DR PAULA MEYER

TRANSIÇÃO ENERGÉTICA E AS QUESTÕES CLIMÁTICAS MUNDIAIS

A transição energética e a questão ambiental serão os temas mais acalorados e discutidos em 2024. A degradação do meio ambiente segue em curso e apesar dos aencontros e reuniões ocorridas na Cop em 2023 o resultado das ações não têm se apresentado eficaz para garantir que a temperatura não ultrapasse os 2oC.

Em verdade, observa-se muito “bla-bla-bla” e pouca vontade poítica. A Cop foi palco para assegurar a continuidade das negociatas  e uso dos combustiveis fósseis. Sediar em um dos principais países peodutores destes combustíveis parece não ter lógica.

E o ano de 2024 já começa mostrando a sua cara com inundações, riscos de tsunamis na costa japonesa e por ai vai. O posicionamento do Brasil nesse contexto ficou a dever e decepcionou para quem se autointitula “pulmão do mundo”.

E não é somente a questão de explorar ou não petróleo na Amazônia são vários pontos que não foram discutidos e nem definidos até então.

A exploração de petróleo e gás no Brasil data do século passado nos idos dos anos 30. E de lá para cá o país tornou-se referência nessa atividade. Com a descoberta do petróleo na camada do pré-sal a produção é invejável de quase 1,2 milhão barris por dia.

A “saia justa” de explorar ou não o petróleo da região Amazâonica constitui  em um dilema da atualizada quando o assunto é transição energética e descarbonização da matriz produtiva, por outro lado é importante frisar que o mundo não irá se reinventar ou inserir uma nova matriz de produção totalmente limpa enqaunto não houver o domínio tecnológico dessa tecnologia. Para tanto são necessários bilhões de dólares investidos em inovação e capacitação de pessoal. tudo leva tempo caro leitor.

É importante desmistificar esse “rompantes” da mídia e ideológicos pois o homem sabe o que precisa ser feito mas é necessário – e todos nós sabemos- de incentivos do mercado que garantam essa transformação tecnológica para outras que invadam ou degradem menos o meio ambiente.

Como falamos, o discurso é lindo mas a prática são outros 500.

De acordo com os dados do Relatorio IRENA são necessarios 11 bilhões de dólares para descarbonizar a matriz produtiva e energética. Incluir de forma veemente as fontes renováveis, investir em melhoria de eficiência energética, eletrificar o modal de transporte e tatas outras ações que compõem a transição energética necessitam de incentivos de mercado.

É dentro desse contexto que devemos pensar o futuro do nosso planeta para os próximos 100 anos e não perder a esperança que a reversão de quadros climáticos extermos é possivel.

Sobre o autor

Paula Meyer Soares

Dentro dessa perspectiva a coluna inaugura mais um espeço para a reflexão no Jornal Pernambuco em Foco acerca dos desafios energéticos e econômicos resultantes das nossas políticas públicas.
Serão abordados temas diversos voltados para área de energia, economia e políticas públicas.
A coluna será semanal abordando os mais variados temas correlatos à essas áreas sob a ótica da economista e professora Paula Meyer Soares autora e especialista em economia, energia e políticas públicas. Doutora (2002) e Mestre (1994) em Economia de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas – EAESP. Graduada em Ciências Econômicas pela Universidade de Fortaleza (1990). Membro da Sociedade Brasileira de Planejamento Energético (SBPE

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