DR PAULA MEYER

A ALTA DOS CASOS DE COVID-19: O BRASIL EM NÚMEROS

Os números de pessoas infectadas não param de subir: 148 mil nas últimas 24h de acordo com os dados publicados pelo Consórcio Nacional de COVID-19. A expectativa é de que o número de contaminados continue nesse patamar, especialistas atribuem ao aumento dos casos devido as aglomerações de final de ano.

Nas últimas 24h tivemos 84.230 novos casos de pessoas infectadas. Se formos tirar uma média dos últimos 7 dias, esse número sobe para 148.212 novos infectados comparado com a média dos últimos 14 dias,  75.253 infectados. No que tange ao número de óbitos, nas últimas 24h registrou-se 166.

Apesar da cepa Ômicron ser mais contagiosa, a incidência de mortes é menor. O país possui 65% da sua população com o cilco vacinal completo. Em um momento em que a pandemia pode se transformar em uma endemia, é crucial que as pessoas se conscientizem e busquem o posto de saúde mais próximo de sua casa.

Especialistas afirmam que a cepa Ômicron sinaliza que a pandemia está no fim. O “enfraquecimento” do vírus no organismo apesar do elevado índice de contágio tende a transformar a situação de pandemia em uma endemia.

A pandemia é um conceito utilizado para caracterizar situações quando uma doença é altamente infecciosa e cuja propagação seja rápida, espalhando-se de forma mundial.

A endemia é caracterizada quando o surto da doença fica alojado, lotado em um local, não se espalhando por outras comunidades. algumas vezes ocorre de forma sazonal, como por exemplo, a febre amarela, é uma doença endêmica típica da região amazônica.

Apesar do contágio ainda estar muito forte e elevado, espera-se que os efeitos da vacina arrefeçam o avanço até meados de fevereiro. As festas de Carnaval foram transferidas para datas posteriores e o jeito é aguardar o avanço da vacina por todo o país de modo que possamos um dia circular livremente na rua.

Europa e Estados Unidos enfrentam mais uma forte onda de COVID, por lá o percentual de não vacinados é elevado motivado por questões ideológicas e políticas como aqui no Brasil. A única diferença é que a nossa população tem a cultura da vacina, o país apresenta um dos mais robustos senão um dos melhores e maiores programas de imunização e isso faz toda a diferença.

Essa semana o país iniciou a vacinação das crianças e muitos pais demonstraram alívio, de tal modo que as atividades escolares pudessem voltar a normalidade. O que se espera na verdade é que um sopro de esperança se instale no ar que dias melhores venham para aplacar os percalços trazidos por essa pandemia.

Vamos aguardar e esperar que os números se apresentem de forma mais amena e que realmente sinalize que estejamos entrando no ciclo de finalização da pandemia.

Cuidem-se e usem máscara, fiquem em casa.

 

Sobre o autor

Paula Meyer Soares

Dentro dessa perspectiva a coluna inaugura mais um espeço para a reflexão no Jornal Pernambuco em Foco acerca dos desafios energéticos e econômicos resultantes das nossas políticas públicas.
Serão abordados temas diversos voltados para área de energia, economia e políticas públicas.
A coluna será semanal abordando os mais variados temas correlatos à essas áreas sob a ótica da economista e professora Paula Meyer Soares autora e especialista em economia, energia e políticas públicas. Doutora (2002) e Mestre (1994) em Economia de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas – EAESP. Graduada em Ciências Econômicas pela Universidade de Fortaleza (1990). Membro da Sociedade Brasileira de Planejamento Energético (SBPE

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