#JABOATÃODOSGUARARAPESÉFOCO DR JUDIVAN VIEIRA

A MORTE DA POLÍTICA SUBSTANCIAL E O SURGIMENTO DA POLÍTICA FORMAL (PARTE 1)

Direto de Brasília, DF

 

Do ponto de vista da Teoria do Conhecimento, Política é tanto arte quanto ciência de governo.

Sendo assim, quem governa e quem é governado e vive em qualquer espécie ou tamanho de coletivo de seres humanos é um animal político. Isto vale para membros de uma família, de grupos religiosos, clubes, conselhos profissionais, partidos políticos, etc.

Entretanto, foi o governo das cidades-estados da Grécia antiga, que inspirou Aristóteles a pesquisar, identificar, conceituar, classificar e sistematizar a “Política” como uma AÇÃO DE PODER do SUJEITO, ou seja, do ser humano.

Entenda, também, que a Política aristotélica foi assassinada com requintes de perversidade pelos políticos de todo o mundo; e que o caso brasileiro de como se faz política é uma espécie de evolução da maldade, de desmembramento de um corpo sistêmico como se praticado por um assassino serial experiente que desmembra o corpo de sua vítima. Assim a classe política faz Política no Brasil, a esquartejando e dissolvendo seu corpo em tonéis de falácias, que atuam como o ácido que dissolve a verdade substancial da Política e a transforma numa coisa disforme.

Eis porque tenho dedicado tantos anos de vida e especialmente os últimos 16 anos (comecei  Doutorado em Ciências Jurídicas e Sociais em 2007) pesquisando e escrevendo livros e artigos sobre Política, Democracia e mais outras 19 espécies de doutrinas sociais, como você pode constatar em meu livro “O Dilema da lealdade dividida entre Nação e Estado e as doutrinas sociais que governam o mundo” e outras 7 obras escritas.

Por mais que a Política pareça estar nas discussões de boteco e seja citada centenas de vezes por políticos de carreira como presidentes, deputados, senadores, blá, blá, blá, política não é o que tais pessoas dizem. Há um aspecto simples, porém científico nela, que as pessoas preguiçosas e negligentes com o conhecimento não se esforçam para conhecer.

Políticos, por exemplo, gostam tanto de falar de política da forma que eles inventam que Política é, que alguns até recebem o título de DOUTOR HONORIS CAUSA sem jamais haver feito um doutorado. Esta prática parece com aquela em que alguém compra um diploma sem jamais haver estudado aquilo que o diploma atesta. Mas, como você sabe, se a farsa é perpetrada por universidades do Estado o crime está protegido por lei e, portanto, a ação antiética deixa de ser crime, pois é o Estado que o está praticando, por meio de um órgão ou entidade sua.

Outro detalhe que deve chamar sua atenção é que por vezes esses títulos são dados porque as universidades que os concedem são simpatizantes ou professantes da mesma ideologia do tal político a quem conferem o título de DOUTOR HONORIS CAUSA. Portanto, tal ação não passa de um joguinho de cartas entre “compadres” em que dois dos jogadores blefam e enganam, sob o signo de um oficialismo antiético, os demais jogadores da mesa, ou seja, o povo, a Nação.

Para explicar melhor o que digo imagine que uma universidade de viés comunista/socialista da Europa, China, Cuba, ou seja lá de onde for, dê o título de DOUTOR HONORIS CAUSA a um político qualquer da esquerda ou direita política brasileira, que jamais tenha frequentado uma universidade para cursar doutorado. O que ela pretende senão reforçar o poder do tal candidato e da ideologia que ambos defendem? Em tais casos você precisa saber tudo neste ato é “fake”. Ora, se o agraciado não é um cientista PhD nada é real, pois tudo feito de forma falaciosa e com intenções utilitaristas e propagandistas para a tal universidade e para o político que recebe o diploma “fake”, mas juramentado como se verdadeiro fosse.

Doutor é médico e quem tem PhD! O resto é apropriação indébita que gente vaidosa faz do título. Gente que não assume quem realmente é, e que gosta de pular etapas para PARECER mais importante que é. Afinal, ter um título cuja importância foi chancelada pelo Estado é algo que confere poder a quem o possui e faz com que tal pessoa se destaque na sociedade. Por isto, inteligente e malandramente há uma classe de parasitos sociais, os irritantes “flanelinhas” que chamam todo mundo de doutor(a) nos estacionamentos. – Bem vigiado, doutor! Vai lavar o carro hoje, doutora? Eles sabem que tratando as pessoas com tal título mexem com a vaidade humana e amolecem o coração de quem pretendem parasitar.

