Por: Ivelise Buarque Nova Aurora Comunicação
O papel ocupado pela mulher no mercado de trabalho nunca foi de tanto destaque, mas ainda não há motivos para comemorar. O maior desafio pela frente é que a qualificação atingida por elas tenha reflexo também nos postos ocupados e nos salários oferecidos. Para se ter uma ideia, enquanto o IBGE estima o rendimento médio mensal dos homens em R$ 2.306, o das mulheres cai para R$ 1.764. Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), elas estão mais presentes nas vagas de emprego, embora ainda abaixo dos homens. O dado é confirmado pelo Ministério do Trabalho no Brasil, que aponta o crescimento da ocupação feminina em postos formais de trabalho de 40,8% em 2007 para 44% em 2016, porém, não condiz com o percentual de mulheres na população brasileira.
Com um assunto tão atual, a Faculdade Esuda realiza a palestra “Mulher, Advocacia e Mercado de Trabalho”, aberta ao público em geral, com a advogada Fabiana Leite, especialista em Direito de Família. Presidente da Comissão Estadual da Mulher Advogada da OAB/PE. Conselheira Estadual da OAB/PE, na segunda (dia 13/05), às 19h, no auditório da instituição de ensino superior. O encontro, com inscrição até o dia 12 pelo site bit.ly/cursosgeia, se pauta assim nos dados que ainda repercutem apesar do avanço observado. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), elas já são maioria por aqui, com 51,03%. De acordo com dados da Demografia Médica de 2018, as mulheres já representam 57,4% dos profissionais da área com até 29 anos.
Esse é um tema diretamente ligado ao modo como a sociedade se estruturou século após século. Na advocacia, observamos situações em que as advogadas ainda faturam menos, mesmo executando as mesmas atividades ou oferecendo serviços com mesma ou superior qualidade. Embora o desafio da sub-remunerada com viés de gênero esteja presente em todo o mercado de trabalho, a advocacia tende a uma desigualdade ainda maior por ser uma área tradicionalmente ocupada por homens
É muito comum que mulheres sejam alvo de testes constantes no ambiente de trabalho, sendo submetidas, muitas vezes, a situações de extrema pressão e estresse mental. Apesar de a OAB combater a remuneração desigual das profissionais por meio de comissões especializadas, ainda há espaço para avançar.
Apesar da área do direito ser extremamente desafiadora, as mulheres estão conquistando cada vez mais espaço no mercado, ainda existe impasses e desafios que devem ser enfrentados e solucionados, apesar de enfrentar diversas dificuldades no Brasil, atualmente, existem 1.144.196 advogados registrados na Ordem. Destes, 45% – pouco mais de 516 mil – são mulheres. Dos 26 Estados do país, Rondônia e Pará tem maioria feminina entre os profissionais do Direito.
A discussão sobre o mercado de trabalho volta ainda em destaque no dia 21 de maio com debate “Diversidade Sexual, Advocacia e Mercado de Trabalho”, às 19h, com acesso gratuito a partir de inscrição ate o dia 20 no site bit.ly/cursosgeia, e entrega de 1kg de alimento não perecível no dia do evento. Para integrar a conversa a Faculdade convidou a advogada Laura Kerstenetzky, especialista em Direitos Humanos, com a proposta de proporcionar a aplicação da advocacia em situações extremas e importantes no que diz respeito a questões sociais e diversidade sexual em instituições públicas e privadas
SERVIÇOS
PALESTRA: Mulher, Advocacia e Mercado de Trabalho.
INSCRIÇÃO: Um quilo de alimento
PALESTRANTE: Fabiana Leite.
INFORMAÇÕES SOBRE O PALESTRANTE: Advogada especialista em Direito de Família e Mestra em Direito Fundamentais (Faculdade DAMAS), Fabiana Leite é presidente da Comissão Estadual da Mulher Advogada da OAB/PE, conselheira Estadual da OAB/PE e Professora de Direito Civil.
PALESTRA: Diversidade Sexual, Advocacia e Mercado de Trabalho
INSCRIÇÃO: Um quilo de alimento
PALESTRANTE: Laura Kerstenetzky
INFORMAÇÕES SOBRE O PALESTRANTE: Graduada em Direito pela Universidade Católica de Pernambuco (2011). Especialista em Direitos Humanos pela Universidade Federal de Pernambuco (2013). Com pós-Graduação em Direito Médico e da Saúde pelo Instituto dos Magistrados do Nordeste, Laura Kerstenetzky atua entre outras áreas na de Direitos Humanos e Fundamentais, Biodireito, Direito Médico e da Saúde.