Com pouco menos de um ano após a extinção da Delegacia de Crimes contra a Administração e Serviços Públicos (Decasp), um novo Projeto de Lei de autoria do governo do estado pretende ressuscitar a unidade, porém com outro nome e sem o comando da Delegada Patrícia Domingos.
O projeto altera o nome do atual Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRACO), criando em novembro de 2018, passando agora a ser chamado de Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (DRACCO). A proposta ainda renomeia e cria duas novas Delegacias, que juntas foram a 1ª, 2ª, 3ª e 4ª Delegacias de Combate à Corrupção.
Para a Delegada Patrícia Domingos, a proposta é uma maneira encontrada pelo governo de Pernambuco de atender um dos critérios para receber recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública, que destina 5% dos recursos rateados entre os estados que atenderem o critério de criação e efetivo funcionamento na Polícia Civil de unidade dedicada exclusivamente ao Combate à Corrupção, proposta pelo Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro.
“Para cada item não atendido o estado perde ‘x’ percentual desse fundo, uma das exigências desta portaria é a existência de uma Delegacia exclusiva de combate aos crimes contra a administração pública, que Pernambuco não tem mais, pois o DRACO é um departamento de repressão ao crime organizado, que é genérico (…) agora o estado conseguiu ter uma ideia genial – entre aspas – para resolver o imbróglio”, argumentou ela sobre o novo projeto.
As novas unidades funcionarão no interior, uma regional em Caruaru, abrangendo o Agreste, e outra em Petrolina, que dará conta do Sertão. Miguel Coelho (sem partido), prefeito de Petrolina, acredita que a iniciativa é positiva para Pernambuco, “é bom para o estado como um todo, significa um fortalecimento da Polícia Civil de uma forma específica, que vai ter mais um braço investigativo e de apuração para poder ter uma maior transparência não apenas da administração pública mas também no combate ao crime organizado”, argumentou.
A unidade também conta com duas delegacias especializadas em crime organizado.
Eriberto Medeiros, presidente da Alepe, que recebeu na última terça (1) o secretário de Defesa Social, Antônio de Pádua, parabenizou a iniciativa de estabelecer o diálogo sobre a proposta com a casa, “foi um gesto de consideração a este poder e estamos certos de que os deputados estaduais, mais uma vez, vão dar a sua parcela significativa de contribuição para o bom desempenho da Polícia Civil de Pernambuco”, afirmou o presidente.
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