literários. Está publicado em 4 idiomas: português, espanhol, inglês e francês. Premiado pelo The International Latino Book Awars-ILBA em 2013 pelo romance de ficção e espionagem “O gestor, o político e o ladrão” e em 2018 mais dois livros: A novela satírica, Sivirino com “I” e o Deus da Pedra do Navio e o livro de autodesenvolvimento “Obstinação – O lema dos que vencem”, com premiação em Los Angeles/EUA. Seu livro de poemas “Rasgos no véu da solidão”, em tradução bilíngue português/francês foi lançado em junho/2018 na França. Eleito em 17/11/2018 para o triênio 2019/2021, Diretor Jurídico do SINDESCRITORES (Sindicato dos Escritores do Distrito Federal), o primeiro e mais antigo Sindicato de Escritores do Brasil.

Judivan J. Vieira
Procurador Federal/Fiscal Federal/Federal Attorney
Escritor/Writer - Awarded/Premiado by ILBA
Palestrante/Speaker/Conferenciante

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