Fiz este pequeno interlúdio aí acima para você compreender mais uma das falácias políticas usadas comumente para iludir o eleitor, o cidadão. Mas, voltando a tratar de “Política” como arte ou ciência de governo, convém esclarecer que antes que Aristóteles a houvesse formulado como tal, os povos egípcios, assírios, babilônicos, medo-persas e demais já a praticavam intuitivamente, tais como os povos sumérios (que viveram cerca de 4.500 anos antes do “pai da Política”) e entre os quais a escrita cuneiforme(essas letras redondinhas do alfabeto que usamos) foi criada.

Agora, importa saber que os fundamentos teóricos e universais da política estão lançados na extensa obra “A Política”, de Aristóteles. Portanto, entenda que ao ler ou ouvir qualquer teoria sobre Política ou Democracia, não importa se vem de filósofo, historiador, escritor, cientista político graduado por qualquer universidade ou instituto que forma diplomatas ao redor do mundo, tal pessoa está se debruçando sobre o que já foi dito por Aristóteles 23 séculos atrás. A grande questão é: tais pessoas ao falarem de política estão invocando a Política Substantiva ou a Política Formal?

Aristóteles nasceu no ano de 384, antes de Cristo e quando formulou “Política” como teoria científica com seus 20 fundamentos, que você encontra listados em meu livro “O Dilema da lealdade dividida entre Nação e Estado e as doutrinas sociais que governam o mundo”, imaginou cidades-estados em que o povo fosse capaz de se autoconhecer como a espécie mais elevada dentre as demais, tendo em vista que possui o poder do raciocínio e da racionalização da vida.

Foi assim que o conhecido “pai de todas as ciências” estudou o ser humano, como “Sujeito” ou alguém que é “Substantivo”, ou seja, que possui existência e substância real, tangível; que pode ser tocado, visto, investigado a partir de sua existência real e corpórea. Portanto, substantiva é a coisa ou pessoa que altera a realidade física por ocupar um real lugar no tempo e no espaço. O que é substantivo não apenas aparenta ser, é!

 

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Sobre o autor

Formado em Direito, Pós-graduado em Política e Estratégia pela Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (ADESG) e pela Universidade de Brasília (UnB). Concluiu Doutorado em Ciências Jurídicas e Sociais na Universidad Del Museu Social Argentino, Buenos Aires-AR, em 2012 e Pós-Doutorado em Tradição Civilística e Direito Comparado pela Universidade de Roma Tor Vergata. Professor de Hermenêutica Jurídica e Direito Penal nas Faculdades Integradas do Planalto Central e de Direito Penal, Processo Penal e Administrativo em cursos preparatórios para concursos, por 19 anos, em Brasília, Goiânia, Belo Horizonte e Porto Alegre. É Palestrante. Já proferiu palestras na Universidade de Vigo-Espanha e Universidade do Minho, Braga-Portugal, sobre seu livro e, Ciências Sociais "A mulher e sua luta épica contra o machismo". Proferiu palestra na University of Columbia em NYC-US, sobre sua Enciclopédia Corruption in the World, traduzida ao inglês e lançada pela editora AUTHORHOUSE em novembro/2018 nos EUA. É Escritor com mais de 15 livros jurídicos, sociais e literários. Está publicado em 4 idiomas: português, espanhol, inglês e francês. Premiado pelo The International Latino Book Awars-ILBA em 2013 pelo romance de ficção e espionagem “O gestor, o político e o ladrão” e em 2018 mais dois livros: A novela satírica, Sivirino com “I” e o Deus da Pedra do Navio e o livro de autodesenvolvimento “Obstinação – O lema dos que vencem”, com premiação em Los Angeles/EUA. Seu livro de poemas “Rasgos no véu da solidão”, em tradução bilíngue português/francês foi lançado em junho/2018 na França. Eleito em 17/11/2018 para o triênio 2019/2021, Diretor Jurídico do SINDESCRITORES (Sindicato dos Escritores do Distrito Federal), o primeiro e mais antigo Sindicato de Escritores do Brasil.

Judivan J. Vieira
Procurador Federal/Fiscal Federal/Federal Attorney
Escritor/Writer - Awarded/Premiado by ILBA
Palestrante/Speaker/Conferenciante

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