Dia primeiro de janeiro Brasília estará em festa e assistirá a posse de mais um Governo. Apesar das manifestações e dúvidas em relação a legitimidade do futuro governo, as esperanças se renovam. O pleito democrático afirmar-se-á e novos tempos estão por vir.
Os desafios são inúmeros a serem enfrentados pelo futuro Governo em áreas importantes e decisivas para o país ingressar novamente em uma trajetória de crescimento sustentado. O trabalho será árduo para retomar o ritmo antes do período pandêmico em um cenário de baixo crescimento econômico, inflação elevada e flanco incomensurável na educação. Sem dúvida a posse de um novo Governo sempre traz uma centelha de esperança em relação ao futuro e o texto aqui é de renovação de esperanças.
Em verdade a pandemia marcou a estória vários países. Muitos ainda estão recuperando-se do enorme baque ocasionado pelas medidas de isolamento e de restrição de circulação de pessoas. Várias áreas estão recuperando o saldo negativo deixado por esse período pandêmico e o da educação e saúde são as áreas que precisarão ter maior reforço. O Brasil enfrentou a pandemia com altos e baixos, condução confusa no enfrentamento da mesma e o saldo foi de 600 mil brasileiros que vieram a óbito.
Esse quadro não é exclusivo do Brasil quando olhamos para fora e vemos que outros países também obtiveram cifras elevadas de óbitos decorrente do alastramento do vírus da COVID-19. Apesar do quadro desolador e triste o Brasil tem agora novos enfrentamentos a serem resolvidos com certa urgência.
A expectativa para 2023 é de que a economia cresça em 0,79% com juros bastante elevados de 12%. Esse script de juros elevados é um freio de mão para a economia voltar a crescer uma vez que “engessa” os investimentos futuros em áreas importantes como habitação, saúde e educação.
Apesar das dificuldades enfrentadas e esperadas para os próximos anos o futuro Governo está consciente de tais desafios e o roteiro de “enfrentamento” com medidas fiscais, monetárias estarão em curso.
Dentre as medidas que estarão no foco de atuação temos:
a) Em caso de sucesso, a folga fiscal deverá abrir espaço para a ampliação dos gastos públicos principalmente relativos a transferência de renda sob a forma de bolsa-família;
b) Será utilizada a estrutura de financiamento “forte” do governo formada pela rede de bancos estatais para a concessão de crédito privado e do BNDES para as áreas de infraestrutura e social;
c) o avanço das privatizações ficará por hora em “stand by” de modo que se possa analisar com mais calma e com outros critérios as futuras privatizações;
d) Por fim o grande desafio será a reforma tributária que nao fora realizada até então e a revisão de alguns pontos na reforma da previdência.
Essas são as linhas mestras que nortearão o governo Lula de modo que o enfrentamento dos desafios nas áreas social, saúde e educação sejam dirimidos. O atendimento dessas áreas requererá uma vultosa quantia de recursos todavia os mecanismos para a elevação da arrecadação de recursos poderá a qualquer instante ser repensada desde a tributação de dividendos até elevação de certos tributos para fazer jus a enorme tarefa de reorganizar a economia e fazê-la expandir-se novamente.
Como bem diz o título do artigo: novo Governo, as esperanças se renovam e é o que aguardamos com a chegada de 2023.
Feliz Ano novo a todos os leitores.