Direto de Brasília-DF.
A ciência se encarrega de romper nossas crenças anteriores e nos faz avançar aos próximos estágios, que a humanidade terá de aprender a percorrer.
Esses estágios envolvem mudanças pessoais e universais de convivência, de relações de trabalho, de abordagem ética e moral no convívio social e econômico e, as escolas, não fogem desse universo.
Pensemos, por exemplo, nas relações de trabalho, que originalmente tinha somente a função de prover a ração diária ao ser humano nômade que primeiro habitou o Planeta. Pois bem, o simples ato de trabalhar evoluiu para Trabalho Remunerado e tornou-se o motor da economia juntamente com o consumo.
O ser humano viu-se obrigado a migrar para uma relação direta com a terra a ser plantada e as ferramentas humanas e materiais(enxós, serras, cinzéis, prumo, etc), tecnologia que promoveu o desenvolvimento da agricultura e pecuária e que nos séculos vindouros fariam da agropecuária um agronegócio rentável.
Mas, como a Ciência exige estar preparado para a disruptura com o conhecido e com a aceitação do “novo”, muitos profissionais e profissões foram enterradas pela Ciência ao longo do tempo. Eis uma lista de profissões que extintas:
1 -Leiteiro
2 – Operador de telégrafo
3– Telefonista (não confundir com operador(a) de telemarketing)
4 – Datilógrafos
5 – Cortador de gelo
6 – Vendedor de livros
7 – Ator de rádio
8 – Atendente de videolocadora
9 – Tipógrafo
10 – Ascensorista ou Operador de elevador
11 – Arrumador de pinos de boliche
Eis, agora, uma lista de profissões que tendem a desaparecer em futuro próximo:
1 – Operador de telemarketing
2 – Digitador
3 – Preparador de imposto de renda
4 – Corretor de imóveis (vide os sites de busca de imóveis…)
5 – Caixa bancário (vide bancos digitais)
6 – Trabalhador rural
7 – Árbitro e assistentes de futebol e demais esportes (robôs e câmeras podem fazer essa função)
8 – Agente de crédito (simulações e cálculos já são realizados experimentalmente por sistemas online)
9 – Subscritor de seguros (a oferta de seguros já é feita por robôs de telemarketing)
10 – Relojoeiro ou Reparador de relógios (os relógios já são descartáveis e como instrumento de medição de hora já perdem para smartphones)
11 – Frentista de Posto de combustível (há países em que já não existem)
12 – Jornaleiro (jornais impressos estão em extinção e vão levar consigo os jornaleiros e suas bancas de jornais)
13 – Empregados domésticos, dentre outras.
Consideremos, agora, a Área do Direito, pois a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) informa por inúmeros veículos de imprensa que o Brasil já possui mais de 1 milhão de advogados e que o Brasil possui, sozinho, mais faculdades de Direito que China, EUA e Europa juntos.
É fato que a Estônia está desenvolvendo um “robô juiz” para analisar disputas legais simples, envolvendo menos de € 7 mil (em torno de R$ 30 mil) na esperança de que a tecnologia diminua a quantidade de processos para os juízes e funcionários do judiciário, será que justiças como a trabalhista, a Administrativa, a ambiental e a minerária, por exemplo, cujas leis podem ser todas catalogadas em bancos de dados e as decisões podem ser proferidas com base em critérios objetivos, resistirão como campos autônomos da advocacia, ou será que quem advoga nessas áreas já precisa se preocupar em migrar?
O desenvolvimento científico e tecnológico ocorreu de forma lenta até o século XV. Após esta fase o renascimento e o Iluminismo, as revoluções americana(1776), francesa(1889) e a Industrial inglesa(1760-1840) iniciaram uma revolução com novas tecnologias industriais, telemáticas e robóticas, para as quais não há placas com limite de velocidade na estrada do conhecimento.
Para sobreviver ao Mercado e a este novo mundo é preciso mais que nunca saber que o futuro chega a cada segundo! É necessário estar atento para a disruptura científica e tecnológica, como uma constante e não mais como uma exceção.
Agora, imagine a situação de quem sequer domina o básico de conhecimento que o Mercado exige. Imagine a situação dos alunos que não se preocupam em assimilar o conhecimento que lhes é ministrado durante o ensino fundamental e médio. Estes já chegam no Mercado de Trabalho defasados do mínimo exigido. O que podem pretender em matérias de postos de trabalho, em um mundo cujas profissões mais básicas seguem sendo devorados pela disruptura científica e tecnológica?
Não esqueça: A vida é viva! Ela castiga sem dó os negligentes, mas, também, sabe como recompensar os diligentes! Em qual destas duas classes você se encaixa?
Até breve!