Das modas de viola, Michel Teló não tem apenas recordações, ele mantém vivências. Ora por suas origens arraigadas no chamado sertanejo raiz, ora pelos giros que sua trajetória na música tem dado, quando o leva de volta, por exemplo, a contações de histórias e apresentações em palcos País afora. Tal qual tem feito com “Bem Sertanejo – O Musical”, que chega ao Recife para três dias de “viagem” – desta sexta-feira até domingo – pela cultura do gênero e pela trajetória dos artistas caipiras.
“O projeto foi criado para contar a história da música sertaneja, para mostrar o surgimento no campo, na vida rural e mostrar como ela foi se modernizando sem perder a raiz”, contou Teló em entrevista à Folha de Pernambuco.
A montagem percorre a história do gênero sertanejo com um repertório que traz canções consagradas por Tonico e Tinoco, Sérgio Reis, Almir Sater, Renato Teixeira, Chitãozinho e Xororó, Leandro e Leonardo e, com ares mais contemporâneos, chegam a nomes como das duplas Henrique e Juliano e Jorge e Mateus.
“O ‘Bem Sertanejo’ foi feito para todo mundo que gosta de música, que gosta de história e que aprecia o sertanejo. Certamente todas as gerações vão gostar”, complementa o cantor e compositor Michel Teló, que também testa o seu talento como ator, encenando sem esforço a sua própria história.
“No começo, o mais difícil eram os textos, porque era um universo diferente do que eu estava acostumado. Nos shows existe um roteiro, mas eu tenho liberdade para mudar o que quiser. Já no musical é tudo programado, tem que respeitar as marcações, o ‘time’ de cada ator. Mas tem sido tudo uma delícia”, ressaltou.
Dirigido por Gustavo Gasparani, o espetáculo traz Lilian Menezes, Alan Rocha, Daniel Carneiro, Gabriel Manita, Jonas Hammar, José Mauro Brant, Pedro Lima, Rodrigo Lima e Sergio Dalcin. “O elenco é formado por atores experientes em musicais, muitos deles já atuaram juntos em outras montagens. O diretor, já conhece todos eles de outros palcos”, conta Teló.
O projeto “Bem Sertanejo” teve início em uma série apresentada na televisão, em seguida ganhou as páginas de um livro, com histórias de bastidores e seguiu, também, para formato de DVD, até chegar aos palcos como musical.
“A ideia inicial era registrar em um documentário as entrevistas com os artistas e as histórias da música sertaneja. Levamos para a TV que abraçou de imediato o projeto e daí em diante seguimos até a gravação de um show ao vivo em Curitiba. Mas o coração ficava falando ‘está faltando mais alguma coisa’. Encarei, então, a ideia do musical trazida pelo Gasparani”, revelou Michel Teló.
Plateia e inclusão social
Para as apresentações, a produção do “Bem Sertanejo – O Musical” leva atividades para o público, como a visita guiada pelos bastidores e palestra após a sessão, com um integrante da equipe, para falar sobre o processo criativo e concepção do espetáculo.
E para contribuir com a inclusão social no espetáculo, ONGs e projetos de incentivo à inclusão assistem às apresentações, que também contam com legenda, tradução em libras e audiodescrição.
Serviço
“Bem Sertanejo – O Musical”
Quando: Nesta sexta-feira (29). às 20h30, sábado (30), às 17h e 20h30 e domingo (31), às 16h e 19h30
Onde: Teatro Guararapes (Centro de Convenções de Pernambuco – av. Professor Andrade Bezerra, s/n, Olinda
Quanto: A partir de R$ 50 (balcão), no site Ticket Fácil e Ingresso Rápido e em pontos físicos (quiosques nos shoppings) no Ingresso Prime e Ticket Folia ou na bilheteria do teatro
Fonte: Folha PE
Foto: Divulgação
