Direto de Brasília-DF.
Dia 27 de julho li uma matéria da agência de notícias “ASSOCIATED PRESS” publicada no jornal Los Angeles Times(disponibilizo o link no final deste artigo), e em meio ao caos de tanta informação sobre o Coronavírus e a produção de vacinas, resolvi traduzi-la do inglês, ao português e espanhol e republicar, com algumas considerações de minha parte.
As informações que lerá, sobre os testes e difusão da futura vacina, são provenientes da “Moderna”, companhia de biotecnologia norte-americana, empresa focada na descoberta e desenvolvimento de medicamentos e vacinas.
Eis a tradução da matéria original:
“TESTE FINAL DA VACINA CONTRA O CORONAVÍRUS DA “MODERNA”
By ASSOCIATED PRESS/JULY 27, 2020
O maior estudo do mundo, de vacinas COVID-19, começou na segunda-feira, com o primeiro dos 30,000 voluntários planejados, ajudando a testar um dos vários candidatos, no trecho final da corrida global de vacinas.
Ainda não há garantia de que a vacina experimental, desenvolvida pelos Institutos Nacionais de Saúde e pela “Moderna”, realmente proteja contra a doença causada pelo coronavírus.
Para que dos testes sejam obtidas provas reais de eficácia, os voluntários não sabem se estão recebendo uma dose real ou fictícia, de vacina. Após duas doses, os cientistas acompanharão de perto, qual grupo experimenta mais infecção à medida que seguem suas rotinas diárias, especialmente em áreas onde o vírus ainda está se espalhando sem controle.
“Infelizmente para os Estados Unidos da América, temos muitas infecções no momento”, para obter essa resposta, disse recentemente o Dr. Anthony Fauci, do NIH, à Associated Press.
A companhia de biotecnologia norte-americana, “Moderna”, disse que a vacinação foi realizada em Savannah, Geórgia, o primeiro local a ser iniciado entre dezenas de locais de teste, espalhados pelo país.
Em Binghamton, Nova York, a enfermeira Melissa Harting disse que se ofereceu como uma maneira de “fazer minha parte para ajudar”. “Estou empolgada”, disse Harting antes de receber uma injeção de teste, na segunda de manhã. Especialmente com os membros da família em empregos na linha de frente que poderiam expô-los ao vírus, ela disse: “fazer a nossa parte para erradicá-lo é muito importante para mim”.
Várias outras vacinas fabricadas pela China e pela Universidade Britânica de Oxford, no início deste mês, começaram testes menores na fase final no Brasil e em outros países atingidos.
Mas os EUA exigem seus próprios testes de qualquer vacina que possa ser usada no país e estabeleceram um nível alto: todo mês até o outono, a Rede de Prevenção COVID-19, financiada pelo governo, lançará um novo estudo de um candidato líder — cada um com 30,000 voluntários recém-recrutados.
Os estudos maciços não servem apenas para testar se as doses funcionam; eles precisam verificar a segurança de cada potencial vacina. E, seguindo as mesmas regras de estudo, os cientistas poderão comparar todos os planos.
Neste próximo mês de agosto, inicia-se o estudo final da dose de vacina de Oxford, seguido de planos para testar um candidato da Johnson & Johnson em setembro e da Novavax, em outubro, se tudo correr conforme o cronograma. A Pfizer planeja seu próprio estudo de 30.000 pessoas neste verão (junho/agosto).
É necessário que um número impressionante de pessoas “arregacem as mangas” para a ciência. Mas, nas últimas semanas, mais de 150,000 norte-americanos preencheram um registro “on-line”, indicando o interesse, disse o Dr. Larry Corey, virologista do Instituto de Pesquisa do Câncer, Fred Hutchinson, em Seattle, que ajuda a supervisionar os locais do estudo.
“Esses testes precisam ser multi-geracionais, precisam ser multi-étnicos, precisam refletir a diversidade da população dos Estados Unidos”, disse Corey, em um Forum sobre vacinas, na semana passada. Ele ressaltou que era especialmente importante garantir que houvesse participantes negros e latinos suficientes, pois essas populações são duramente atingidas pela COVID-19.
Normalmente, leva anos para criar uma vacina do zero, mas os cientistas estão estabelecendo recordes de velocidade desta vez, estimulados pelo conhecimento de que a vacinação é a melhor esperança do mundo contra a pandemia.
Nem sequer se sabia que o coronavírus existia antes do final de dezembro, e os fabricantes de vacinas entraram em ação, em 10 de janeiro, quando a China compartilhou a sequência genética do vírus.
Apenas 65 dias depois, em março, a vacina fabricada pelo Instituto Nacional de Saúde (NIH), foi testada em pessoas. O primeiro destinatário está incentivando outros, a se voluntariarem. “Todos nos sentimos tão impotentes agora. Há muito pouco que podemos fazer para combater esse vírus. E poder participar desses testes me deu uma sensação de que estou fazendo algo”, disse Jennifer Haller, de Seattle.(…)
O estudo da primeira etapa, que incluiu Haller e outros 44, mostrou que as doses aceleravam o sistema imunológico dos voluntários, de maneiras que os cientistas esperavam que fossem protetores, com alguns efeitos colaterais menores, como febre breve, calafrios e dor no local da injeção. Os testes iniciais de outros candidatos tiveram resultados igualmente encorajadores.
Se tudo der certo com os estudos finais, ainda serão necessários meses para que os primeiros dados cheguem do teste da “Moderna”, seguido pelo de Oxford.
Governos de todo o mundo, estão tentando armazenar milhões de doses, aplicadas nos candidatos voluntários, para que, se e quando os reguladores aprovarem uma ou mais vacinas, as imunizações possam começar imediatamente. Mas as primeiras doses disponíveis serão racionadas, presumivelmente reservadas para pessoas com maior risco do vírus.
“Estamos otimistas, cautelosamente otimistas”, de que a vacina funcionará e de que “até o final do ano” haverá dados para comprová-la, disse o Dr. Stephen Hoge, presidente da “Moderna”, empresa com sede em Massachusetts.”
Aprenda a aceitar e conviver com as limitações que a pandemia impõe! Assim, você protege tua vida biológica, e psicológica, contra depressão e a defende da multidão de transtornos e síndromes que te cercam, até que a cura para o Coronavírus, chegue em definitivo, o que ainda pode levar meses.
Vamos raciocinar sem hipocrisia? Você ofereceria tua vida, em troca da vida de uma pessoa de seu ciclo, que estivesse para morrer pela COVID-19? Se a resposta é, NÃO! Então, não negligencie a si mesmo!
Episódio 2, próximo sábado.
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(https://www.latimes.com/world-nation/story/2020-07-27/final-test-moderna-coronavirus-vaccine-gets-underway)