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22º Festival Recife do Teatro Nacional apresenta 10 espetáculos só neste fim de semana

Programação, oferecida pela Prefeitura do Recife nos teatros e espaços públicos da cidade, segue até o próximo dia 26 de novembro. Entre as atrações do fim de semana, estão duas estreias do célebre Grupo Galpão, além de produções dos dois homenageados desta edição: Newton Moreno e André Filho (in memorian)

Está aberta a temporada cênica na cidade de tantas vocações culturais. Começou ontem (16) e segue até o próximo dia 26 de novembro a 22ª edição do Festival Recife do Teatro Nacional, que retoma a sua tradição e sua importância na cidade. Celebrando o teatro e a democracia, serão apresentados, ao todo, 28 espetáculos, com diversas estéticas e temas urgentes: 15  produções locais e 13 montagens nacionais inéditas na cidade.

Neste primeiro fim de semana de Festival, subirão aos palcos e ganharão as ruas do Recife 10 espetáculos, cinco deles nunca apresentados na cidade. Não haverá cobrança de bilheteria. Os ingressos serão distribuídos ao público nos teatros, uma hora antes do início das apresentações, mediante entrega de um quilo de alimento não perecível, com arrecadação revertida para o Banco de Alimentos da Prefeitura do Recife.

Entre os destaques pernambucanos destes primeiros dias de programação, há montagens para todas as idades. “Vento Forte para Água e Sabão”, da Companhia Fiandeiros, de um dos homenageados desta edição, André Filho (in memorian), e “Enquanto Godot não Vem”, da Cia 2 em Cena, são dedicados às plateias infantis. Para os demais públicos, a cena local será apresentada e muito bem representada por: “Se eu fosse Malcom”, de Eron Villar e DJ Vibra, e “O Irôko, a Pedra e o Sol”, do grupo O Poste Soluções Luminosas.

Grandes estreias nacionais também movimentarão o fim de semana. Hoje (17), o Teatro do Parque recebe a segunda da sessão do eloquente musical “Viva o povo brasileiro (De Naê a Dafé)”, da Sarau Cultura Brasileira, com direção de André Paes Leme. Inspirado no livro de João Ubaldo Ribeiro, o espetáculo, que tem no Recife sua primeira parada após a estreia nacional, reúne 30 músicas originais, compostas por Chico César, com direção musical e trilha original de João Milet Meirelles (da banda Baiana System), para falar do Brasil numa perspectiva negra e feminina.

Nesta emocionada edição de retomada, outra importante companhia nacional que volta à cidade é o célebre Grupo Galpão, coletivo mineiro que coleciona prêmios e aplausos há 40 anos e já participou de várias edições do festival recifense, desde a primeira.

O grupo trará para esta 22ª edição dois espetáculos inéditos: “De tempo somos”, um musical que celebra a história da companhia, e “Cabaré Coragem”, que estreou este ano, apresentando uma trupe envelhecida e decadente, em números de dança e variedades, para reafirmar a arte como lugar de identidade e permanência, apesar das intempéries e revezes da vida.

Outro destaque do fim de semana é “Sueño”, da Heroica Companhia Cênica, com dramaturgia e direção geral do pernambucano Newton Moreno, também homenageado desta edição do Festival. A peça ambienta os célebres “Sonhos de uma Noite de Verão”, de Shakespeare, numa América Latina sombreada pelo autoritarismo de hoje e ainda assombrada e ferida de morte pelas ditaduras de ontem, que precisa reaprender a sonhar com liberdade e independência.

Igualmente inédito e imperdível, o delicado “Azira’i”, solo da indígena Zahy Tentehar, natural do Maranhão, lança um olhar delicado sobre o conceito de ancestralidade, falando sobre o amor e o sagrado que são raízes fincadas de um povo. O espetáculo, que estreou recentemente, no Rio de Janeiro, é outra novidade que a Sarau Cultura Brasileira começa a circular no Brasil a partir do Recife, depois de estrear em casa.

Estreia – Num Teatro do Parque repleto de comoções e aplausos, a estreia do Festival Recife do Teatro Nacional, na noite de ontem (16), foi marcada pela emoção da retomada, confirmada tanto nas falas de abertura, quanto nas vozes do afiado e afinado elenco da Sarau Cultura Brasileira, que fizeram ecoar os gritos de um povo que nunca desistiu de lutar e acreditar.

 

“É um momento com muitos simbolismos. Esperamos tanto para ver os teatros reocupados, para promover esse reencontro do público com os artistas. Tudo isso confirma a cultura como caminho, como resistência e reconstrução. Fazer cultura é realizar sonhos. E temos nos dedicado muito a sonhar e realizar, lançando editais simultâneos, realizando festivais em sequência. Precisamos sempre de novos encontros com a arte. Para manter a nossa capacidade de acreditar”, celebrou o secretário de Cultura, Ricardo Mello.

 

“Essa edição tão importante, de retomada, confirma nosso compromisso: de assegurar protagonismo a todas as linguagens que se encontram para formar a cultura do Recife”, disse Marcelo Canuto, presidente da Fundação de Cultura.

 

 

22º Festival Recife do Teatro Nacional

De 16 a 26 de novembro

Acesso gratuito, mediante entrega de um quilo de alimento não perecível

 

Programação

Dia 17 (sexta-feira)

12h – “Grande Prêmio Brazil”, de Andréa Veruska e Wagner Montenegro (PE), no Mercado de São José

19h – “Viva o povo brasileiro (De Naê a Dafé)”, da Sarau Cultura Brasileira (RJ), no Teatro do Parque

20h – “Se eu fosse Malcom”, de Eron Villar e DJ Vibra (PE), no Teatro Hermilo Borba Filho

20h – “De tempo somos”, do Grupo Galpão (MG), no Teatro Luiz Mendonça.

