Direto de Brasília, DF
A história do Universo diz que estrelas nascem, desenvolvem e um dia se desintegram, morrem. Será diferente a história do ser humano?
Não vou contar a história de vida do Jô porque há inúmeros que o podem fazer com mais propriedade que eu. A família, a Rede Globo, o SBT, seus colegas de trabalho, seus amigos mais íntimos e, nessa trilha, cada um dá o que tem.
Eu tive o privilégio de ser entrevistado no PROGRAMA DO JÔ, na Rede Globo, em 2014. Gostei dele e creio, sinceramente, que gostou alguns milímetros de mim, porque na saída o staff dele disse-nos que não costumava alongar entrevistas como fez com a minha.
Mas, foi antes e no intervalo da gravação que tive a melhor impressão da sintonia que tivemos. Falamos rapidamente de nossa origem paraibana, do pai dele e de livros. Sim, de livros, porque JÔ, além de ator, humorista e de tantas outras tintas que pintam a linda aquarela de sua vida, também foi escritor.
Há menos de três anos eu conversava com meu pai e ele, já perto de seu fim, ocorrido em abril de 2020, disse-me: – meu filho, toda a humanidade está numa espécie de fila indiana seguindo em direção ao abismo da morte. Agora vou eu, depois você e em seguida, o resto da humanidade.
Por alguns momentos de nossa existência sorrimos juntos, trocamos ideias e nos desejamos paz. Hoje, mais do que qualquer dia, com o coração enlutado, digo: descanse em paz, JÔ! Descanse em paz.
Eis o link da entrevista para quem desejar ver ou rever:https://globoplay.globo.com/v/3652458/
https://globoplay.globo.com/v/3652458/