 

Dia 18 (sábado)

16h – “Vento forte para água e sabão” (infantil), do Grupo Fiandeiros (PE), no Teatro do Parque

18h – “Azira’i”, solo da indígena Zahy Tentehar (RJ), no Teatro Apolo

18h – “Cabaré Coragem”, do Grupo Galpão (MG), no Teatro Luiz Mendonça

20h – “Sueño”, da Heroica Companhia Cênica (SP), no Teatro Santa Isabel

 

Dia 19 (domingo)

16h – “Sueño”, da Heroica Companhia Cênica (SP), no Teatro de Santa Isabel

16h – “Enquanto Godot não vem”, da Cia 2 em Cena (PE), no Teatro Barreto Júnior

17h – “O Irôko, a Pedra e o Sol”, do grupo O Poste Soluções Luminosas (PE), no Teatro do Parque

18h – “Azira’i”, solo da indígena Zahy Tentehar (MA), no Teatro Apolo

18h – “Cabaré Coragem”, do Grupo Galpão (MG), no Teatro Luiz Mendonça

 

Dia 20 (segunda-feira)

19h – “Miró: Estudo nº 2”, do Grupo Magiluth (PE), no Teatro do Parque

19h – “Deslenhar”, do grupo Teatro Miçanga (PE), na área externa entre os teatros Hermilo e Apolo

20h – “Órfãs de Dinheiro”, solo de Inês Peixoto (MG), no Teatro Apolo

 

Dia 21 (terça-feira)

20h – “Alguém para fugir comigo”, do Resta 1 Coletivo (PE), no Teatro Hermilo Borba Filho

 

Dia 22 (quarta-feira)

10h – “Grande Prêmio Brazil”, de Andréa Veruska e Wagner Montenegro (PE), no Mercado de Afogados

17h – “Ubu – O que é bom tem de continuar”, do Grupo Clows de Shakespeare (RN), no Morro da Conceição

18h – Leitura dramatizada “Justa”, com Fabiana Pirro e Ceronha Pontes, na Faculdade de Direito

19h – “Yerma – Atemporal”, de Simone Figueiredo e Paulo de Pontes (PE), no Teatro do Parque

20h – “Pedras, flor e espinho”, do grupo ACA Produções Artísticas (PE), no Teatro de Santa Isabel

 

Dia 23 (quinta-feira)

10h – “Grande Prêmio Brazil”, de Andréa Veruska e Wagner Montenegro (PE), no Mercado de Água Fria

17h – “Ubu – O que é bom tem de continuar”, do Grupo Clows de Shakespeare (RN), na Avenida Rio Branco

19h – “Auto da Barca do Inferno”, da Cênicas Cia de Repertório (PE), no Teatro do Parque

21h – “Solo para um Sertão Blues”, de Cláudio Lira (PE), no Teatro Apolo

21h – “Narrativas encontradas numa garrafa pet”, do Grupo São Gens de Teatro (PE), no Teatro Hermilo Borba Filho

 

Dia 24 (sexta-feira)

11h – “Grande Prêmio Brazil”, de Andréa Veruska e Wagner Montenegro (PE), no Mercado de Casa Amarela

15h – “Boquinha: E assim surgiu o mundo” (infantil), do Coletivo Preto (BA), no Teatro Barreto Júnior

19h – Leitura dramatizada “O Sonho de Ent”, da Cia Fiandeiro (PE), na sede da companhia (Rua da Saudade, 240, Boa Vista)

20h – “Contestados”, da Cia Mútua Teatro e Animação (SC), no Teatro Apolo

21h – “Ao Paraíso”, de Valécio Bruno (PE), no Teatro Hermilo Borba Filho

 

Dia 25 (sábado)

16h – “Boquinha: E assim surgiu o mundo” (infantil), do Coletivo Preto (BA), no Teatro Barreto Júnior

17h – “A.N.J.O.S” (infantil), da Cia Nau de Ícaros (SP), no Teatro Luiz Mendonça

17h – “Pelos quatro cantos do mundo” (infantil), Cia Teatral Milongas (RJ), no Teatro de Santa Isabel

18h e 20h – “Interior”, do Grupo Bagaceira (CE), no Teatro Hermilo Borba Filho

19h – “Tatuagem”, Cia Revista (SP), no Teatro do Parque

20h – “Contestados”, da Cia Mútua Teatro e Animação (SC), no Teatro Apolo

 

Dia 26 (domingo)

16h – “Céu estrelado” (infantil), do grupo Pedra Polida (PE), no Teatro Apolo

17h – “A.N.J.O.S”, da Cia Nau de Ícaros (SP), no Teatro Luiz Mendonça

17h – “Pelos quatro cantos do mundo” (infantil), Cia Teatral Milongas (RJ), no Teatro de Santa Isabel

18h e 20h – “Interior”, do Grupo Bagaceira (CE), no Teatro Hermilo Borba Filho

19h – “Tatuagem”, Cia Revista (SP), no Teatro do Parque

 

Fotos: Marcos Pastich/PCR 

LINK PARA FOTOS E MAIS INFORMAÇÕES SOBRE OS ESPETÁCULOS:

https://drive.google.com/drive/folders/15HhSZCSXwOHTrkoTWmjRusallSotVIK5

https://drive.google.com/drive/folders/15HhSZCSXwOHTrkoTWmjRusallSotVIK5

Sobre o autor

A oposição é necessária para avaliar a gestão, mas é importante distinguir entre oposição legítima e politicagem, que busca causar problemas e confundir a população. É preciso ficar atento para não cair nesse jogo manipulador.

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